Mascherano denunciou que Thiago Almada, jogador do Botafogo, teve acessórios roubados
O técnico da seleção argentina sub-23, Javier Mascherano, considerou “um circo” o que aconteceu no final da partida em que o Marrocos derrotou a ‘Albiceleste’ por 2 a 1, nesta quarta-feira (24), em Saint-Étienne, no início do torneio de futebol masculino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
“A análise do jogo não faz muito sentido, foi tudo o que aconteceu, mas a sensação é horrível. A verdade é que nunca na minha carreira como jogador, como treinador eu tenho pouco tempo, mas como jogador nunca passei por uma situação parecida”, disse Mascherano aos repórteres.
“É o maior circo que já vi na minha vida”, acrescentou. “Mas é o que temos, não cabe a nós controlar isso […] Eu falei para os meninos: temos que olhar para frente, tentar ir atrás dos seis pontos que vão nos dar a classificação e que bom que isso nos enche de energia, de raiva para enfrentar o que está por vir”.
A partida foi dada como encerrada pelo site oficial do evento e pelas duas seleções em suas redes sociais, após o meia argentino Cristian Medina empatar em 2 a 2 nos intermináveis acréscimos de 16 minutos, o que causou uma invasão de campo por parte de alguns torcedores marroquinos.
O árbitro sueco Glenn Nyberg ordenou que os jogadores voltassem ao vestiário, sem ter finalizado a partida.
A partida foi reiniciada duas horas depois, com as arquibancadas do estádio Geoffroy-Guichard vazias, faltando três minutos de acréscimo e com o placar de 2 a 1, já que o gol de Medina foi anulado devido a um impedimento após revisão do VAR.
“A decisão dos capitães foi de não jogar, e com o passar do tempo começaram a aparecer diferentes versões. O que incomoda é suspender o jogo. Se for revisar, revise assim que terminar a jogada […] em nenhum momento nos disseram que o gol não havia valido”, disse ele.
“Chamaram a Fifa. Não sei quem tomou a decisão [de voltar a campo], mas todo mundo estava envolvido […] É uma pena fazer os meninos aquecerem e manchar um torneio, nem mesmo em um torneio de bairro isso acontece. É patético”, disse o ex-volante.
“Além do espírito ser olímpico, a organização tem que estar à altura. No momento não está. No momento, infelizmente, não está”, acrescentou.
Mascherano relatou ainda que na terça-feira os argentinos foram vítimas de furto no centro de treinamento: “Sumiram o relógio e os anéis do Thiago Almada, durante um treino dos Jogos Olímpicos. Não queríamos falar nada”.
Almada, contratado recentemente pelo Botafogo, é um dos jogadores da equipe olímpica que fizeram parte do elenco da seleção argentina campeã do mundo no Catar-2022, e alguns dos seus companheiros dessa seleção também se manifestaram nas redes sociais sobre o ocorrido na partida.
O astro Lionel Messi se expressou por meio de um story em sua conta do Instagram, onde escreveu “insólito” acompanhando o adjetivo com um emoji que manifesta algo entre surpreso e envergonhado.
“Mais do que nunca com vocês. Vocês podem contra todos”, escreveu Rodrigo de Paul em sua conta no Instagram, enquanto Nicolás Tagliafico expressou no X: “Se fosse o contrário, nem imagino o que estariam dizendo”.
A imprensa argentina também mostrou indignação. O jornal La Nación falou de um “escândalo olímpico” e do “caos na França” e o Clarín descreveu o episódio como uma “vergonha no futebol olímpico”.
Seleção da Argentina é vaiada durante o hino nacional na estreia das Olimpíadas pela repercussão do episódio de racismo e transfobia envolvendo a Seleção na final da Copa América #Paris2024
— GameArena.GG (@gamearenaofc) July 24, 2024