O presidente da Concacaf, Víctor Montagliani, rejeitou a proposta sul-americana de que a Copa do Mundo de 2030 conte com 64 seleções.
A oposição do chefe das 41 associações-membro da América do Norte, América Central e Caribe segue posições semelhantes assumidas pela União das Associações Europeias de Futebol (Uefa) e pela Confederação Asiática de Futebol (AFC).
“Não acho que expandir a Copa do Mundo masculina para 64 seleções seja a decisão certa para o torneio ou para todo o ecossistema do futebol, desde seleções nacionais até competições de clubes, ligas e jogadores”, disse o executivo à ESPN.
As palavras de Montagliani respondem à recente proposta de Alejandro Domínguez, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
Domínguez sugeriu ampliar as cotas para a Copa do Mundo de 2030 para 64, um aumento ainda maior do que o que será aplicado a partir do próximo Mundial, que Estados Unidos, Canadá e México sediarão em 2026 (de 32 para 48).
O dirigente sul-americano destacou que a medida pode ser excepcional para a edição centenária do torneio, que será realizado na Espanha, Portugal e Marrocos, mas também contará com partidas na Argentina, Uruguai e Paraguai.
Mas Montagliani considerou muito cedo para pensar em uma nova expansão.
“Nós nem iniciamos a nova Copa do Mundo com 48 seleções, então, pessoalmente, não acho que expandir para 64 seleções deva sequer ser cogitado”, disse ele.
Presidente da AFC também rechaçou aumento na Copa do Mundo
No sábado, o presidente da AFC, Sheikh Salman bin Ibrahim Al Khalifa, também expressou sua oposição.
“Pessoalmente, não concordo”, disse o dirigente do Bahrein à AFP, acrescentando que a edição de 2030 havia sido decidida com 48 seleções, então “o assunto está resolvido”.
“Se a questão continuar aberta a mudanças, então não só a porta estará aberta para expandir o torneio para 64 equipes, mas alguém poderá vir e exigir o aumento para 132 equipes”, disse ele durante o 35º Congresso da AFC, em Kuala Lumpur.
“Onde acabaríamos então? Seria um caos”, observou ele.
O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, chamou a proposta de “má ideia”.
Resta saber qual será a posição dos dirigentes da Fifa sobre o assunto, mas o secretário-geral Mattias Grafstrom afirmou que a entidade mundial “analisará” a proposta sul-americana.
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