A camisa 10 do Flamengo é com certeza mais de que um uniforme de futebol, é um símbolo que remete a grandes ídolos do clube carioca, do passado e do presente. Carregada de história e também de cobrança a peça já teve diversos donos ao longo do tempo e alguns com sucesso.
Mas trazendo para um recorte um pouco mais recente, no século XXI,a mística da camisa 10 do Flamengo em nada foi alterada e agora, a partir de 2025, vai ter um novo dono depois que Gabigol deixou a equipe encerrou a sua vitóriosa passagem. O dono agora é outro vencedor, o uruguaio Arrascaeta.
E por ironia do destino, além de serem jogadores consagrados com a camisa flamenguista, uma condição particular une o agora dono do número 10, , Arrascaeta, com o primeiro dono dela no século XXI, o sérvio Petkovic. O fato de serem dois jogadores estrangeiros.
O gol lendário de Pet
Em 2001 Petkovic foi o primeiro jogador a vestir a camisa 10 do Flamengo neste século. Ele que já usava a camisa na temporada anterior seguiu vestindo as cores rubro-negras. Foi inclusive neste ano que ele marcou o lendário gol de falta contra o Vasco que valeu o tricampeonato carioca. O gol saiu aos 43 minutos do segundo tempo.
Mas vale ressaltar que naquela época a numeração não era fixa e na ausência de Pet e Alexandre Gaúcho chegou a usar a peça. No ano seguinte foram dois donos. Pet e Juninho Paulista, que foi contratado para herdar a camisa e assim o fez depois do sérvio ir para o Vasco.
Mas Juninho não durou muito, no meio do ano saiu para o futebol inglês. Restou então para o time apostar em alguns nomes da base como Wendel, Felipe Mello, Hugo e Andrezinho, Mas depois que Evaristo chegou no clube foi Iranildo quem passou a ser o camisa 10.
A caça de um novo 10
Depois de Juninho, muitos nomes foram ganhando oportunidades com a camisa 10 do Flamengo, mas a verdade é que demorou até alguém se firmar novamente. Em 2003, Lopes chegou com essa responsabilidade, mas fez poucos jogos e logo deixou a equipe. Foi ai que finalmente um novo dono foi encontrado.
Felipe Maestro, lateral de origem que passou a atuar no meio campo e foi contratado oriundo do Galatasaray. Em 2003 e 2004 foi ele que ficou com a mística camisa 10 e que se manteve com ela por um tempo considerável. Igor Cearense, Yan e Jônatas, chegaram a usar nesse período na ausência de Felipe.
Com Felipe saindo a aposta em 2005 foi Caio, que jogava na Coreia do Sul, não deu certo. O prata da casa Fellype Gabriel e Renato Abreu, em alguns jogos, assumiram o posto. Antes do ano encerrar o Flamengo ainda foi buscar Souza, que também não agradou.
Prata da casa
Em 2006 Diego Souza começou a usar a camisa 10, que passou a ter um novo dono depois que Walter Minhoca chegou ao clube. Mas ele também não rendeu o esperado. Foi ai que o Flamengo acionou um dos seus pratas da casa, Renato Augusto que até 2008 ficou com a peça. Depois de deixar o clube para o futebol alemão foi a vez do clube voltar a investir em um estrangeiro. O argentino Sambueza assumiu a responsabilidade, mas não vingou.
Imperador
O ano de 2009 começou com o Flamengo contratando Zé Roberto que estava no Schalke 04 e apesar de não ir bem, foi outro motivo mais nobre que fez ele abrir mão da mistica camisa 10. O retorno à Gávea de nada mais, nada menos, que Adriano Imperador. O atacante foi fundamental naquele ano na conquista do Brasileirão. No ano seguinte ele voltou ao futebol italiano e Petkovic mais uma vez assumiu a 10.
Já em 2011, outro nome de peso chegou para ser o dono da camisa, Ronaldinho Gaúcho, que acabou não atingindo as expectativas e deixou o clube em 2012. O time só foi ter um novo 10 em 2013 com Carlos Eduardo. No início da temporada Nixon chegou a usar a camisa. Mas Carlos decepcionou e Gabriel terminou o ano usando a peça.
Em 2014 chegou o argentino Mugni, que passou a ser o 10. Ele foi mal e apesar de permanecer no clube, perdeu ela em 2015, até que Ederson chegou e passou e ser o novo dono. Nas duas temporadas em que esteve no clube ele não conseguiu brilhar.
De Diego a Arrascaeta
Em 2017 começa uma nova era no Flamengo, que passa a ter Diego Ribas, ex-Santos, como seu novo camisa 10. Ele chega ao clube em 2016, mas Ederson era quem tinha a missão de usar a camisa. Mesmo com a saída dele ele só passa a usar a numeração nas competições da Conmebol ainda em 2017. Mas é em 2018 que ele assume de vez a camisa. E assim foi até o fim de 2022.
A mística camisa trocou de mãos para o ídolo Gabigol em 2023, que permaneceu com ele, mesmo vivendo uma última temporada abaixo do esperado. Mas ao se despedir do clube no fim desta temporada ele deixou o posto vago e Rodolfo Landim, em fim de mandato no clube, anunciou que Arrascaeta será o novo dono.
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