Com um gol de pênalti no revés por 4 x 1 diante do Chelsea, o argentino Ángel Di María deu adeus ao futebol europeu neste sábado (28), após a eliminação do Benfica nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes.
Copa do Mundo de Clubes - Campeão
Aos 37 anos, o meia-atacante encerrou uma trajetória de quase duas décadas nos principais centros do futebol do continente e prepara seu retorno ao Rosario Central, clube que o revelou e que aguardava ansiosamente sua volta desde 2007.
Por isso, o Game Arena traz este conteúdo com um panorama completo da carreira de Di María na Europa, com passagens por gigantes como Real Madrid, PSG, Juventus e Manchester United, além de duas etapas marcantes no Benfica. Confira!
Benfica (2007–2010): O salto da Argentina para a elite europeia
Contratado aos 19 anos pelo Benfica, Di María desembarcou em Lisboa vindo do Rosario Central em julho de 2007, em uma transação avaliada em cerca de 8 milhões de euros.
Após um início de adaptação, tornou-se protagonista da equipe de Jorge Jesus na conquista do Campeonato Português da temporada 2009/10. Aliando características como velocidade, criatividade e alto volume de assistências, o argentino logo atraiu o radar dos principais clubes da Europa.
Real Madrid (2010–2014): Títulos e protagonismo na Champions
Após a Copa do Mundo de 2010, Di María foi anunciado pelo Real Madrid, que investiu cerca de 25 milhões de euros para tirá-lo do futebol português.

Dessa forma, em quatro temporadas no Santiago Bernabéu, o meia argentino se consolidou como peça-chave nos esquemas tanto de José Mourinho quanto de Carlo Ancelotti. Assim, o seu auge veio na temporada 2013/14, quando foi eleito o melhor em campo na final da Champions League contra o Atlético de Madrid, vencida por 4 x 1.
Ao todo, foram cinco taças em quatro anos com a camisa meregue, sendo um Campeonato Espanhol (2011/12), duas Copas do Rei, uma Supercopa da Espanha e a tão sonhada décima Liga dos Campeões do Real Madrid, coroando sua passagem em alto nível.
Manchester United (2014–2015): Um recorde em meio ao caos
Após a Copa de 2014, quando foi vice-campeão mundial com a Argentina, Di María protagonizou a maior transferência da história do futebol inglês à época ao ser contratado pelo Manchester United por 59,7 milhões de libras.
Apesar do início promissor sob comando de Louis van Gaal, com golaços e assistências, sua adaptação ao futebol inglês foi problemática, sendo coroada com o ambiente interno caótico do clube desde a saída do lendário ex-treinador Alex Ferguson.
Dessa forma, Di María permaneceu apenas uma temporada em Old Trafford, marcando quatro gols e distribuindo 12 assistências em 32 partidas.
Paris Saint-Germain (2015–2022): Di María e o legado como ídolo
Transferido ao PSG por cerca de 63 milhões de euros, Di María encontrou em Paris o cenário ideal para brilhar novamente e se tornar um grande ídolo na Europa. Em sete temporadas, empilhou títulos nacionais vencendo cinco Ligue 1, cinco Copas da França, quatro Copas da Liga e quatro Supercopas da França.

Mais do que os troféus, o argentino se tornou um dos maiores assistentes da história do clube com mais de 100 passes para gol em sua trajetória.
Além disso, ainda foi determinante também na campanha que levou o PSG à sua primeira final da Champions League de 2019/20, perdida por 1 x 0 para o Bayern de Munique.
Juventus (2022–2023): Uma passagem sem brilho na Itália
Aos 34 anos, após o título da Copa do Mundo com a Argentina, Di María assinou com a Juventus depois de não renovar seu contrato com o PSG.
Em sua única temporada na Velha Senhora, apesar do desempenho abaixo do esperado, o argentino ainda teve lampejos de genialidade ao marcar na estreia do Campeonato Italiano e anotar um jogo com três assistências diante do Maccabi Haifa, pela Champions League, torneio no qual ultrapassou a barreira das 100 partidas.

Apesar das limitações físicas e da instabilidade da Juventus naquele momento, quando viu sua sequência de 10 títulos nacionais consecutivos ser interrompida, o argentino ainda encerrou a passagem com oito gols e sete assistências em 40 jogos.
Benfica (2023–2025): A última dança
Em julho de 2023, Di María voltou ao Benfica com status de ídolo e liderança técnica imediata. Na temporada 2023/24, foi decisivo na conquista da Supertaça frente ao Porto e manteve protagonismo nos clássicos nacionais e competições europeias.
Seu contrato foi renovado até o fim da temporada 2024/25, culminando na participação na Copa do Mundo de Clubes. Na partida derradeira, o argentino marcou de pênalti contra o Chelsea, terminando sua participação como artilheiro da competição com quatro gols.
Contudo, com a derrota por 4 x 1, as Águias se despediram da competição e do argentino, que deixa o clube após duas passagens com 217 jogos oficiais, além de 51 gols e 47 assistências com a camisa Encarnada.
Rosario Central (2025): O retorno do filho pródigo
Depois de 18 anos na elite europeia, Ángel Di María voltará ao Rosario Central, clube que o revelou em 2005 e do qual saiu ainda jovem rumo a Portugal. O anúncio oficial do retorno ocorreu em maio de 2025, com grande repercussão na Argentina e emoção por parte do próprio jogador.

O atual projeto é liderado pelo técnico Ariel Holan e pelo presidente Gonzalo Belloso, que veem em Di María uma peça-chave para impulsionar o clube esportiva e institucionalmente para voltar aos grandes dias no futebol nacional e brilhar a nível continental.



