Eleito em 2023 para comandar o Corinthians no triênio 2024-2026, o presidente Augusto Melo pode estar com seus dias à frente do Timão contados. Em mandato repleto de polêmicas desde que assumiu o clube, o mandatário alvinegro é alvo de um processo de impeachment que foi protocolado por conselheiros no último dia 17.
Motivado pela crise institucional e financeira vivida dentro do clube, o pedido será apreciado pelo Conselho Deliberativo do Corinthians no próximo dia 28 de novembro, data na qual foi convocada uma Assembleia Extraordinária pelo presidente do órgão, Romeu Tuma Jr.
Para entender melhor a situação vivida nos bastidores do Alvinegro, o Game Arena traz este conteúdo para traçar um panorama da situação política do Corinthians e os possíveis desdobramentos dentro do clube em caso de aprovação do afastamento do presidente. Confira!
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A gestão de Augusto Melo no Corinthians
A administração de Augusto Melo tem sido marcada por diversas questões internas e externas que geraram críticas tanto em relação ao desempenho do time quanto à condução dos assuntos financeiros e administrativos do clube.
Entre os maiores pontos de insatisfação dos sócios e conselheiros é a falta de transparência em decisões importantes, o que tem levado a um ambiente de incertezas e desconfiança. Como foi o caso do rompimento do contrato com a antiga patrocinadora máster do Timão, caso que virou investigação policial.
Além disso, a instabilidade no desempenho do time, com resultados abaixo das expectativas, que fizeram o Corinthians correr risco de rebaixamento ao longo de boa parte da Série A, tem sido outro fator importante para aumentar a pressão nos bastidores e intensificar as críticas à sua gestão.
Inclusive, para fugir da zona de rebaixamento, o presidente fez investimentos robustos em contratações de jogadores, como foi o caso do holandês Memphis Depay, mesmo com o Corinthians vivendo uma das maiores crises financeiras de sua história.
Os motivos para o pedido de impeachment
Dessa forma, desde agosto deste ano uma articulação formada por um grupo de sócios e torcedores autoidentificados como apartidários vem crescendo nos bastidores do Parque São Jorge.
Assim, surgiu o grupo “Movimento Reconstrução SCCP”, que recolheu as assinaturas para o pedido de impedimento e encaminhou ao presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, que avaliou a petição e decidiu dar sequência ao rito, marcando uma Assembleia para a deliberação do pedido no próximo dia 28.
Entre os motivos listados pelo grupo de conselheiros do Corinthians está o assinatura do contrato de patrocínio máster do Corinthians com uma casa de apostas, além das acusações de que Augusto Melo teria interferido no fechamento do contrato como intermediador ferindo o que afirma o Artigo 106 do Estatuto Alvinegro.
“Acarretar, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians é motivo para requerer a destituição dos administradores”, afirma a Carta Magna do clube.
Vale lembrar que as questões acerca do contrato do Corinthians com a patrocinadora estão sendo investigados pela Polícia Civil do Estado de São Paulo, que instaurou inquéritos a fim de investigar possíveis irregularidades no processo.
A votação do impeachment
Dessa forma, no próximo dia 28 de novembro será realizada no Conselho Deliberativo do Corinthians, composto por 300 conselheiros, o rito para decidir sob a possibilidade de afastamento do presidente Augusto Melo.
O processo incluiu uma análise preliminar do pedido por uma comissão interna, que avaliou se o pedido atenderia aos requisitos legais, o que foi deferido. Dessa forma, agora, o pedido será levado à Assembleia do Conselho, onde a votação será feita de forma secreta e direta.
Portanto, para que o impeachment de Augusto Melo seja aprovado, é necessário que dois terços dos conselheiros votem a favor. Isso significa que, dos 300 conselheiros titulares, 200 votos são necessários para a destituição do presidente.
E quem comanda o Corinthians?
De acordo com o estatuto do Corinthians, em caso de afastamento aprovado do presidente eleito Augusto Melo, o mandatário do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, teria cinco dias para convocar uma nova Assembleia visando fazer a votação para um afastamento em definitivo.
Durante esse processo, o presidente Augusto Melo ficaria afastado das atividades e seu 1º vice-presidente, Osmar Stábile, seria o indicado, de acordo com o estatuto do Corinthians para assumir a chefia do executivo do clube.
Assim, o Conselho Deliberativo teria, após o vice-presidente assumir, um prazo de 30 dias para convocar uma eleição indireta, na qual apenas conselheiros teriam direito a voto, para escolher o novo mandatário alvinegro.
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