Vencedor da primeira prova da temporada, em Melbourne, o piloto britânico Lando Norris e a McLaren chegam embalados ao Grande Prêmio da China de Fórmula 1, que será disputado entre sexta-feira e domingo, em Xangai, e terá como ingrediente extra a primeira corrida sprint do ano, com pontos adicionais em jogo.
Apesar das mudanças nas condições climáticas na Austrália (classificação no sábado disputada com forte calor e chuva na corrida de domingo), Norris, atual vice-campeão mundial, e a McLaren, que venceu o campeonato de construtores no ano passado, mostraram que, por enquanto são os adversários a serem batidos em 2025.
A expectativa é de clima abafado durante todo o fim de semana no circuito de Xangai, o que pode influenciar o resultado da corrida em uma pista de 5,451 km com curvas longas e áreas de frenagem bruscas que tendem a desgastar muito os pneus.
GP da China
– 60 minutos para preparar o carro –
Além do tempo, pilotos e equipes enfrentarão o desafio de terem apenas uma sessão de treinos livres (de 60 minutos de duração), na manhã de sexta-feira, para encontrar a configuração ideal dos carros para o traçado chinês.
No mesmo dia, à tarde, será realizada a classificação para a corrida sprint de sábado, que terá apenas 19 voltas (56 voltas no Grande Prêmio de domingo), e dará de oito pontos ao ganhador até 1 ponto ao oitavo colocado.
Horas depois, começará o treino classificatório para a corrida de domingo, que estabelecerá o grid de largada da corrida de domingo.
Em Melbourne, Norris ficou à frente do holandês Max Verstappen (REd Bull), vencedor do GP da China em 2024, temporada em que terminou com seu quarto título mundial consecutivo.
Foi o retorno do país ao calendário do Mundial de F1 depois de quatro anos por conta da pandemia de covid-19.
Mas se há um ano Verstappen e a Red Bull pareciam imbatíveis, nesta temporada o favoritismo passou para Norris e a McLaren.
“Acredito que seremos muito rápidos na China, onde no ano passado não tínhamos um bom carro”, declarou o britânico após a vitória em Albert Park, onde a McLaren teria conseguido a dobradinha se não fosse pela chuva e a saída de pista de Oscar Piastri, que perdeu posições e acabou na nona posição.
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– Hamilton e Ferrari discretos –
Depois da Austrália, Verstappen expressou surpresa com seu segundo lugar, ciente de que a Red Bull não tem mais o carro incrível dos anos anteriores. “Estamos a poucos dias da China e não tenho certeza se encontraremos uma maneira de mudar as coisas”, admitiu o holandês, que sonha com o quinto título consecutivo, algo que apenas Michael Schumacher conseguiu antes.
A Red Bull não só deixou dúvidas na Austrália (seu segundo piloto, o neozelandês Liam Lawson, saiu da pista sem sequer entrar na luta por pontos), como a Ferrari também decepcionou.
Grande contratação da escuderia para esta temporada, o britânico Lewis Hamilton, que detém o recorde de vitórias em Xangai, com seis, estreou em 10º lugar e admitiu que o carro é “muito pior” do que ele pensava.
Seu companheiro, o monegasco Charles Leclerc, acabou em uma discreta oitava posição, quando antes da Austrália a Ferrari era vista como a principal concorrente da McLaren.
A Mercedes também teve um início de temporada positivo na Austrália, com George Russell subindono pódio em terceiro e o jovem italiano Andrea Kimi Antonelli, de 18 anos, terminando em quarto em sua primeira corrida na F1.
Xangai é um circuito que tradicionalmente sempre foi bom para a equipe alemã, onde venceu seis vezes, entre 2012 e 2019.
E o brasileiro Gabriel Bortoleto (Sauber) vai em busca de seus primeiros pontos na temporada depois bater em um muro e abandonar a prova em Melbourne.