Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 chegaram ao seu primeiro dia de atividades após a abertura oficial acumulando até o momento duas suspensões por testes positivos de doping. Criados para promover uma competição mais justa e igualitária, os exames antidoping foram introduzidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nos Jogos de 1968, no México.
Desde então, muitas foram as transformações na lista de substâncias autorizadas, envolvendo o uso de elementos estimulantes, narcóticos e anabolizantes, além de hormônios, diuréticos, entre outros. O Game Arena traz, a seguir, tudo o que você precisa saber sobre os episódios ocorridos em Paris e os casos mais emblemáticos da história, que ajudaram a definir parâmetros para a avaliação.
Testes em Paris 2024
O registro do primeiro teste positivo em Paris 2024 foi do judoca iraquiano Sajjad Sehen, de 28 anos. O exame realizado no dia 23 de julho, às vésperas do início das competições, acusou a utilização de metandienona e boldenona, esteroides anabolizantes que são proibidos. Neste sábado (27), foi a vez da jogadora de vôlei Lisvel Eve Mejía, conhecida como “La China”, da República Dominicana. Os exames detectaram a presença de furosemida, medicamento diurético proibido pela organização do torneio.
#Paris2024 | Primeiro caso de suspensão por doping é registrado com judoca iraquiano
Sajjad Sehen foi impedido de competir em Paris 2024 após exames detectarem a presença de esteroides anabolizantes; decisão cabe recurso https://t.co/E565mVKLNN— GameArena.GG (@gamearenaofc) July 26, 2024
Casos marcantes na história
Lance Armstrong (EUA) – Sydney 2000
O episódio envolvendo o ciclista estadunidense Lance Armstrong é um dos mais emblemáticos na história do doping. Apesar de não ter sido descoberto através de exames durante as competições, o atleta admitiu o uso de substâncias proibidas, incluindo transfusões sanguíneas, em uma entrevista à apresentadora Oprah Winfrey. Como resultado, teve que devolver a medalha de bronze conquistado em Sydney 2000, além de ser banido do esporte e ter retirados os títulos do Tour de France.
Marion Jones (EUA) – Sydney 2000
A corredora estadunidense Marion Jones também foi obrigada a devolver cinco medalhas conquistadas durante a Olimpíadas de Sydney 2000, após ter admitido o uso de substâncias esteroides. A atleta havia conquistado três ouros (100 metros, 200 metros e revezamento 4×400 metros) e dois bronzes (salto em distância e revezamento). O esquema descoberto em 2007 envolvia a participação de uma indústria farmacêutica em São Francisco, na Califórnia.
Cian O’Connor – Atenas 2004
O caso envolveu o irlandês Cian O’Connor não registrou o doping no atleta, mas sim no cavalo utilizado para as competições de hipismo. De acordo com a Federação Equestre Internacional, o animal foi submetido a substâncias proibidas. O episódio fez O’Connor perder o ouro, que passou para o brasileiro Rodrigo Pessoa. Na edição seguinte das Olimpíadas, o próprio Rodrigo seria suspenso pelo mesmo motivo.
Rússia – Pequim 2008 e Londres 2012
Um esquema de dopagem de atletas russos foi descoberto em 2015, envolvendo mais de 150 atletas, através de um relatório produzido pela Agência Mundial Antidoping (WADA). O escândalo envolvia o governo russo e rendeu 48 medalhas perdidas para o país, além do impedimento da participação de atletas russos nas edições posteriores das Olimpíadas. Os competidores têm a possibilidade de participar dos Jogos, mas sob bandeira neutra.
Tandara (Brasil) – Tóquio 2020
A brasileira Tandara, jogadora de vôlei, testou positivo em um exame doping em 2021, o que a fez perder a edição dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Foi identificada uma substância anabolizante na atleta após um teste realizado no embarque para a competição, onde chegou a disputar alguns jogos, ficando de fora apenas nas semifinais. A punição aplicada para a atleta foi de quatro anos de suspensão.
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Assista também nossos vídeos. Neste aqui, Cassio Zirpoli fala sobre os detalhes das medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris. Confira: