As Olimpíadas de Paris serviram para apresentar a surfista Tatiana Weston-Webb ao grande público no Brasil. Em seu segundo ciclo olímpico, a brasileira conseguiu uma grande façanha nas águas de Teahupoo: ser a primeira mulher a ganhar uma medalha olímpica no surfe para o país.
Com uma campanha excelente, Tatiana Weston-Webb, que ocupa atualmente a 7ª posição no ranking mundial, foi derrotada pela norte-americana Caroline Marks por 0.18 pontos na bateria que decidiu quem ficaria com a medalha de ouro e acabou ficando com a prata.
Por isso, o Game Arena produziu este conteúdo para mostrar um pouco mais sobre a vida e a carreira de um dos grandes nomes femininos da Brazilian Storm, geração do surfe brasileiro que tem feito história em competições a nível mundial.
O começo
Nascida em 1998, no Rio Grande do Sul, Tatiana Weston-Webb logo deixou o Brasil para morar nos Estados Unidos, mais especificamente no Havaí, considerada uma das terras sagradas para o surfe no mundo.
Filha de um surfista inglês e de uma bodyboarder brasileira, Tati começou a surfar aos oito anos por influência de seu irmão mais velho, Troy, que já praticava a modalidade na adolescência.
Cinema e surfe
Para além de sua carreira profisional com a prancha na mão, o surfe também levou Tatiana Weston-Webb às telonas do cinema, quando co-estrelou o filme Soul Surfer, que conta a história da atleta Bethany Hamilton, que sobreviveu a um ataque de tubarão e continuou competindo após perder o braço esquerdo.
Assim, na película, Webb estrelou as cenas de surfe da protagonista, que foi interpretada pela atriz AnnaSophia Robb.
A carreira profissional
A vida de surfista profissional de Weston-Webb começou a decolar em 2015, quando a brasileira disputou e venceu o World Woman’s Qualifying Series (WQS), espécie de Divisão de acesso para a Worlds Women’s Championship Tour (WCT), onde foi eleita novata do ano ainda na mesma temporada.
A partir de 2016, Tati passou a se tornar figura recorrente nos pódios de competições da WCT, vencendo sua primeira etapa em Huntington Beach, na Califórnia. Ele voltaria a ganhar eventos em 2021 e 2022, quando conquistou mais três etapas do circuito mundial feminino.
Em 2018, a surfista, até então radicada no Havaí, decidiu retornar às raízes maternas e se colocar à disposição do Brasil para buscar uma vaga nas primeiras Olimpíadas em que a modalidade seria disputada, em Tóquio, em 2021.
As disputas olímpicas
Classificada para as Olimpíadas de Tóquio, Tatiana acabou sendo eliminada de maneira precoce. Diante da japonesa Amuro Tsuzuki, a brasileira até abriu as oitavas de final na frente, mas acabou tomando a virada faltando poucos minutos para o fim.
Assim, sem conseguir encontrar uma boa manobra para encaixar uma nota que a recolocasse à frente, acabou ficando longe da disputa por uma medalha.
Três anos depois, Tatiana Weston-Webb chegou como um dos grandes nomes da competição feminina do surfe. Contudo, a largada da competição em Teahupoo não foi das mais gentis para a brasileira. Em uma bateria com Caitlin Summers, atual número 1 do mundo, acabou derrotada e indo para a repescagem.
Dessa forma, Tatiana Weston-Webb precisou vencer Candelario Resano, da Nicarágua, na repescagem, para voltar à competição. Nas oitavas, reencontrou Summers e acabou vencendo para chegar às quartas de final, onde não deu chances para a espanhola Nadia Erostarbe.
Após o adiamento da competição por conta das condições ruins do mar, Weston-Webb voltou ao mar de Teahupoo na segunda-feira (5), onde bateu a costarriquenha Brisa Hennessy, que chegou à Polinésia Francesa como a terceira colocada da WSL.
Na final, Tatiana Weston-Webb acabou derrotada pela norte-americana Caroline Marks em decisão polêmica da arbitragem ao receber uma nota 4,5, quando precisava de 4,68 para conquistar o ouro.
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