Um nome que permeia a história vitoriosa do vôlei brasileiro em Olimpíadas é o do técnico José Roberto Guimarães. Único tricampeão olímpico do Brasil, aos 70 anos recém-completos, o profissional segue com fome para trazer mais conquistas para o país.
Comandante da Seleção Feminina de Vôlei, José Roberto Guimarães segue na busca por uma medalha em Paris 2024. Semifinalista dos Jogos, a equipe do treinador enfrenta os Estados Unidos, nesta sexta-feira (9), às 11h. Caso avance, encara as vencedoras do duelo entre Itália e Turquia.
Por isso, o Game Arena traz este conteúdo para narrar um pouco da trajetória do maior vencedor da história do vôlei brasileiro.
A carreira como jogador
Nascido no interior do estado de São Paulo em 1954, José Roberto Guimarães iniciou sua carreira no vôlei aos 15 anos. Como levantador, Zé defendeu diversos clubes do Brasil, como Atlético Mineiro, Paulistano e Banespa, até encerrar atuando na Itália.
Pela Seleção, José Roberto teve um ciclo curto. Ao todo, o levantador participou de dois Campeonatos Sul-Americanos (1975 e 1979), além das Olimpíadas de Montreal, em 1976. Inclusive, o jogador acabou participando da campanha da 7ª colocação da Seleção Brasileira.
O estágio com Bebeto de Freitas
Grande nome do voleibol brasileiro nos anos 1970 e 1980, Bebeto de Freitas foi o primeiro a dar uma oportunidade para que José Roberto Guimarães trabalhasse como auxiliar técnico, em 1988.
Dessa forma, dois anos depois, o agora treinador passou a assumir times femininos do vôlei nacional até ter sua primeira oportunidade na Seleção, nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992.
E essa primeira chance foi com um sucesso retumbante. Oito anos após o primeiro pódio do Brasil no vôlei, com a geração de prata, a Seleção subiu no lugar mais alto do pódio graças a nomes como Maurício, Paulão, Giovane, Pampa e outros.
Após o ouro, Zé Roberto continuou com treinador do Brasil até as Olimpíadas de Atlanta, em 1996, quando não repetiu o mesmo sucesso e ficou fora do pódio. Dessa forma, acabou se licenciando do vôlei para trabalhar com futebol no Corinthians.
José Roberto Guimarães retorna ao vôlei e assume a Seleção
O treinador voltou ao mundo do voleibol em 2000, quando foi contratado para comandar o projeto do Osasco, onde conquistou títulos internacionais e venceu três edições da Superliga.
Assim, foi eleito o melhor técnico do Brasil em 2002 e acabou sendo convidado para assumir a Seleção Feminina de Vôlei, sendo o responsável pela equipe na disputa em Atenas, em 2004.
O ciclo vitorioso com a Seleção Feminina
Em sua segunda Olimpíada comandando a Seleção Feminina de Vôlei, José Roberto Guimarães, finalmente, voltou ao lugar mais alto do pódio, em Pequim, no ano de 2008. Condição que repetiu em Londres com um time formado por nomes como Fabi Alvim, Fabiana Claudino, Jaqueline, Paula Pequeno, Sheilla e Thaísa.
A partir de 2016, a Seleção Brasileira iniciou um período de renovação sob a batuta de Zé Roberto. Assim, o treinador ficou fora do pódio olímpico apenas pela segunda vez em sua carreira.
Em 2020, com a base do time que está nas semifinais da disputa olímpica em Paris, o Brasil conseguiu um bom desempenho, mas acabou esbarrando nos Estados Unidos na final. Assim, com um time norte-americano dominando o vôlei mundial, acabou ficando com a medalha de prata.
Além do desempenho nas Olimpíadas, a Seleção Feminina de Vôlei também empilha pódios em outras competições. Dessa forma, José Roberto soma também três medalhas de ouro no Grand Prix (2013, 2014 e 2015), três medalhas de prata na Liga das Nações (2019, 2021 e 2022), além de uma prata (2014) e um bronze (2022) no Mundial.
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