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Bobadilla em campo pelo São Paulo. Foto: Nelson Almeida/AFP
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Bobadilla em campo pelo São Paulo. Foto: Nelson Almeida/AFP

Venezuelano Miguel Navarro denuncia Bobadilla, do São Paulo, por xenofobia; entenda

Jogador do Talleres, Navarro afirmou ter sido chamado de "venezuelano morto de fome" por volante Bobadilla, do Tricolor

France Press •
28/05/2025 às 11:51, atualizado há 7 meses
Tempo de leitura: 4 minutos

O jogador venezuelano Miguel Navarro, do clube argentino Talleres, denunciou nesta terça-feira (27) “um ato de xenofobia” do volante paraguaio Damián Bobadilla, do São Paulo, durante duelo da Copa Libertadores pelo Grupo D no estádio Morumbis na capital paulista.

Navarro e Bobadilla, jogadores das seleções de seus países, trocaram palavras na reta final do jogo, que foi vencido por 2 a 1 pelo tricolor paulista.

Após a discussão, o venezuelano de 26 anos, começou a chorar e o árbitro chileno Piero Maza interrompeu a partida por alguns minutos. Companheiros e adversários consolaram Navarro, e o duelo prosseguiu.

“Vou até as últimas consequências diante do ato de xenofobia que vivenciei hoje no Brasil pelas mãos de Damián Bobadilla”, afirmou Navarro após o jogo em uma publicação no Instagram.

“Gostaria que pudesse ter nas minhas mãos a solução para a fome no meu país […] jamais terei vergonha das minhas raízes”, acrescentou Navarro, referindo-se à crise humanitária na Venezuela.

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Mais tarde, em declarações à imprensa, ele disse que o adversário o chamou de “venezuelano morto de fome”.

Bobadilla, de 23 anos, joga no São Paulo desde 2024. Seu pai é o ex-goleiro da seleção paraguaia Aldo Bobadilla.

Nem o jogador nem o São Paulo manifestaram até o momento

“Desconheço a situação. Coloque-se no meu lugar: estou no banco, a 50 metros, faltando 10 minutos (para o fim da partida), o que posso saber dessa situação?”, disse o técnico do São Paulo, o argentino Luis Zubeldía, em coletiva de imprensa.

O Talleres expressou o “mais enérgico repúdio” ao “ato de xenofobia” e expressou profunda solidariedade a seu atleta. “Como instituição, levantamos a voz contra qualquer forma de discriminação. NÃO há lugar para o ódio no futebol”, afirmou em uma mensagem na rede X.

A imprensa brasileira divulgou imagens de membros da delegação do Talleres entrando na delegacia do estádio Morumbis.

“Quero falar sobre um ato de racismo que nós sofremos hoje. Talvez isso seja duplamente doloroso, porque estamos justamente aqui, em uma terra onde se promove muito” o combate à discriminação racial, disse o jogador argentino do Talleres, Augusto Schott, em sua declaração pós-jogo.

No Brasil, o racismo é considerado crime, punível com entre dois e sete anos e meio de prisão. Os clubes do país têm denunciado com insistência atos de racismo contra seus jogadores nas partidas como visitante nos torneios continentais.

No início de maio, o boliviano Miguel Terceros foi detido por chamar de “negro de merda” um adversário em uma partida da segunda divisão do Brasileirão. Terceros, uma das promessas do futebol boliviano, foi liberado no dia seguinte, mas continua respondendo perante a Justiça.

O São Paulo conseguiu a classificação às oitavas de final do torneio continental como líder do Grupo D, enquanto o Talleres terminou em último e encerrou sua participação em competições internacionais nesta temporada.

Veja declaração de Navarro sobre Bobadilla

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