entrevista exclusiva

Esports: CEO da Hero Base detalha organização, atuação de Flakes Power e Fortnite: “Nossa casa”

Em primeira parte da entrevista, João ‘Biggie’, CEO da Hero Base, falou sobre temos interessante da organização que vive ascensão no país

CEO Hero Base João Biggie

Foto: divulgação/Hero Base.

A Game Arena entrevistou de forma exclusiva o CEO da Hero Base, João ‘Biggie’, em um papo que durou mais de 30 minutos. Na primeira parte da entrevista com o homem a frente da organização que vive ascensão no país, temas interessantes foram abordados.

O primeiro deles foi o fato da Hero Base começar a investir nos cenários competitivos e trabalhar em conjunto com a criação de conteúdo, foco inicial da organização. Sobre isso, Biggie afirmou que estava no projeto da organização para a expansão dela.

Sempre foi um processo que a gente encarou como algo natural. Imaginávamos que em algum momento ia expandir para além do Fortnite, jogo que iniciamos a organização e ficamos durante esses três anos. A gente sempre teve uma estratégia muito voltada em entender como as comunidades funcionam, antes de entrar no competitivo delas.

Acreditamos muito que esse é o grande poder do negócio, pois fazemos isso para que as pessoas acompanhem o Esport. É um objetivo para o público torcer para a Hero, mas sabemos que é muito importante estar todos os dias entregando conteúdo e se aproximando do público, o que a gente realmente sabe fazer.” – afirmou.

Um dos motivos que Biggie elencou foi o lado financeiro. Perguntado sobre como é o processo de capitação de recursos para uma organização financiar os projetos, o CEO relembrou período da pandemia como fator positivo para o mercado da internet e vê transição desse período para o futuro neste momento atual.

Nunca é um processo fácil, viemos de uma pandemia, que, financeiramente, para as organizações e criadores de conteúdo, foi um ponto positivo, um dos poucos cenários que foi valorizado nessa situação tão ruim, muita gente em casa consumindo, muito produto sendo vendido, todo mundo tendo que montar a sua operação de home office. Então, vimos nosso mercado aquecendo, e é comum a gente ver as coisas se estabilizando. Claro que muita gente amplia os custos, acaba investindo e não tendo uma visão tão a longo prazo.” – revelou.

Ainda sobre o lado financeiro, Biggie diz que o foco da Hero sempre será algo sustentável e a organização tem um núcleo que busca está sempre inovando na criação de novos produtos para monetização, ficando menos dependente de patrocínios.

A Hero sempre foi muito cautelosa, não termos entrado em outros cenários e investido a moda louca, foi porque sempre fomos muito consciente em tudo aquilo que nos propusemos a fazer, tendo uma operação saudável, e é que a gente sempre valoriza. O que chama a atenção das marcas é mídia, elas querem entregas no final das contas, querem que a marca, o produto, seja entregue, visto, visualizado.

Então, sempre nos preocupou em termos bons números para termos boas entregas de mídia. E a Hero é uma empresa muito focada em vários produtos que não são diretamente patrocínios, mas também para o B2B, os consumidores, temos toda uma operação de inteligência para sempre estudar melhores maneiras de criar produtos e monetizar, independente de um patrocínio ou não.” – disse.

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Flakes Power na organização

Peguntado sobre como é a atuação do fundador da Hero Base, Flakes Power, maior criador de conteúdo de Fortnite no Brasil, Biggie detalha como ele vem ajudando na organização e se desdobrando entre diversas funções, tanto dentro da empresa quanto no pessoal.

Hoje ele participa de uma forma muito estratégica da organização. Ele faz parte do conselho, onde opina sobre todas as nossas entradas, os nossos investimentos. E também é um influenciador, um embaixador da Hero Base. Ele está nas duas frentes. Ele, sim, tem uma opinião e uma força intelectual dentro da organização. Mas até por conta da carreira dele, o Flakes ainda estar ativo como criador de conteúdo, ele tem que se desdobrar, criando conteúdo para as redes dele e também para as redes como influenciador da Hero.” – revelou.

