Craque do Manchester City e principal referência técnica da Seleção da Bélgica, o meia Kevin De Bruyne fez duas críticas calendário ao novo calendário do futebol europeu com a inclusão de um Mundial de Clubes mais longo a partir de 2025.
Segundo De Bruyne, entidades como a UEFA e a FIFA só estão pensando em dinheiro, enquanto os atletas de alto rendimento terão menos tempo de descanso após entrar em campo para um número excessivo de jogos.
“O problema vai chegar quando tiver terminado o Mundial de Clubes. Sabemos que haverá somente três semanas entre a final e a primeira rodada da Premier League. São três semanas para tirar férias e se preparar para jogar mais 80 jogos. Talvez passe este ano, mas será um problema no ano seguinte”, iniciou o belga em entrevista coletiva antes do embate contra Israel, pela Liga das Nações.
“A PFA (Associação dos Jogadores Profissionais), na Inglaterra, e os sindicatos de jogadores dos outros países tentaram achar soluções. O problema é que a Uefa e a Fifa fazem mais partidas e podemos tentar dizer alguma coisa, mas nenhuma solução foi encontrada. Eles simplesmente não se importam, pois é o dinheiro quem fala”, arrematou De Bruyne.
As alterações nas Ligas e a crítica de De Bruyne
A fala do meia De Bruyne se baseia também no aumento do número de jogos nas ligas continentais (Liga dos Campeões, Liga Europa e Conference League), onde a primeira fase deixou de ser em grupos e passou a adotar o formato de liga, aumentando pelo menos dois jogos para todos os participantes.
Além disso, as competições ainda ganharam uma fase eliminatória a mais, com a disputa de um playoff antes das quartas de final, o que resultaria em mais dois jogos extras para as equipes que não se classificarem de maneira direta.
Por fim, o Mundial de Clubes, com a sua extensão para 32 clubes fará com que o classificado da Europa, que disputaria no máximo três jogos, passe a jogar sete partidas para disputar a finalíssima, passando por uma fase de grupos, oitavas, quartas e semifinais até chegar na decisão.
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