A edição 2024 da Bola de Ouro se encontra cercada de polêmicas antes mesmo do início da cerimônia de premiação. Após um suposto vazamento da lista final da votação do júri, nesta segunda-feira (28), o Real Madrid decidiu boicotar o evento por saber que o atacante Vinícius Júnior, grande favorito, não seria o vencedor da honraria.
O episódio do suposto vazamento de informações não foi a primeira vez que a premiação sofreu um abalo em sua credibilidade. Em 2018, quando o croata Luka Modric foi o grande vencedor, um escândalo surgiu nos bastidores com a informação de que um jornalista fictício chamado Abdou Boina teria participado do júri, composto por profissionais de imprensa dos 100 países melhores posicionados no ranking da FIFA.
Jornalista fictício no júri da Bola de Ouro 2018
Logo após a divulgação do resultado da Bola de Ouro 2018, com Luka Modric no primeiro lugar, uma controvérsia surgiu ao se tornarem públicos os votos de cada jornalista integrante do júri. Para a escolha do vencedor, a revista France Football convida representantes dos 100 países com melhores posições no ranking da FIFA.
Entre os profissionais constava o nome de Abdou Boina, que representava o arquipélago africano de Comores, e estava vinculado ao jornal Albalad Comores. A questão é que o veículo estava fechado há seis anos e não havia registro da passagem de nenhum jornalista com o referido nome pela redação.
“Fico surpreso de ver que o diário ‘Albalad Comores’ exista. Esse jornal está fechado há seis anos. E nele, nunca houve um repórter chamado Abdou Boina”, declarou Toiminou Abdou, que trabalhou no veículo antes do fechamento.
O caso motivou ainda uma manifestação de Stépahne Ahamadi, então presidente da Associação Comorense de Jornalistas Esportivos (ACJS). “Não há registros de nenhum Abdou Boina. Eu poderia entender o erro da ‘France Football’ se o repórter fosse de um órgão de imprensa existente, mas não é”, afirmou.
A lista final definida pelo suposto Abdou Boina colocou Mbappé como vencedor, seguido por Luka Modric em segundo, Cristiano Ronaldo em terceiro, Eden Hazard em quarto e Mohamed Salah em quinto.
Além do problema com o falso jornalista, a organização da Bola de Ouro também cometeu uma gafe ao utilizar uma bandeira antiga, substituída há quase duas décadas, para representar o arquipélago de Comores.
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