A final da NBA em 2025, a partir desta quinta-feira (5), às 21h, colocará frente a frente duas franquias que contam com equipes jovens, ousadas e repletas de talento: Oklahoma City Thunder e Indiana Pacers.
Muito além das estatísticas básicas, essa série será a culminância de uma temporada repleta de histórias fascinantes, recordes inéditos e duelos estratégicos que fará história na liga.
Por isso, o Game Arena traz este conteúdo listando 10 curiosidades essenciais para você entender o que está em jogo nesta grande final. Confira!
10 curiosidades sobre a final da NBA entre Thunder e Pacers
1) Sétimo campeão diferente consecutivo
A série de sete jogos que marcará o embate entre Oklahoma City Thunder e Indiana Pacers já estabeleceu um recorde na história da NBA. Pela primeira vez em 76 anos, a maior liga de basquete do mundo terá uma sequência de sete campeões diferentes em sete anos.
A última vez em que um campeão se repetiu foi em 2018, quando o Golden State Warriors capitaneado por Stephen Curry e Kevin Durant venceu o Cleveland Cavaliers de Lebron James para conquistar o bicampeonato consecutivo e o terceiro título em quatro anos.
Desde então, Toronto Raptors (2019), Los Angeles Lakers (2020), Milwaukee Bucks (2021), Golden State Warriors (2022), Denver Nuggets (2023) e Boston Celtics (2024) tiveram a honra de levantar o troféu Larry O’Brien, destinado ao campeão da NBA.
2) Um título inédito
A final da NBA em 2025 consagrará o 22º campeão diferente na história da NBA. Finalistas em outras temporadas – Indiana Pacers (1994 e 2000) e Oklahoma City Thunder (2012) -, nem OKC nem Pacers tiveram a honra de vencer a maior liga de basquete do mundo.
Anteriormente, o Pacers acabou sendo derrotado nas finais pelo Houston Rockets e, seis anos depois, pelo Los Angeles Lakers. Já a jovem franquia de Oklahoma, fundada em 2008, foi às finais em 2012, mas acabou sucumbindo diante do Miami Heat.
Vale lembrar que alguns dos times campeões não existem mais, como é o caso de Seattle Supersonics e Baltimore Bullets.
Confira a lista com todas as franquias campeãs da NBA
- Boston Celtics – 18 títulos (1956-57 / 1958-59 / 1959-60 / 1960-61 / 1961-62 / 1962-63 / 1963-64 / 1964-65 / 1965-66 / 1967-68 / 1968-69 / 1973-74 / 1975-76 / 1980-81 / 1983-84 / 1985-86 / 2007-08 / 2023-24)
- Los Angeles Lakers – 17 títulos (1948-49 / 1949-50 / 1951-52 / 1952-53 / 1953-54 / 1971-72 / 1979-80 / 1981-82 / 1984-85 / 1986-87 / 1987-88 / 1999-00 / 2000-01 / 2001-02 / 2008-09 / 2009-10 / 2019-20)
- Golden State Warriors – 7 títulos (1946-47 / 1955-56 / 1974-75 / 2014-15 / 2016-17 / 2017-18 / 2021-22)
- Chicago Bulls – 6 títulos (1990-91 / 1991-92 / 1992-93 / 1995-96 / 1996-97 / 1997-98)
- San Antonio Spurs – 5 títulos (1998-99 / 2002-03 / 2004-05 / 2006-07 / 2013-14)
- Detroit Pistons – 3 títulos (1988-89 / 1989-90 / 2003-04)
- Philadelphia 76ers – 3 títulos (1954-55 / 1966-67 / 1982-83)
- Miami Heat – 3 títulos (2005-06 / 2011-12 / 2012-13)
- Milwaukee Bucks – 2 títulos (1970-71 / 2020-21)
- New York Knicks – 2 títulos (1969-70 / 1972-73)
- Houston Rockets – 2 títulos (1993-94 / 1994-95)
- Cleveland Cavaliers – 1 título (2015-16)
- Dallas Mavericks – 1 título (2010-11)
- Seattle Supersonics – 1 título (1978-79)
- Washington Wizards – 1 título (1977-78)
- Portland Trail Blazers – 1 título (1976-77)
- Atlanta Hawks – 1 título (1957-58)
- Sacramento Kings – 1 título (1950-51)
- Baltimore Bullets – 1 título (1947-48)
- Toronto Raptors – 1 título (2018-19)
- Denver Nuggets – 1 título (2022-23)
3) Oklahoma City e a rejeição ao passado
Fundado em 2008, o Oklahoma City Thunder acabou ocupando o espaço de franquia da NBA que era pertencente ao Seattle Supersonics, quando ocorreu a mudança. Contudo, a torcida e a diretoria do OKC rejeitam o passado do antigo time, que inclusive venceu a NBA em 1979.
Isso ocorre porque o Supersonics é uma das franquias que tenta ser revivida com seu retorno a Seattle. Aliás, o time pode retornar às atividades já nos próximos anos, quando há a especulação de uma ampliação da NBA de 30 para 32 times.
Dessa forma, os torcedores do Oklahoma acreditam que não existe espaço na história do time para um legado “emprestado” e querem construir seu próprio caminho na liga.
4) Obrigado, Paul George!
Ex-jogador do Indiana Pacers e do Oklahoma City Thunder, o ala Paul George, de 35 anos, é peça fundamental para a formação dos dois elencos que se enfrentarão na final da NBA em 2025.
Draftado por Indiana na 10ª posição do recrutamento de 2010, PG13 atuou em sete temporadas pelos Pacers até ser trocado com o OKC para fortalecer o time após a saída de Kevin Durant.