Biggie revela também que, atualmente, a Hero Base “anda com as próprias pernas”, já que montou uma equipe qualificada para cuidar dos conteúdos da marca e ser menos dependente deles. 

Tanto eu quanto o Flakes, a gente sempre teve muito contato dentro da parte de operação de conteúdo, na parte de edição, de produção, do assunto, do tema. Atualmente, a gente conseguiu formar uma equipe muito capacitada para lidar com isso de forma orgânica e sozinhos, sem precisar diariamente da nossa mão esse sentido. E criamos essas metodologias, ensinamos, trouxemos tudo o que desenvolvemos e aprendemos nos anos para dentro da empresa, para dentro do ecossistema no todo para os colaboradores seguirem e a gente ampliar isso de um jeito saudável.” – contou.

Sobre como é trabalhar com Flakes, Biggie revela que o criador de conteúdo está com um projeto de se tornar jogador profissional de Fortnite, fazendo o caminho contrário do ecossistema comum dos Esports.

O Flakes é algo fora da curva. A Hero tem um pensamento um pouco diferente do mercado, a galera entra no Esports e entende que precisa gravar, precisa criar conteúdo e sente uma dificuldade muito grande de seguir para esse caminho. Muitos nem tem esse viés de conteúdo, às vezes não é de interesse e às vezes não consegue realmente criar bons conteúdos.” 

E o Flakes tem isso por natureza, é um criador de conteúdo nato e recentemente lançou um projeto de competitivo no Fortnite, onde está treinando para virar Pro. Nós vemos Pro Players se aposentando e virando criador de conteúdo e o Flakes, com oito anos de carreira como criador de conteúdo, agora está se dedicando para virar um jogador profissional e representar também a Hero no competitivo de Fortnite. É algo bem diferente.” – elogiou Biggie.

Cenário competitivo de Fortnite

Outro tema abordado com o CEO foi sobre como ele enxerga o cenário competitivo de Fortnite atualmente. Biggie se declara ao afirmar que o FPS da Epic Games é a sua casa, mas reconhece que ele não é atrativo.

O Fortnite é a nossa casa, mas a gente entende e reconhece todos os pontos positivos e negativos no jogo. O mercado competitivo é um mistério, não é um mercado fácil de trabalhar. É muito independente e eu acredito que está passando por um processo de amadurecimento. Ainda existe um futuro legal para o jogo no competitivo e a nossa maior alegria é ver outras organizações olhando e colocando dentro do seu planejamento a entrada no jogo, pois sabemos que isso é um processo natural, uma organização não cresce sozinha no jogo. E sentimos falta de outras organizações entrando no Fortnite.” – afirmou.

Finalizando a primeira parte, Biggie revela que diversas organizações estão olhando com carinho para o Fortnite e elogia o lado social do jogo.

Creio que algumas vão entrar, vejo um futuro, sim, apesar do jogo ser muito voltado para criação de conteúdo, um jogo muito social. A estratégia do Fortnite como um todo, o competitivo é um pilar, um braço. Faz parte, queremos estar no 360, mas ele é um pedaço da fatia. Existe todo um lance social, um jogo gigante, que não vive somente do competitivo, vive de criar, de engajamento, de trazer muito da cultura, daquilo que todo mundo consome e gosta de consumir, seja de música, de filme, está dentro do jogo, é um jogo muito popular, muito legal.” – concluiu o CEO.

Na segunda e terceira parte da entrevista com João ‘Biggie’, o CEO vai falar sobre a entrada no cenário competitivo de VALORANT, o que podemos esperar da lineup da equipe no FPS da Riot Games e se teremos a Hero Base em outros cenários no futuro.


Assista aos nossos vídeos também. Neste aqui, fizemos um quiz com as namoradas dos jogadores de CS:

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