Três homens foram detidos pela Polícia Militar do Paraná por suspeita de espionagem no treinamento da Seleção Brasileira, nesta terça-feira (3), no CT do Caju, em Curitiba.
Um drone sobrevoou a atividade comandada pelo técnico Dorival Júnior e ligou o alerta da segurança da CBF, da polícia e da guarda municipal para identificar os responsáveis.
Os envolvidos são um equatoriano, um venezuelano e um brasileiro. O trio foi conduzido à delegacia. O drone ficou detido, assim como celulares e computadores dos indivíduos.
“Inicialmente (a acusação) é de expôr a saúde ou o perigo de outros, mas vamos averiguar se eles não estavam utilizando esse drone para fazer a captação irregular de imagens para fazer algum tipo de venda ou algo do gênero”, informou o tenente Everton Taborda.
Audiência em breve
Os aparelhos recolhidos serão analisados pela perícia nas investigações. Os três homens passarão por audiência em breve, quando terão conhecimento de possíveis punições.
“A gente não conseguiu acessar o computador, porque está bloqueado, e também não conseguimos acessar as imagens do drone. Mas eles estão sendo conduzidos à Polícia.”
“A gente vai fazer a identificação, o boletim de ocorrência e o termo circunstanciado. Aí vai ser marcada uma audiência junto com o juiz para averiguar quais serão as medidas tomadas”, apontou o tenente.
Equatoriano mentiu
O equatoriano envolvido mentiu sobre a própria nacionalidade e disse que era colombiano. Vale lembrar que o Equador é o próximo oponente do Brasil, sexta (6), nas Eliminatórias.
“A gente trabalha com essa hipótese [de espionagem], visto que na primeira abordagem ele foi bastante relutante e não passou nenhum tipo de informação. Inclusive, passou até dados falsos sobre a sua identificação. Mas não temos a total fundamentação para fazer esse encaminhamento”, explicou Everton Taborda.
Seleção nas Eliminatórias
Em crise nas Eliminatórias, a Seleção Brasileira enfrenta o Equador no Couto Pereira, em Curitiba, na sexta (6). Na sequência, na terça (10), encara o Paraguai em Assunção.
Leia mais: Brasil busca se reerguer contra o Equador e quer manter tabu de 20 anos; veja histórico
