A baiana Ana Marcela Cunha é, sem dúvidas, um dos nomes mais respeitados do mundo quando o assunto é maratona aquática. Atual campeã olímpica da modalidade, a nadadora brasileira chegará a Paris visando defender o seu título nas águas da França.
Com o retrospecto de ter sido campeã mundial em três provas – 5, 10 e 25 km – na última Copa do Mundo da modalidade, em 2022, Ana Marcela ainda soma à sua bagagem um vice-campeonato no Pan-Americano, disputado em 2023, em Santiago.
Por isso, o Game Arena traz esse conteúdo para conhecer um pouco melhor da história da brasileira que é considerada a nadadora mais vitoriosa da história das maratonas aquáticas.
O começo
Falar da vida de Ana Marcela Cunha é, basicamente, falar de suas aventuras dentro da água. A prova disso é que ainda pequenina, aos dois anos de idade, a baiana começou as suas primeiras aulas para aprender a nadar.
Filha de um nadador e uma ginasta, Ana Marcela começou a levar a natação mais a sério aos 10 anos, quando iniciou os treinos no Centro Olímpico de Salvador, onde permaneceu por seis anos, até ser chamada para o time da Universidade Santa Cecília, em Santos, ainda em 2007, onde treina até hoje.
Integrante do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) das forças armadas, Ana Marcela Cunha já alcançou a patente de Terceiro-Sargento da Marinha do Brasil.
As vitórias e a consagração nos mundiais
A primeira participação nos Jogos Olímpicos de Ana Marcela Cunha aconteceu em 2008, em Pequim, quando atleta sequer havia completado 18 anos. Contudo, logo a nadadora mostraria ao mundo que havia chegado para ficar com o quinto lugar na prova dos 10 quilômetros.
Em 2011, aos 19 anos, Ana Marcela conquistaria o seu primeiro dos cinco títulos mundiais na maratona aquática de 25 quilômetros, voltando a vencer a prova também em 2015, 2017, 2019 e 2022. Além disso, a nadadora ainda duas vezes a prova dos cinco quilômetros, em 2019 e 2022.
Para fechar suas 16 medalhas em Campeonatos Mundiais em maratonas aquáticas, Ana Marcela Cunha ainda soma duas pratas e sete bronzes, sendo dois deles conquistados em 2023 e 2024, respectivamente.
Um ciclo perfeito
Após a maior frustração da carreira, quando era favorita a ganhar a medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro e acabou “apenas” com um 10º lugar, Ana Marcela Cunha conseguiu viver um momento áureo em sua carreira.
Em 2019, ano em que foi consagrada com o seu nome no Hall da Fama da Maratona Aquática Internacional, a nadadora brasileira além de conquistar duas medalhas de ouro em mundiais ainda venceu a prova no Pan-Americano de Lima.
Dois anos depois, chegando mais uma vez como favorita, Ana Marcela confirmou aquilo que muitos acreditavam ao ser a mais rápida e não ver ninguém chegar à sua frente na prova dos 10 quilômetros da maratona aquática em Tóquio.
Como chega Ana Marcela Cunha para as Olimpíadas?
Em um período mais curto entre as Olimpíadas de Tóquio (2021) e Paris (2024), Ana Marcela Cunha seguiu sendo dominante no esporte e enfileirando medalhas em Mundiais.
Contudo, no último pan, a nadadora viu a sua hegemonia ser ameaçada ao ver a estadunidense Ashley Twichell, que liderou de maneira absoluta e saiu vencerdora da prova dos 10 quilômetros nas águas de Santiago.
Na última competição disputada antes de Paris, Ana Marcela ainda conquistou uma medalha de bronze na prova dos cinco quilômetros da maratona aquática no Mundial, em Doha, no Catar.
Assista também nossos vídeos. Neste aqui, Cassio Zirpoli fala sobre os detalhes das medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris. Confira abaixo.