O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou o banimento da torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras, por dois anos, após a emboscada contra torcedores do Cruzeiro no último fim de semana.
A solicitação do órgão foi enviada à Federação Mineira de Futebol (FMF) e à CBF. No documento, também há a cobrança para criação de um cadastro nacional de torcedores suspensos ou impedidos de frequentar estádios.
A proibição formulada pelo MPMG, assinada pelo promotor de justiça Fernando Abreu, veta o uso de qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou outro tipo de objeto que faça referência à Mancha Verde.
“É fato público e notório que as desavenças entre as torcidas organizadas vêm, ao longo dos anos, causando severos transtornos à ordem pública e insegurança à sociedade, pois a escalada do conflito não cede, mesmo diante das reiteradas punições administrativas às referidas entidades”.
“O problema, portanto, ultrapassa os limites da violência desportiva, necessitando de atuação estatal típica de combate à criminalidade organizada”, escreveu Fernando Abreu.
A Federação Mineira tem o prazo de 72 horas para responder ao Ministério Público.
Torcida proibida em SP
Vale lembrar que, mais cedo, a Federação Paulista proibiu o ingresso da Mancha Verde nos estádios de São Paulo.
Ainda nesta quarta, a Polícia Civil e o MPSP solicitaram à Justiça a prisão temporária de seis integrantes da Mancha, incluindo o presidente da torcida organizada e outras três pessoas com cargos de liderança.
O caso
Na madrugada do domingo (27), um ônibus com integrantes da Máfia Azul, do Cruzeiro, que voltava de Curitiba para Belo Horizonte, foi interceptado pela Mancha Verde na Fernão Dias, em Mairiporã-SP.
Os passageiros foram agredidos e o veículo, inclusive, acabou incendiado. Houve uma morte e outras 17 pessoas ficaram feridas.
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