Com as picks obtidas na troca, o time de Indianápolis acabou selecionando Domantas Sabonis, que futuramente seria trocado para os Kings no negócio que levou Tyrese Haliburton para os Pacers.
Em Oklahoma, por sua vez, Paul George atuou por duas temporadas e acabou chamando a atenção do Los Angeles Clippers, que queria formar uma superdupla com ele e o ala Kawhi Leonard. Assim, a franquia da Califórnia mandou cinco escolhas de primeiro round, vários swaps – trocas de posição na fila do recrutamento – e o armador Shai Gilgeous-Alexander, que se tornou uma estrela no OKC.
Além de SGA, o Thunder ainda obteve nomes como Jalen Willians e Chet Holmgren graças às escolhas cedidas pelos Clippers. Dessa forma, mesmo estando na final da NBA, o time ainda possui um leque de nove picks de primeiro round para serem usadas nos próximos cinco anos para recrutar grandes nomes vindos do basquete universitário.
5) Rick Carlisle bicampeão?
Técnico do Indiana Pacers, Rick Carlisle poderá escrever ainda mais seu nome na história das finais da NBA em 2025. Campeão da liga em 2011 com o Dallas Mavericks de Dirk Nowitzki, o treinador poderá se tornar um dos poucos a vencer o campeonato por dois times diferentes.
Atualmente, apenas lendas do tamanho de Phil Jackson e Pat Riley detém esse feito. O primeiro foi o comandante do Chicago Bulls hexacampeão da NBA com Michael Jordan e ainda venceria mais cinco títulos com os Lakers (2000, 2001, 2002, 2009 e 2010).
Pat Riley, por sua vez, foi o cérebro por trás do comando do Showtime Lakers, capitaneado por Magic Johson, Kareem Abdul-Jabbar e James Worthy nos anos 80. Já nos anos 2000, o técnico ainda venceria outros dois campeonatos com o Miami Heat, em 2006 e 2011.
6) Haliburton, o mestre da eficiência
Na atual temporada, o armador Tyrese Haliburton, do Indiana Pacers, alcançou um feito histórico ao chegar às 500 assistências antes de 100 turnovers (perdas de posse de bola), algo que nunca havia sido registrado nos 76 anos de história da NBA.
7) Shai Gilgeous-Alexander e o trono dos estrangeiros
Principal jogador do time de melhor campanha da temporada regular da NBA, com 68 vitórias em 82 jogos, o canadense Shai Gilgeous-Alexander conquistou o prêmio de Most Valuable Player (MVP) e destronou o sérvio Nikola Jokic, que havia recebido a honraria três vezes nos últimos quatro anos.
Contudo, a conquista de SGA deu sequência a um legado de vitória de estrangeiros como os melhores jogadores da temporada regular da liga. Atualmente, já são sete temporadas com não-estadunidenses vencendo a eleição.
Antes de Shai, Giannis Antetokounmpo (2018/19, 2019/20), Nikola Jokic (2020/21, 2021/22 e 2023/24) e Joel Embiid (2022/23) já haviam levado o prêmio em sequência.
Assim, o último estadunidense a ser MVP da temporada regular foi o armador James Harden, na época astro do Houston Rockets, na temporada 2017/18, sendo o último de uma sequência de 11 temporadas consecutivas.
8) Thunder em vantagem na temporada
As duas equipes finalistas se encontraram apenas duas vezes na atual temporada devido à distância geográfica entre as cidades de Oklahoma City e Indianápolis.
Assim, nos dois confrontos, quem levou a melhor foi o Thunder, por 120 x 114 (26/12, em Indianápolis) e 132 x 111 (29/03, em Oklahoma).
9) Thunder e a melhor defesa da liga
A grande campanha do Oklahoma City Thunder na atual temporada da NBA tem como seu principal trunfo um desempenho defensivo para lá de invejável. A prova disso são os números do time comandado pelo jovem Mike Daigneault quando o quesito é defesa.
Durante a temporada regular, o OKC sofreu “apenas” 107,6 pontos por jogo, tendo a terceira melhor defesa da NBA, atrás apenas de Orlando Magic e Boston Celtics. Contudo, com o quarto ataque mais positivo da liga, com 120,5 pontos de média, o time de Shai Gilgeous-Alexander teve o saldo mais positivo de toda a liga: 12,9 pontos de diferença.
Outro ponto que se destaca no time do Oklahoma é a capacidade de roubar a bola dos adversários e gerar turnovers. Com especialistas no quesito como Alex Caruso, o OKC possui a espantosa média de 10,3 roubos por jogo, a maior da NBA com sobras.
10) Mais uma final sem os grandes mercados
Por fim, é necessário dizer que Oklahoma City e Indianápolis não estão entre os principais mercados do basquete norte-americano, algo que é tratado com preocupação pelas emissoras de TV em 2025.
Contudo, a final entre OKC e Pacers é apenas a quarta no século XXI sem times do Texas e da Califórnia, estados com o maior mercado da liga, uma vez que concentram sete dos 30 times da NBA.
Assim, desde os anos 2000, apenas em 2011/12 (Miami Heat x OKC), 2020/21 (Milwaukee Bucks x Phoenix Suns) e 2022/23 (Denver Nuggets x Miami Heat), aconteceram finais sem as presenças de San Antonio Spurs, Houston Rockets e Dallas Mavericks (Texas) ou Los Angeles Lakers, Los Angeles Clippers, Sacramento Kings e Golden State Warriors (Califórnia).
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