Coutinho voltou a ser jogador do Vasco após 14 anos
Coutinho no Vasco, Thiago Silva no Fluminense… A janela de transferências começou a todo vapor no Brasil e contou com retornos de atletas consagrados aos clubes de origem.
O cenário mais comum de um jovem negociado para o exterior é prometer voltar ao time que o revelou. Na prática, isso vem sendo cada vez mais recorrente no futebol brasileiro.
Às vezes, os jogadores saem muito cedo do Brasil e não conseguem atingir um status de ídolo no primeiro time. No entanto, brilham durante a carreira e voltam sob novos olhares.
Até porque, hoje, os europeus começam a monitorar os garotos nas divisões de base e fecham acordos antes mesmo deles adquirirem maior experiência na equipe profissional.
Tomando os casos de Philippe Coutinho e Thiago Silva como exemplos, o Game Arena reuniu uma lista com atletas que tiveram a mesma decisão de passar por onde surgiram.
Bebeto – Vitória (1997)
Natural de Salvador, Bebeto iniciou a carreira no Vitória. Estreou profissionalmente em 1982, mas pouco atuou. Em seguida, partiu para o Flamengo e se destacou no cenário nacional.
Campeão da Copa do Mundo de 1994, formando a dupla icônica com Romário, o atacante retornou ao Leão em 1997. Tamanha expectativa, foi recebido com festa pelos torcedores.
A contratação se deu em virtude da parceria rubro-negra com o Banco Excel. Apesar do bom início, Bebeto se desgastou com o clube por desejar se transferir para o La Coruña.
No final, as negociações fracassaram. Mas não houve clima para a permanência. Assim, o Excel acabou inserindo o jogador em outro time parceiro: o Botafogo.
A passagem pelo Vitória terminou com os títulos do Campeonato Baiano e da Copa do Nordeste.
Adriano Imperador – Flamengo (2009)
Cria e torcedor do Flamengo, Adriano Imperador voltou ao seu time do coração em 2009, após brilhar com a camisa da Inter de Milão. Só que, antes, defendeu outro time brasileiro.
O centroavante esteve no São Paulo, por empréstimo, no ano anterior à chegada ao Rio. Naturalmente, isso frustrou os flamenguistas. Mas o reencontro aconteceu em grande estilo.
Adriano comandou o Mengo na conquista do título brasileiro de 2009. Tanto é que dividiu a artilharia da competição com Diego Tardelli, do Atlético-MG, ambos com 19 bolas na rede.
Posteriormente, durante a temporada de 2010, deixou o clube para voltar à Itália ao assinar com a Roma.
Kaká – São Paulo (2014)
Made in Cotia. Kaká fez seu nome no São Paulo ainda jovem. Foi campeão do mundo com o Brasil, em 2002, enquanto atleta tricolor. Na sequência, construiu uma carreira vencedora.
Negociado com o Milan em 2003, o meio-campista fez tanto sucesso que ganhou o prêmio de melhor jogador do mundo em 2007. Depois, passou pelo Real Madrid, mas sem brilho.
O retorno ao Morumbi aconteceu em 2014. Ele chegou emprestado pelo Orlando City por apenas seis meses. Nesse período, fez três gols e quatro assistências em 24 exibições.
Douglas Costa – Grêmio (2021)
Douglas Costa iniciou sua segunda passagem pelo Grêmio em 2021, quando tinha 31 anos – idade considerada baixa para os padrões dos atletas que deixam a Europa rumo ao Brasil.
O atacante voltou ao Tricolor após 11 anos de caminhada na Europa. Passou por Shakhtar Donetsk, Bayern de Munique e Juventus. Ao Grêmio, chegou cedido pelo Bayern.
As grandes expectativas, no entanto, não foram correspondidas. Douglas não engrenou em campo e viu sua imagem de ídolo ruir. Para piorar, o Imortal caiu para a segunda divisão.
— Douglas Costa (@douglascosta) June 9, 2021
Marcelo – Fluminense (2023)
O caso mais emblemático dos últimos anos, com exceção dos “novatos” mencionados no início da matéria, é o do lateral-esquerdo Marcelo, que regressou às origens no Fluminense.
Multicampeão com o Real Madrid, o jogador deu resposta imediata e foi peça-chave na conquista inédita da Taça Libertadores. Porém, as coisas saíram do eixo nesta temporada.
Isso porque o time das Laranjeiras ocupa a lanterna do Brasileirão e enfrenta uma crise que pode culminar com o rebaixamento para a Série B.