Novata em Olimpíadas, a judoca brasileira Beatriz Souza, da categoria peso pesado (acima de 78kg), chegará a Paris como uma das esperanças brasileiras de manter o bom o histórico dentro do judô feminino.
Aos 26 anos, a paulista de Peruíbe figura junto às medalhistas Mayra Aguiar e Rafaela Silva como uma das favoritas a trazer medalhas para aumentar o recorde da modalidade entre os esportes olímpicos mais premiados da história das participações brasileiras.
Por isso, o Game Arena traz esse conteúdo para que o público possa conhecer um pouco mais Beatriz Souza, representante do Brasil no judô em Paris.
Entre o céu e o inferno
Destaque desde muito cedo nas competições de base do judô pan-americano, Beatriz Souza viu em Tóquio a possibilidade de conquistar a sua primeira vaga nas Olimpíadas com apenas 22 anos de idade.
Para isso, a judoca contava com o retrospecto de ter conquistado três medalhas em Mundiais adultos da categoria (uma prata e dois bronzes), cinco medalhas no Pan-Americano de Judô e a prata por equipes no Pan de Lima, em 2019.
Assim, na reta final da classificatória, a jovem Beatriz se viu em uma disputa quase direta com a experientíssima Maria Suelen Altheman, mais conhecida como Sussu, de quem foi sparring na preparação para os Jogos do Rio, em 2016.
Dessa forma, mesmo com um ciclo brilhante, Beatriz viu o sonho virar decepção, quando Sussu foi escolhida para representar o Brasil depois de ter vencido a lendária Idaliz Ortiz, no Mundial de 2021.
Ex-rival agora é treinadora
Para o seu segundo ciclo olímpico, Beatriz Souza tomou decisões que mudaram diretamente os rumos da sua carreira. A primeira delas foi assinar com o clube Pinheiros para representar a agremiação e ter uma melhor estrutura para treinamentos.
Mas não foi só isso. Ao chegar ao clube, a judoca passou a contar com Sussu, antiga rival, como treinadora. O agora ex-atleta se aposentado recentemente após sofrer uma lesão grave ainda na disputa das quartas de final dos Jogos de Tóquio.
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Assim, com um ciclo mais curto – de apenas três anos – Beatriz não perdeu tempo e junto com Sussu conquistou números impressionantes, pois das 18 grandes competições que participou, a paulista foi medalhista em 13 delas.
Assim, Bia, como também é conhecida, subiu no ranking e se tornou a 4ª melhor peso-pesado do mundo em 2023, ano em que foi eleita pela Confederação Brasileira de Judô como a melhor judoca do país.
Terapia e preparação mental
Hoje, aos 25 anos, Beatriz Souza é adepta da preparação mental para as competições com auxílio de uma equipe que conta com apoio psicológico para lidar com a pressão, o estresse e a impaciência durante as lutas.
“Eu era muito estressada, muito impaciente. E agora, os resultados que eu venho tendo durante esses últimos anos mostram que eu estou no caminho certo e que preciso continuar firme”, disse ao site oficial dos Jogos Olímpicos, em entrevista.
Em uma categoria considerada uma das mais equilibradas do judô olímpico em Paris, Bia Souza não deverá ter vida fácil.
Assim, terá que esperar até o dia 2 de agosto para fazer sua estreia nos jogos, atuando na disputa da sua categoria e deverá voltar ao tatame no dia seguinte, quando representará o Brasil na categoria peso-pesado nas equipes mistas.
Assista também nossos vídeos. Neste aqui, Cassio Zirpoli fala sobre os detalhes das medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris. Confira abaixo.