O volante Damián Bobadilla, do São Paulo, se manifestou após a acusação de xenofobia contra o venezuelano Miguel Navarro, do Talleres, em partida disputada nesta terça-feira (27) pela Copa Libertadores.
Por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, o paraguaio se desculpou pelo ocorrido e justificou as ações em razão do clima tenso que tomava conta do jogo, em especial com Navarro.
“Foi um jogo muito quente, um clima tenso durante todo o jogo. Depois do nosso segundo gol, tive uma troca de palavras com o jogador do Talleres onde fui ofendido primeiro, ele também me tratou com desprezo”, disse Bobadilla.
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“Nunca tive a intenção de discriminar ninguém, mas durante aquele momento quente acabei reagindo mal. Queria me desculpar publicamente e pedirei desculpa se encontrá-lo pessoalmente. Desculpas e abraço a todos”, completou o atleta tricolor.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelo jogador venezuelano ainda nas dependências do estádio do Morumbi, Bobadilla teria o chamado de “venezuelano morto de fome”. O jogador do São Paulo chegou a ser procurado pela polícia para prestar depoimento no dia, mas já havia deixado o estádio.
Pronunciamento de Damián Bobadilla pic.twitter.com/g0G3IlPCUX
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) May 28, 2025
Quais as possíveis punições para Bobadilla?
O Brasil não tipifica a xenofobia no Código Penal, mas o crime pode ser equiparado ao de racismo, de acordo com a Lei nº 7.716/1989. Para estes casos, a punição prevista pode ser de dois a cinco anos de prisão, além do pagamento de multa.
Nesta quarta-feira (28), o delegado Rodrigo Simplicio, da Polícia Civil, deve conceder uma entrevista coletiva para detalhar os próximos passos do caso, logo após o depoimento do jogador. Já na esfera esportiva, o jogador pode pegar um gancho pesado em caso de confirmação das agressões.
Na primeira fase desta edição da Libertadores, o uruguaio Pablo Ceppelini, do Alianza Lima, se referiu de forma pejorativa a um torcedor do adversário Boca Juniors, chamando-o de “boliviano”. Após as investigações, a Conmebol aplicou uma suspensão de quatro meses para o atleta, com base no artigo 15.1 do código disciplinar da entidade.
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