A gestão do ex-presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, entre 2021 e 2023, seguirá sendo alvo de investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Aliás, nesta segunda-feira (4), o órgão do Judiciário paulista decidiu ampliar as apurações sobre o período dentro do clube com suspeitas de novos possíveis crimes.
Copa do Brasil - Palmeiras x Corinthians
De acordo com informações divulgadas pelo GE, além de apropriação indébita, há também a suspeita de que foram cometidos crimes como estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa nos bastidores do clube durante a gestão do ex-presidente.
Isso é uma ampliação do escopo de apurações dos fatos, uma vez que inicialmente a Justiça estava debruçada apenas sobre o uso dos cartões de crédito do clube por parte do presidente Duílio Monteiro Alves e de seu aliado e ex-mandatário do Corinthians, Andrés Sanchez.
Dessa forma, o MPSP irá analisar o relatório de despesas da presidência do Corinthians, que foi publicado em outubro de 2023 em busca novas irregularidades, pois há a suspeita de que uma empresa de fachada denominada Oliveira Supermercados teria sido usada para furtar ou desviar cerca de R$ 32 mil em sete notas fiscais.
Além disso, o órgão, que já solicitou diversos documentos à cúpula do Corinthians para a averiguação de informações, ainda aconselhou que a nova diretoria do clube instale uma auditoria “efetiva, autônoma e independente de mecanismos internos de controle, integridade, governança, prevenção de riscos, programas, políticas e código de boas condutas de compliance”.
Ex-presidentes do Corinthians reagem à investigação do MPSP
Citados na investigação do Ministério Público de São Paulo, os ex-presidentes do Corinthians, Duílio Monteiro Alves e Andrés Sanchez, se pronunciaram através de notas oficiais.
De acordo com Duílio, ele foi o primeiro a solicitar uma investigação sobre as contas, se colocando como o primeiro a pedir os documentos para que fossem realizadas as análises. Além disso, o dirigente ainda afirmou ser favorável a uma condução transparente do processo para que os fatos sejam devidamente esclarecidos.
A defesa de Andrés, por sua vez, limitou-se a dizer que enquanto o ex-dirigente chefiou o Executivo do Corinthians, suas contas foram aprovadas e que as atuais denúncias são infundadas e tem como objetivo tumultuar os bastidores do clube às vésperas para a Assembleia Geral para ratificação do impeachment de Augusto Melo.
Confira, na íntegra, os posicionamentos dos ex-presidentes
- Defesa de Andrés Sanchez
“O Presidente Andrés teve as suas contas aprovadas e não esta preocupado com o procedimento instaurado. Os valores gastos no cartão corporativo foram todos justificados e as despesas de caráter pessoal foram integralmente reembolsadas ao clube.
As denúncias são infundadas e tem por objetivo tumultuar a Assembleia Geral de ratificação do impeachment do presidente Augusto Melo. Temos certeza que o Ministério Público vai arquivar o caso assim que o promotor de justiça tiver contato com as provas”.
- Duílio Monteiro Alves
Vale ressaltar que fui o primeiro a pedir acesso aos documentos para prestar esclarecimentos, bem como para as devidas apurações e responsabilizações.
Ingressei com representações para que tudo seja apurado tanto no Conselho Deliberativo do Corinthians via oficio, quanto por meio de apresentação de notícia-crime na delegacia do DRADE.
Reitero meu compromisso com a transparência, a ética e o respeito às instituições, e sigo à disposição do clube e das autoridades, confiando plenamente no trabalho do Ministério Público, certo de que os fatos serão devidamente esclarecidos”.
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