A CBF e o Observatório da Discriminação Racial no Futebol divulgaram, nesta quinta-feira (26), o relatório anual sobre o tema. De acordo com o documento, que apresenta os dados da temporada 2023, houve um aumento de cerca de 39% nos episódios de racismo no esporte, em relação ao ano anterior.
O estudo contou com a parceria do Grupo de Estudos sobre Esporte e Discriminação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Enquanto 2022 registrou 98 casos, em 2023 o número subiu para 136 episódios.
“O aumento dos casos reportados em relação à temporada anterior reforça a gravidade do problema e os desafios persistentes, que urgem, mais do que nunca, ações inovadoras, efetivas e continuadas, de forma a romper com a passividade e a cumplicidade histórica com o racismo”, declarou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.
Marcelo Carvalho, fundador e diretor executivo do Observatório, ressaltou que o aumento também representa um aumento da consciência. “Esse dado não é só ruim. Também apresenta uma evolução importante, que é uma maior conscientização dos torcedores e dos jogadores. Se a gente tem mais denúncias, é porque a sociedade brasileira está mais atenta a entender o que é racismo e as suas diversas formas de expressão”, disse.
CBF também elencou outras formas de discriminação
Nesta edição, o relatório também elencou outras formas de discriminação no esporte, como machismo, LGBTfobia e xenofobia. Ao todo, foram registrados 250 episódios, sendo 222 vinculados ao futebol e 28 em outros esportes.
O levantamento identificou ainda que do total dos 222 casos registrados no Brasil, 165 ocorreram em estádios, 31 na internet e outros 26 em outros locais.
O estado brasileiro com maior registro de casos de racismo em estádios foi o Rio Grande do Sul, com 20 casos, seguido por São Paulo, com 18 casos.
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