Seleções que lideraram os quatro grupos da primeira fase da Copa América contavam com técnicos argentinos no comando
Não é segredo que o momento do futebol na Argentina é o melhor dos últimos 30 anos quando se fala em seleções. Contudo, os atuais campeões sul-americanos e mundiais tem mais um motivo para se orgulhar nesta Copa América 2024: os talentos exportados. A prova disso é que os quatro grupos do torneio na primeira fase tiveram no comando dos times vencedores técnicos argentinos.
Inclusive, este fato ocorre pela primeira vez na história da Copa América. Assim, nunca antes todos os treinadores que lideraram seus grupos do torneio eram da mesma nacionalidade. Assim, os técnicos argentinos Lionel Scaloni (Argentina), Fernando Batista (Venezuela), Marcelo Bielsa (Equador) e Néstor Lorenzo fizeram história em 2024.
🤯🏆 Por PRIMERA VEZ en la HISTORIA, TODOS los grupos de un torneo de SELECCIONES fueron ganados por DTs del MISMO PAÍS:
GRUPO A: 🇦🇷 Scaloni (ARG🇦🇷).
GRUPO B: 🇦🇷 Batista (VEN🇻🇪).
GRUPO C: 🇦🇷 Bielsa (URU🇺🇾).
GRUPO D: 🇦🇷 Lorenzo (COL🇨🇴).Datazo de @gastontr16. pic.twitter.com/BPJVQgUMbr
— Sudanalytics (@sudanalytics_) July 3, 2024
Por isso, o Game Arena traz este conteúdo com o objetivo de analisar qual o motivo do sucesso dos técnicos argentinos na disputa da Copa América 2024.
Lionel Scaloni
Campeão da última Copa América (2021) e da Copa do Mundo (2022) com a Albiceleste, Lionel Scaloni é quem tem o trabalho mais longevo entre os técnicos argentinos que dominaram o torneio continental. Desde que assumiu o cargo, em 2018, o treinador já soma 74 jogos à frente do selecionado portenho.
Neste recorte, são 53 vitórias, 15 empates e apenas seis derrotas, sendo a última diante do Uruguai, de Marcelo Bielsa, nas eliminatórias para a Copa do Mundo, onde buscará o bicampeonato. Inclusive, desde que venceu o mundial, em 2022, já são 17 partidas com 16 vitórias somadas.
O grande segredo da Argentina de Scaloni foi finalmente dar a Messi o suporte para que o gênio pudesse dar todo o seu potencial à Seleção.
Estrategista, o comandante da Scaloneta, molda seu estilo de jogo frente aos seus adversários para dar ao camisa 10 às ferramentas e até mesmo a proteção, com nomes como Rodrigo De Paul, para que seu astro maior brilhe.
Na atual edição da Copa América, a Argentina liderou o grupo A com 100% de aproveitamento e sendo a única equipe do torneio a não sofrer nenhum gol nas três partidas realizadas.
Fernando Batista
Contratado em 2023 para substituir o também argentino José Pékerman no comando da Venezuela, Fernando Batista vem mostrando o que a nova sofra de técnicos argentinos podem fazer no futebol continental.
Tendo em mãos uma das melhores gerações já reveladas pela Vino Tinto, Batista surpreendeu nas eliminatórias quando levou o time venezuelano às primeiras posições após as primeiras rodadas.
Atualmente, a equipe liderada por nomes conhecidos do futebol brasileiro como Savarino, Soteldo e Rondón, ocupa a quarta posição na briga por uma vaga na Copa do Mundo em 2026.
Além disso, em um grupo com seleções mais tradicionais como México e Equador, a equipe do mais surpreendente dos técnicos argentinos mostrou excelente desempenho e avançou para as quartas de final com vitórias sobre todos os seus rivais, com direito a um dos ataques mais positivos da competição, com seis gols marcados.
Marcelo Bielsa
Nome mais conhecido e o mais experiente da atual safra de técnicos argentinos, Marcelo “El Loco” Bielsa se reencontrou na Seleção do Uruguai e fez a Celeste se reencontrar consigo mesma.
Comandando uma renovação do time que voltou aos holofotes graças à Suárez, Forlan e Cavani, Bielsa conseguiu encaixar o seu pensamento de futebol intenso com uma geração com grandes talentos individuais lideradas por Ronald Araujo, Federico Valverde e Darwin Nuñez.
Na segunda posição das eliminatórias para a Copa do Mundo, o Uruguai de Bielsa foi o único time a vencer Brasil e Argentina na atual edição das seletivas, possuindo o melhor ataque com 13 gols marcados em apenas seis jogos.
Inclusive, também não faltaram gols para os uruguaios na primeira fase da Copa América. Terceiro time a liderar seu grupo com 100% de aproveitamento, os comandados do técnico argentino marcaram nove vezes nos jogos contra Estados Unidos, Bolívia e Panamá.
Contudo, nas quartas de final terão uma missão bastante indigesta, pois enfrentarão o Brasil, no sábado (6), às 22h, valendo a vaga nas semifinais para enfrentar Colômbia ou Panamá.
Néstor Lorenzo
Rival do Brasil na primeira fase, Néstor Lorenzo foi o único dos técnicos argentinos que liderou seu grupo, mas não conseguiu os 100% de aproveitamento na Copa América.
Contudo, apesar do empate, a Colômbia teve chances de vencer a partida, com bom desempenho especialmente no segundo tempo.
Inclusive, os colombianos chegaram aos Estados Unidos com um clima de bastante confiança, mesmo caindo em um grupo com rivais tradicionais como o Brasil, o Paraguai e a Costa Rica. Aliás, antes da partida diante dos Brasileiros, a mídia colombiana tratava os andinos como favoritos à vitória.
Esse clima de confiança ocorre por conta do bom desempenho da Colômbia sob o comando de Lorenzo. Desde 2022 à frente do time, o técnico argentino soma 21 jogos à frente da equipe sem saber o que é perder. Este desempenho, inclusive, lhe rendeu o terceiro lugar na classificação das eliminatórias com três vitórias e três empates em seis jogos.
Atuando com um esquema bastante vertical baseado em três zagueiros, Lorenzo tem em um meio-campo povoado de conhecidos brasileiros o seu grande trunfo com Richard Ríos (Palmeiras), Jhon Arias (Fluminense) e James Rodríguez (São Paulo) ditando o ritmo de jogo. A cereja do bolo é o atacante Luís Díaz, do Liverpool, que é a principal esperança de gols dos colombianos.
Assista também aos nossos vídeos. Neste, Celso Ishigami, Fred Figueiroa e Cassio Zirpoli relembram 12 jogos históricos da Copa América. Veja: