Parlamentar teria favorecido o PSG em diversas ocasiões
O Ministério Público de Paris indiciou o político Hugues Renson, ex-presidente da Assembleia Nacional da França, por suspeita de tráfico de influência envolvendo o seu time do coração, Paris Saint-Germain (PSG). As informações são do jornal L’Équipe.
De acordo com as investigações, o parlamentar teria favorecido o clube em diversas ocasiões, ao passo em que também contou com regalias vindas da outra parte, como entradas gratuitas e trabalhos remunerados para aliados.
A negociação do atacante brasileiro Neymar, até o momento a contratação mais cara da história do futebol (222 milhões de euros), também teve participação de Renson. O político teria ajudado o clube a conseguir vantagens fiscais na transferências.
Em uma das conversas interceptadas pela justiça francesa, Renson se comunicou com o Ministro das Contas Públicas, Gérald Darmanin.
“Gerald, gostaria de incomodá-lo sobre um dos seus assuntos… Estou com Nasser [presidente do PSG], muito preocupado com sua grande operação. Eu sei que você está em contato. Você tem uma maneira de tranquilizá-los? Seria uma pena se a operação não acontecesse… À sua disposição”, diz a mensagem enviada pelo parlamentar.
Entre outras acusações, estão a interferência no calendário do Campeonato Francês e a facilitação para funcionários do PSG obterem vistos para a China.
Hugues Renson pertence ao partido Renascimento (antigo LREM – Le Réplublique em Marche!), o mesmo do presidente Emmanuel Macron. O indiciamento ocorreu na última quinta-feira (5), logo após o depoimento do político às autoridades.
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