Um dos grandes destaques da Seleção Brasileira feminina de futebol, finalista das Olimpíadas de Paris 2024, é a goleira Lorena, que tem aparecido em momentos cruciais para ajudar a levar o time brasileiro até a decisão do torneio.
Foram dois pênaltis defendidos por ela na fase de grupos da competição contra o Japão, mais uma contra a França nas quartas de finais, e em seguida uma grande atuação contra a Espanha, atuais campeãs do mundo na semi, ajudando o time a confirmar a vaga na final.
Mas essa na verdade é “apenas” o grande momento de uma história que começou como uma mera brincadeira na rua. Nascida em São Paulo a chance de virar goleira veio por uma ocasião do destino.
Em um campeonato de rua um dos goleiros acabou não participando e ninguém queria atuar no gol, foi aí que Lorena se prontificou e se achou na posição. Nem os meninos queriam mais que ela deixassem a meta na competição. Depois de atuar como atacante, zagueiro, foi no gol que ela se firmou.
Aos 14 anos ela se mudou para o Rio de Janeiro para defender o Bangu e ficou no clube por alguns anos. Mas a chance no profissional nunca veio.
Chance no Sport
Depois ele migrou para o Centro Olímpico em São Paulo onde passou três temporadas em busca de uma oportunidade que veio em 2017. Lorena foi contratada pelo Sport Club do Recife e ficou duas temporadas no clube e recebeu espaço para atuar.
Ela então começou a chamar a atenção, foi convocada para a Seleção Brasileira sub-20 em 2018 e depois de 37 jogos pela equipe pernambucana, acabou indo para o Grêmio onde permanece até os dias atuais.
Ao todo são seis temporadas no time gremista e um título conquistado no Campeonato Gaúcho. Titular pela equipe, ela também registrou a sua primeira convocação para a Seleção Brasileira principal em 2021.
Em 2022 venceu seu primeiro título com a Amarelinha a ser campeã da Copa América, e foi escolhida como a melhor goleira do campeonato após não sofrer nenhum gol. Mas no ano passado o momento mais frustrante da sua carreira.
Lesão grave e a redençao
Mas em 2023, Lorena acabou sofrendo uma lesão grave ao romper o ligamento cruzado anterior do joelho as vésperas da Copa do Mundo em que ela tinha participação quase que confirmada. O baque foi grande, ela ficou de fora do maior torneio da sua carreira, mas o destino tinha outros planos.
Lorena não desistiu, se recuperou e voltou a jogar pelo Grêmio e logo recebeu as primeiras oportunidades após a lesão e foi convocada para a Seleção Brasileira pelo técnico Arthur Elias. E agora esse capítulo já é histórico e tem uma medalha olímpica garantida, resta saber de qual cor.
Assista também nossos vídeos. Neste Raio-X Olímpico, Celso Ishigami, Cassio Zirpoli e Fred Figueiroa comentam sobre a disputa entre Rebeca Andrade e Simone Biles na final da ginástica artística. Confira: