A febre das SAFs no Brasil vem promovendo um inegável respiro nas finanças dos clubes da elite do futebol nacional, além de proporcionar maior profissionalização em tudo que envolve os bastidores das equipes. Porém, dentro das quatro linhas, a nova modalidade está longe de ser garantia de estabilidade e bons frutos.
O exemplo mais recente é o do Cruzeiro, que se transformou em SAF em 2022 e viveu uma troca no comando em abril deste ano, quando Ronaldo transferiu sua parte para o empresário Pedro Lourenço. Na última segunda-feira (23), a equipe celeste anunciou a demissão do treinador Fernando Seabra após momentos de instabilidade no desempenho.
O Game Arena traz, a seguir, um balanço da troca de treinadores entre as equipes que adotaram o modelo da SAF no Brasileirão 2024. A lista reúne apenas os trabalhos interrompidos pelas diretorias dos clubes, sem considerar os profissionais que pediram para sair ou os contratos não renovados ao final da temporada.
Quais clubes são SAFs no Brasileirão 2024?
A Série A do Campeonato Brasileiro conta com sete das vinte equipes participantes que adotaram o modelo. Em dezembro de 2021, o Cuiabá passou a ser controlado pela família Dresch.
Em março de 2022, o Botafogo passou o controle para as mãos do empresário John Textor, enquanto o Cruzeiro foi comprado por Ronaldo em abril do mesmo ano. Em novembro, foi a vez do Vasco passar o controle para a 777 Partners, que hoje não comanda mais o clube.
O Bahia passou a ser controlado pelo Grupo City em maio de 2023, enquanto o Fortaleza aprovou a criação da SAF em setembro, mas a associação continuou no controle do clube. Já o Atlético-MG aprovou sua SAF em novembro, passando a ser controlado pela Galo Holding, organização formada por empresários alvinegros.
O Red Bull Bragantino não pode ser considerado uma SAF, apesar de ser um clube-empresa desde 2020, antes mesmo da Lei das SAFs, porque adota um regime de Sociedade de Responsabilidade Limitada (Ltda).
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Treinadores demitidos pelas SAFs no Brasileirão 2024:
- 22/02 – Tiago Nunes (Botafogo);
- 20/03 – Luiz Felipe Scolari (Atlético-MG);
- 08/04 – Nicolás Larcamón (Cruzeiro);
- 27/04 – Ramón Díaz (Vasco);
- 20/06 – Álvaro Pacheco (Vasco);
- 23/09 – Fernando Seabra (Cruzeiro).
Troca de treinadores na temporada
Atlético-MG
O Galo acertou a demissão do técnico Luiz Felipe Scolari em março deste ano, antes mesmo do início do Brasileirão, em razão do desempenho irregular no estadual. Felipão estava na equipe desde junho de 2023, quando substituiu Eduardo Coudet. Atualmente, a equipe mineira é comandada pelo argentino Gabriel Milito.
Botafogo
O Glorioso foi o primeiro entre as SAFs a demitir um treinador na temporada. Ainda em fevereiro, o alvinegro acertou a saída de Tiago Nunes, em meio a resultados indesejados no estadual e na disputa da Pré-Libertadores. Após um período com o interino Fábio Matias, o time atualmente é comandado pelo português Artur Jorge.
Cruzeiro
A Raposa passou por duas demissões desde o início da temporada atual. Em abril, o argentino Nicolás Larcamón caiu após uma sequência negativa no estadual. Já em setembro, foi a vez de Fernando Seabra deixar o clube. Para dar sequência aos trabalhos, a equipe celeste já anunciou a chegada do treinador Fernando Diniz.
Cuiabá
O Cuiabá passou por duas trocas de comando na temporada, apesar de não se enquadrarem nas demissões que partiram da diretoria do clube. Em fevereiro, o português deixou o Dourado para assumir o Corinthians, que pagou a sua multa rescisória. Em agosto, o também português Petit pediu demissão após oito jogos sem vencer, surpreendendo a diretoria auriverde.
Vasco
O Vasco também passou por duas demissões desde o início da temporada. Em abril, a diretoria cruzmaltina encerrou o vínculo com o argentino Ramón Díaz, após uma goleada impactante de 4 a 0 sofrida para o Criciúma. Em junho, foi a vez o português Álvaro Pacheco ser demitido após quatro jogos no comando da equipe. O time é comandado atualmente pelo interino Rafael Paiva.
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