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Aryna Sabalenka, campeã do US Open 2024 (Foto: Charly Triballeau/AFP)
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Aryna Sabalenka, campeã do US Open 2024 (Foto: Charly Triballeau/AFP)

Aryna Sabalenka vence Pegula e conquista seu primeiro US Open

Sabalenka venceu anfitriã Jessica Pegula por 2 sets a 0, consolidando bom desempenho em Grand Slams

France Press •
08/09/2024 às 14h53, atualizado há um mês
Tempo de leitura: 8 minutos

A tenista bielorrussa Aryna Sabalenka superou sua derrota traumática sofrida na última final e derrotou neste sábado (7) a americana Jessica Pegula conquistando assim seu primeiro título de US Open.

Sabalenka venceu por 2 sets a 0, parciais de 7-5 e 7-5 diante de mais de 23 mil torcedores em Nova York que torceram intensamente por Pegula, que aos 30 anos fazia sua estreia na final de um torneio de Grand Slam.

A bielorrussa, que no ano passado perdeu a decisão para a americana Coco Gauff, venceu neste sábado em dois sets acirrados e se jogou na quadra tomada pela emoção para comemorar seu terceiro título de Grand Slam, depois dos do Aberto da Austrália de 2023 e 2024.

“Meu Deus, estou sem palavras”, disse Sabalenka no início do seu discurso.

“Foram tantas vezes que estive tão perto de conseguir, tantas derrotas dolorosas. Sempre foi um dos meus sonhos e finalmente tenho esse lindo troféu”, comemorou a campeã, que ainda recebeu um cheque de 3,6 milhões de dólares (cerca de R$ 20,1 milhões pela cotação atual).

“Obrigado a todos, ouvi muito apoio nos bons momentos”, disse Sabalenka, que em cada discurso do torneio misturava apelos e censuras na sua tentativa de receber o carinho do público.

“Ela é talvez a melhor jogadora em quadra dura. Ela é superpoderosa”, reconheceu Pegula.

“Estou feliz por ter continuado lutando e por ter me dado uma chance, ainda que no final não tenha sido suficiente”, lamentou a americana, que já havia sucumbido diante de Sabalenka há três semanas na final do WTA 1000 de Cincinnati.

Pegula, de qualquer forma, teve seu melhor desempenho em um torneio de Grand Slam, no qual quebrou a barreira das quartas de final, após seis tentativas fracassadas, contra a número 1, Iga Swiatek.

Aos 30 anos, Pegula era a estreante mais velha em uma final importante desde 2015, e o fez diante do público em sua cidade natal, Nova York.

Este sucesso abrilhanta uma carreira que durante anos foi vista com desconfiança devido ao apoio financeiro de seu pai, o magnata Terry Pegula, dono do Buffalo Bills, da NFL.

 

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Lições aprendidas por Sabalenka

Já Sabalenka se consolidou em Flushing Meadows como a tenista mais consistente da atualidade nos grandes torneios.

Com exceção do último Roland Garros, onde se despediu nas quartas de final, Sabalenka chegou pelo menos às semifinais nos últimos oito Grand Slams disputados.

Além de seu trabalho para melhorar seu serviço e a força mental, Sabalenka este ano teve que suportar o impacto da morte de seu ex-namorado Konstantin Koltsov, antigo destaque do hóquei no gelo, em um aparente suicídio em março passado.

No US Open ela vinha se aproximando da glória desde 2021, com quatro edições consecutivas chegando pelo menos às semifinais e no ano passado ficando a apenas um set do título.

Naquela final dramática, Sabalenka desabou diante da avassaladora torcida a favor da anfitriã Gauff e da hostilidade contra ela vinda da quadra central.

Mas neste sábado, em clima menos adverso, a bielorrussa mostrou que aprendeu a lição e controlou as emoções mesmo depois de desperdiçar quatro bolas para vencer o primeiro set.

Embora seus erros, principalmente as duplas faltas, tenham dado fôlego à adversária, Sabalenka persistiu e venceu o set à beira do tiebreak.

Pegula começou a segunda parcial com uma desvantagem de 3 a 0, mas, assim como havia feito na semifinal contra Karolina Muchova, ela iniciou uma recuperação ousada, vencendo os cinco games seguintes.

A americana chegou a sacar para vencer o segundo set, mas Sabalenka interrompeu a reação e conseguiu vencer, sem dar chances a um novo trauma.

A bielorrussa se redimiu em Nova York e foi comemorar junto com sua equipe em meio aos aplausos do público.

No domingo, os Estados Unidos terão mais uma chance de verem um campeão local na final masculina.

Taylor Fritz enfrentará o italiano Jannik Sinner, número 1 do ranking da ATP, com o objetivo de ser o primeiro tenista local a vencer uma final masculina desde 2003.

 

Últimas dez campeãs do US Open:

2024: Aryna Sabalenka (BLR)

2023: Coco Gauff (EUA)

2022: Iga Swiatek (POL)

2021: Emma Raducanu (GBR)

2020: Naomi Osaka (JPN)

2019: Bianca Andreescu (CAN)

2018: Naomi Osaka (JPN)

2017: Sloane Stephens (EUA)

2016: Angelique Kerber (ALE)

2015: Flavia Pennetta (ITA)

Tenistas com mais títulos na história do US Open:

1. Molla Bjurstedt Mallory (NOR) 8 (1915, 1916, 1917, 1918, 1920, 1921, 1922, 1926)

2. Helen Wills (EUA) 7 (1923, 1924, 1925, 1927, 1928, 1929, 1931)

3. Serena Williams (EUA) 6 (1999, 2002, 2008, 2012, 2013, 2014)

. Chris Evert (EUA) 6 (1975, 1976, 1977, 1978, 1980, 1982)

5. Margaret Court (AUS) 5 (1962, 1965, 1969, 1970, 1973)

. Steffi Graf (ALE) 5 (1988, 1989, 1993, 1995, 1996)

📰LEIA MAIS: Bia Haddad cita ansiedade como causa de mal estar em partida no US Open


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