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Pep Guardiola, treinador do Manchester City (Foto: STR/AFP)
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Pep Guardiola, treinador do Manchester City (Foto: STR/AFP)

Guardiola critica planejamento de dirigentes de futebol no Brasil e excesso de demissões de treinadores

Segundo Guardiola, ter quatro treinadores em uma temporada deveria ser razão para a demissão dos gestores de futebol

Yago Mendes •
29/01/2025 às 15h55, atualizado há 23 dias
Tempo de leitura: 5 minutos

Considerado um dos melhores treinadores do mundo, o espanhol Pep Guardiola tem como característica em sua carreira os trabalhos longevos. Com apenas três clubes em seu currículo – Barcelona, Bayern de Munique e Manchester City -, o profissional falou sobre a realidade do futebol brasileiro e criticou a falta de planejamento dos clubes que gera demissões em massa de técnicos.

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“Não sei a razão pela qual isso acontece (demissões de treinadores no Brasil), mas os clubes também precisam pensar que, quando vivem uma temporada com três ou quatro treinadores diferentes, o problema é quem escolheu esses treinadores. Então deveriam demitir os dirigentes que os escolheram”, ponderou Guardiola em entrevista à TNT Sports.

Atual tetracampeão inglês, Guardiola ainda afirmou que essa falta de confiança no trabalho e alta rotatividade faz com que os treinadores não consigam desenvolver suas equipes. Se usando como exemplo, ele afirmou que o City poderia tê-lo demitido após a sequência negativa no final de 2024, mas não o fez por conta das vitórias obtidas ao longo de oito anos.

“É impossível (desenvolver um trabalho). No meu primeiro ano, eu não ganhei. Se tivessem me demitido, não teríamos vivido os oito anos como vivemos. E agora não me demitiram nesta temporada porque ganhamos muito no passado”, complementou.

Guardiola fala na necessidade de conhecer os treinadores antes de contratar

Por fim, o treinador do Manchester City ainda afirmou que se três ou quatro treinadores não conseguiram dar jeito em um trabalho ao longo de um ano, então quem deveria ser responsabilizado pelo insucesso seriam os diretores dos clubes.

“Quando se escolhe um treinador, deve-se saber que pode ganhar ou perder, mas que se joga por uma razão, porque é preciso ver se esse técnico e as ideias que ele tem, coincidem com a sua forma de gestão e com os jogadores que tem. Se depois você vê que ele não trabalha, que é preguiçoso, o problema é seu por ter contratado ele. É preciso sempre saber a razão da contratação”, finalizou Guardiola.

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