A Brasil Game Show 2023 (BGS) está a todo vapor! Nesta quarta-feira (11), a Game Arena conversou com o gerente da Razer na América Latina, Vitor Martins, para entender mais sobre a presença da marca no Brasil, que foi e continua sendo parte essencial do desenvolvimento dos esports no país.
Importância para os esports em solo brasileiro
Quando o cenário começou a se movimentar em solo tupiniquim, a Razer foi uma das marcas responsáveis por elevar o padrão de periféricos ao lado da estrela do Counter-Strike (CS), Gabriel “FalleN” Toledo, que quando viajava para disputar torneios, trazia produtos para vender.
A parceria acabou sendo desfeita por conta do próprio pro player criar sua própria empresa e segundo Vitor Martins, o campeão mundial da modalidade ainda possui relações estreitas com a verdinha.
“O FalleN sangra verde… é que ele tem a marca dele hoje, né? E a gente é muito amigo, a gente se fala, vou no casamento dele agora no final do ano […] mas enfim… não tem como manter. Ele tem a marca dele que é FalleN e eu se fosse ele o faria.”
“Última BGS que a gente fez aqui o MIBR veio e o FalleN tava nele, já tinha a FalleN [empresa], era bem pequena, mas a gente patrocinava o time.”
“Ele tava aqui, ele é que pegou Razer sem problema nenhum, já narrou campeonato nosso — isso dois anos atrás, falou que não tem essa”.
Falando ainda de investimentos no competitivo, quando tudo era mato, a empresa californiana já acreditava na força dos esports.
“A paiN, a gente trabalhou muito com eles, foi o contrato de muito sucesso por muito tempo, eu acho que a gente ficou com eles uns 10 anos, que eles não eram nada, que o LoL não era nada até… encerrou em 2019, 2018… e daí partimos para outros times.”
Vitor ainda falou sobre o momento atual da empresa quando o assunto são as competições: “a gente não mudou, a gente só direcionou as coisas que a gente tá fazendo para outros nichos”.
“Na parte de esports, a gente vai continuar investindo. Teve um certo tempo onde a gente investia muito, a gente deu uma reduzida realmente, mas continuam nossos investimentos em atletas e times e vamos continuar na América Latina também”
Um passo para trás para voar alto
De acordo com o profissional, a Razer precisou fazer um movimento de alterar o fornecedor que os atenderam por duas décadas, sendo responsável por “fazer a marca realmente no Brasil” e a levando para o público.
A mudança chega com a Multilaser, que, segundo Vitor, conta com um “alcance a nível nacional absurdo” e, que irá atender melhor todas as localidades do país para enfim expandir o negócio e marcar presença em novas localidades, tais como Norte, Nordeste e Sul.
“A gente sempre foi muito forte no sudeste por uma limitação de capacidade da empresa que antes tava aqui distribuindo, mas foi tudo bem a transição, mas leva algum tempo.”
“A gente levou aí uns seis meses talvez de um mercado desabastecido e aí acabou criando uma demanda que está sendo suprida agora” finaliza.
Com um plano “de crescimento agressivo” que sempre existiu, há uma certa “limitação” por conta do crescimento exponencial na Europa e China. O profissional disse que os “holofotes realmente” estão em solo brasileiro, em que a empresa trabalha para garantir a entrega na América Latina, incluindo México, Argentina, Chile e, claro, o Brasil.
O gerente comentou também sobre o pilar de sustentabilidade da empresa, que tem o plano de em 10 anos plantar um milhão de árvores. Outro pilar, é o propósito da marca. Vitor deixou claro que a Razer não tem interesse em fazer algo fora do game.
“Porque tudo que você usa no game você pode usar fora. Não tem porque a gente vir com um produto com uma qualidade inferior, não é o nosso propósito. O nosso propósito é a gente fornecer tudo que gamer precisa”, completa.
Após a transição, Martins afirmou que a operação já voltou “mais que o normal”: “entrando em clientes como Kalunga, como Havan… estamos muito fortes no Carrefour, são clientes que ‘dão pau’. A nossa previsão do ano que vem é realmente alcançar voô forte. Vai ter bastante coisa” disse.
Retorno à BGS com novidades
Na BGS deste ano, os fãs poderão encontrar novidades que não por algum tempo estiveram indisponíveis no Brasil. Inclusive, “uma puta bagunça no palco”, disse Vitor em meio a risos.
“A programação… campeonato, brinde, dancinha e as novidades que a gente trouxe. A Razer tá um pouco afastada do mercado brasileiro por uma transição que a gente fez entre um distribuidor para outro, mas a gente trouxe alguns produtos que foram lançados que tão chegando no mercado agora aqui”
Dentre as novidades, estão o Kitsune, um arcade stick com “um formato bem fininho, bem diferente de todos os arcades sticks que são grossos” e diversas funcionalidades, como trava de campeonato, botões customizados e chroma.
Os players também poderão comprar finalmente o DeathAdder V3, que, segundo o profissional é o “mouse mais vendido na história”, desta vez em uma nova versão com 30 mil DPI.
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Além disso, outras opções como o Viper HyperSpeed — que é uma evolução do Viper, o Basilisk V3 e o clássico Blackwidow, da 4ª versão, estão disponíveis no estande da marca na feira.
*Entrevista de Jairo Júnior e texto de Siouxsie Rigueiras
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