A justiça portuguesa acusou formalmente a empresa que administra o Benfica de manipular resultados de jogos entre 2016 e 2019, informaram nesta terça-feira (15) vários veículos de imprensa locais.
A acusação aponta os responsáveis legais de “duas sociedades esportivas” por suspeitas de “corrupção ativa e passiva agravadas” num caso de “comportamento antidesportivo”, confirmou o Ministério Público em comunicado, no qual não cita as dez pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
Segundo informações da imprensa, o MP está convencido de que o Benfica fechou acordos financeiros com o Vitória de Setúbal, que, em contrapartida, teria facilitado a vida do clube lisboeta nos jogos entre ambos.
As quantias pagas em “operações fictícias” tinham como objetivo “favorecer o interesse” de um dos clubes, “principalmente no que concerne a resultados esportivos”, explicou em seu comunicado o Departamento Central de Investigação de Ação Penal (DCIAP), órgão do Ministério Público para crimes financeiros.
O MP solicitou que os dois clubes envolvidos recebam “uma multa acessória de participação em competições esportivas”.
Clube com mais títulos de Portugal, o Benfica terminou a última edição do Campeonato Português na segunda posição e, nesta temporada, participa da Liga dos Campeões da Europa.
“O Benfica vai se defender, sem dúvida, de todas as acusações infundadas”, afirmou o clube em nota, na qual ressaltou que as suspeitas apontam “os supostos atos de seu ex-presidente e de um ex-conselheiro”.
O ex-presidente é Luís Filipe Vieira, que dirigiu o clube durante 18 anos, até ser preso em julho de 2021 por outro caso de abuso de confiança e fraude.
O atual presidente do Benfica é o ex-jogador da seleção portuguesa Rui Costa.
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