A triatleta belga Claire Michel, que terminou em 38º lugar no triatlo feminino nos Jogos Olímpicos de Paris em 31 de julho, está “doente” e sua equipe não poderá participar do evento misto programado para segunda-feira, anunciou o Comitê Olímpico Belga (COIB).
“O COIB e o Triatlo Belga esperam que sejam tiradas lições para as próximas competições de triatlo nos Jogos Olímpicos”, acrescentou o Comitê Olímpico em um comunicado.
Entre suas exigências, as duas organizações pedem “garantias sobre os dias de treinamento, os dias de competição e o formato das competições” com antecedência para evitar “incertezas para os atletas, seu ambiente e os torcedores”.
A disputa masculina foi adiada por 24 horas, assim como várias sessões de treinamento, pois a qualidade da água do Sena o tornou impróprio para a natação.
Em agosto de 2023, as provas de triatlo já haviam sido canceladas, em parte devido à qualidade insuficiente da água, segundo os padrões europeus para duas bactérias fecais: “Escherichia coli” e enterococos.
Triatlo em xeque
Na manhã de segunda-feira, os organizadores de Paris-2024 devem tomar uma decisão sobre a realização ou não do evento misto, dependendo dos testes de água.
A realização do triatlo e da maratona de natação no Sena são dois dos marcos que os Jogos Olímpicos de Paris-2024 querem deixar para a história, juntamente com o legado de permitir novamente o banho no rio, após um século de proibição.
“Conseguimos em quatro anos algo que foi impossível por 100 anos: você pode nadar no Sena”, um “legado fabuloso” para os moradores locais e para a “biodiversidade”, congratulou-se o presidente francês Emmanuel Macron no X no dia do evento de triatlo.
As autoridades investiram mais de 1,4 bilhão de euros (US$ 1,52 bilhão ou 8,7 bilhões de reais na cotação atual) para criar uma série de infraestruturas para reduzir a poluição no Sena e em seu afluente, o Marne, de modo a permitir o banho.
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