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Mesatenista Bruna Alexandre posa na convocação para Paris-2024
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Com Bruna Alexandre, Brasil terá paratleta em Olimpíada pela 1ª vez na história

Bruna Alexandre tem quatro medalhas paralímpicas e já foi a 1ª atleta a participar do Pan e do Parapan

Vítor Aguiar •
05/06/2024 às 22h21, atualizado há 2 meses

Os Jogos Olímpicos de Paris-2024 representarão uma marca história para o esporte brasileiro. Convocada pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Bruna Alexandre se tornará a 1ª paratleta brasileira a participar de uma edição olímpica. A catarinense de 29 anos entra para uma lista seleta de pessoas a participar tanto da Paralimpíada, quanto da Olimpíada.

A convocação da seleção de tênis de mesa foi oficializada na terça-feira (4), com um time masculino formado por Hugo Calderano, Vitor Ishiy, Guilherme Teodoro e Leonardo Iizuka (reserva), enquanto as irmãs Bruna e Giulia Takahashi e a reserva Laura Watanabe serão as colegas de equipe de Bruna Alexandre.

O técnico da equipe feminina, Jorge Fanck, comentou sobre o quarteto. “A Bruna Takahashi tem um talento enorme, vem em franca evolução e é nossa principal atleta. É uma líder, também no aspecto técnico. Também temos a Giulia, que se firma cada vez mais na categoria adulta, boa no pino curto, algo que nos cria uma variação de jogo; e a canhota Bruna Alexandre, com todo seu talento, experiência. E como reserva vamos levar a Laura Watanabe, que participou de todo o ciclo olímpico, já conquistou títulos juvenis internacionais e foi muito importante, em Cuba, na nossa classificação para os Jogos Olímpicos.”

A 1ª Olimpíada de Bruna Alexandre

Atualmente, a catarinense é a 173ª colocada no ranking mundial, o que não é suficiente para qualificá-la para  disputa individual do tênis de mesa, mas a coloca como 3ª melhor brasileira, dentro do time que vai representar o país na disputa por equipes. Foi nesse mesmo formato que ela fez sua estreia nos Jogos Pan-Americanos, no ano passado.

Naquela oportunidade, Bruna Alexandre se tornou a 1ª pessoa a participar tanto do Pan, quanto do Parapan. De quebra, ela ainda garantiu a medalha de bronze nessa participação inédita. A equipe, formada pelo mesmo trio que vai a Paris, teve vitórias sobre Colômbia, Chile e Canadá, além de uma derrota para os Estados Unidos, que levaram o ouro.

Com a grande temporada em 2023, ela foi reconhecida como melhor atleta paralímpica do ano. Mas, muito além do ano passado, ela já possui uma carreira consolidada há algum tempo, com direito a quatro medalhas paralímpicas: uma prata (individual em Tóquio) e três bronzes (equipes em Tóquio e no Rio e individual no Rio).

Nas disputas paralímpicas, Bruna Alexandre compete na categoria TT10, destinada a atletas que jogam em pé, com transtorno de movimento em um dos antebraços, no tronco, num dos pés ou com ausência de membros – o que é o caso da brasileira. O braço direito da atleta teve que ser amputado ainda aos seis meses de idade, em decorrência de uma trombose causada por uma injeção mal aplicada.

Após a convocação, a atleta comemorou à Agência Brasil. “Para mim, é um significado muito grande, simbólico. É o campeonato mais importante, o maior do mundo. É muito difícil conseguir. Desde pequena sempre tive esse sonho de disputar os Jogos Olímpicos, mas sabia que seria difícil. Achava que não ia conseguir. E, depois de 22 anos de treinos, hoje estou realizando um dos maiores sonhos da minha carreira”.

Os paratletas olímpicos

Bruna Alexandre é a 1ª sul-americana a participar tanto das Paralimpíadas quanto das Olimpíadas, mas outras pessoas já conseguiram esse feito antes. O primeiro caso foi do arqueiro neozelandês Neroli Fairhail, ouro na Paralimpíada de Arnhem-1980 (os dois jogos só começaram a ser disputados na mesma sede em 1988) e participante da Olimpíada Los Angeles-1984. Ele ainda voltaria aos Jogos Paralímpicos em Seul-1988 e Sidney-2000.

A lista de exemplos segue com a atiradora belga Sonia Vettenburg (Barcelona-1992), a arqueira italiana Paola Fantato (Atlanta-1996), a atleta estadunidense Marla Runyan (Sydney-2000 e Atenas-2004), a nadadora sul-africana Natalie du Toit (Pequim-2008), o velocista sul-africano Oscar Pistorius (Londres-2012), a mesatenista polonesa Natalia Partyka (Pequim-2008, Londres-2012, Rio-2016, Tóquio-2021), a arqueira iraniana Zahra Nemati (Rio-2016) e a mesatenista australiana Melissa Tapper (Rio-2016 e Tóquio-2021).

Todos esses participaram de sua 1ª edição paralímpica antes ou em simultâneo à sua estreia olímpica, como é o caso de Bruna Alexandre. Mas também há uma série de atletas que fizeram o caminho oposto, principalmente por causa deficiências que surgiram já durante a carreira.

É o caso do esgrimista húngaro Pál Szekeres, única pessoa a medalhar nas duas competições. Em Seul-1988, ele foi medalhista de bronze na disputa por equipes, mas sofreu um grave acidente de ônibus três anos depois, passando a competir em cadeira de rodas. Assim, ele foi tricampeão paralímpico e ainda ganhou três bronzes em disputas que foram desde Barcelona-1992 até Pequim-2008.


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