Após jogo truncado com 0 x 0 no placar diante do Brasil, o Uruguai foi mais eficiente nas penalidades e conquistou a vaga na semifinal da Copa América para enfrentar os colombianos
Não deu para o Brasil. Após jogo tenso durante 90 minutos, a Seleção Brasileira, mesmo com um jogador a mais, não conseguiu produzir chances de gol para balançar as redes do Uruguai. Assim, com o placar em 0 x 0, o trabalho mais longevo da Celeste teve fez a diferença. Com mais confiança na marca penal, os comandados de Bielsa obtiveram a vaga graças a uma defesa de Rochet e uma cobrança desperdiçada por Douglas Luiz.
Com o resultado, o Uruguai terá que atravessar o território estadunidense para enfrentar a Colômbia, em Charlotte, na Carolina do Norte, nas semifinais da Copa América 2024. A partida está marcada para a próxima quarta-feira (10), às 21h (Horário de Brasília)
Brasil tem chances, mas não marca
Como o esperado, o primeiro tempo do jogo entre Brasil e Uruguai foi bastante disputado. Com muitas faltas, as equipes não conseguiram criar grandes oportunidades de gol graças à forte marcação exercida no setor de meio-campo.
Melhor em campo nos primeiros minutos, a Celeste tentou trabalhar a velocidade dos seus pontas – Pellistri e Maxi Araújo – e colocar a bola na área, visando aproveitar a diferença de altura no jogo aéreo.
Aos 32 minutos, o Uruguai perdeu o zagueiro Ronald Araújo, que estava sendo responsável pela marcação quase individual no atacante Endrick. Na vaga do defensor do Barcelona, entrou o experiente José Gímenez.
Dessa forma, com a troca no time uruguaio, o Brasil começou a encontrar mais espaços, especialmente em jogadas de profundidade com Raphinha, que chegou duas vezes cara a cara com Rochet, mas viu o arqueiro celeste levar a melhor.
Pouca inspiração, muita transpiração
A segunda etapa seguiu o ritmo lento de produção ofensiva no primeiro tempo. Com muitos erros de passes, o Brasil apelava para as jogadas individuais para tentar romper a linha de defesa uruguaia. Porém, com a partida abaixo de diversos jogadores do setor de meio-campo, a Seleção sofria para gerar perigo a Rochet.
Aos 28 minutos, o Uruguai ficou com um jogador a menos. Após entrada dura o tornozelo de Rodrygo, o lateral direito Nahitán Nández acabou sendo expulso com o auxílio do árbitro de vídeo. Assim, Pellistri foi sacado para que Varela entrasse visando recompor a defesa.
Dessa forma, com um jogador a mais, o Brasil passou a ocupar o campo de ataque e tocar bola no entorno da área cisplatina. Porém, mesmo com o volume de posse, os brasileiros não tinham poder de penetração para buscar a finalização.
Nos minutos finais, Dorival Júnior soltou mais o time brasileiro ao acionar Bruno Guimarães e Rodrygo para as entradas de Evanilson e Gabriel Martinelli. Assim, no abafa final, o Brasil continuou dominando a posse de bola, mas pouco produziu. Assim, sobrou a decisão por pênaltis para decidir a última vaga nas semifinais da Copa América.
A definição nos pênaltis
Na marca penal, o Uruguai foi mais eficiente. Rochet pegou a cobrança de Éder Militão e Douglas Luiz acertou a trave. Assim, como Valverde, Bentancur, Arrascaeta e Ugarte converteram, a Celeste avançou para as semifinais.