Foto: Divulgação/FIFA.com
Copa do Mundo de 1994 trouxe diversas inovações tecnológicas e alterações nas regras adotadas para as edições seguintes do torneio
O dia 17 de junho ficou marcado na história como o início da Copa do Mundo de 1994. Realizada nos Estados Unidos, a 15ª edição do Campeonato Mundial de Seleções teve 52 partidas espalhadas ao longo de 30 dias de duração.
Última edição a contar com 24 equipes participantes, a Copa do Mundo de 1994 teve um final feliz para o povo brasileiro. Após uma jornada nas eliminatórias cercada de desconfiança, o Brasil contou com o brilho de Romário e Bebeto para conquistar sua 4ª taça.
Neste 30º aniversário do início da Copa do Mundo dos Estados Unidos, o Game Arena trás um conteúdo relembrando os principais momentos e algumas curiosidades do Mundial de 1994.
🗓️ 30 years ago today…
🇺🇸 #OTD in 1994, the #FIFAWorldCup kicked off in the USA! pic.twitter.com/ip1ABNvIYl
— FIFA World Cup (@FIFAWorldCup) June 17, 2024
Pouca intimidade, muito público
Apesar de estar longe de ser um dos principais esportes na preferência dos estadunidenses, atrás de modalidades como basquete, beisebol hóquei no gelo e futebol americano, o “soccer” movimentou verdadeiras multidões no solo dos Estados Unidos entre junho e julho.
A prova disso é que a Copa do Mundo de 1994 é até hoje a edição com maior média de público da história, com pouco mais de 68 mil torcedores ao longo das 52 partidas.
Contudo, ainda houve ingressos que não foram vendidos, uma vez que mais 3,5 milhões de bilhetes foram disponibilizados para o torneio.
De acordo com estimativas da FIFA, a audiência somada em todas as partidas da Copa do Mundo de 1994 ultrapassou a barreira das 31 bilhões de pessoas (cerca de 5,5 vezes a população do planeta Terra à época).
Verão e sol forte
Realizada no auge do verão no hemisfério norte, a Copa do Mundo de 1994 teve a maior parte dos seus jogos realizados pela manhã e à tarde. Isso permitiu que o evento nos Estados Unidos registrasse a temperatura mais alta para uma partida em mundiais: 46ºC, na partida entre Alemanha e Coréia do Sul, pela primeira fase do torneio, no dia 27 de junho.
A volta da Alemanha unificada
Após a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989, a Alemanha ainda disputou a Copa de 1990 com duas seleções diferentes. Inclusive, sendo campeã da edição que foi disputada em território alemão.
Dessa forma, nos Estados Unidos, na Copa do Mundo de 1994, foi a primeira vez desde o mundial de 1938, na Itália, que o país germânico unificou a sua seleção. Entretanto, apesar do virtual fortalecimento, a Alemanha acabou caindo nas quartas de final após três finais seguidas.
Mudança nas regras
A Copa do Mundo de 1994 trouxe algumas inovações importantes para o futebol moderno. Pela primeira vez, a vitória na fase de grupos do mundial de seleções passou a premiar com três pontos os times vencedores de suas partidas. Antes, quem vencia um jogo somava apenas dois.
Além disso, foi no mundial dos Estados Unidos que a FIFA passou a permitir a utilização de telões e relógios/cronômetros digitais na estrutura dos estádios. Essa medida foi adotada para agradar o público estadunidense, acostumado a ver replays das partidas.
Por fim, a edição de 1994 da Copa do Mundo também foi a última a contar com o formato de 24 seleções, onde em seis grupos com quatro, os dois melhores se classificavam e os quatro melhores terceiros também avançavam.
Assim, a partir da Copa do Mundo da França, em 1998, os mundiais passaram a ter 32 clubes, formato utilizado até o mundial de 2022, na Rússia. Dessa forma, na volta à América do Norte, em 2026, o torneio global de seleções terá 48 participantes.
Entre a glória e a apreensão
Artilheiro da Copa do Mundo de 1994 com seis gols marcados ao lado do russo Oleg Salenko, o búlgaro Hristo Stoichkov, foi definitivamente um dos grandes destaques daquela edição do mundial.
Entretanto, um dos seus gols lhe causou sentimentos dúbios durante o torneio. Diante a Alemanha, atual campeã mundial, o craque marcou para contribuir com a classificação da sua seleção à semifinal da Copa do Mundo de 1994.
Porém, ao deixar o campo, o atacante foi informado que sua mãe foi acometida por um mal súbito no momento de seu gol e precisou ser internada. Por sorte, Penka Stoichkov ficou em observação e logo recebeu alta médica.
O lendário jogador da Bulgária ainda marcaria mais uma vez no mundial contra a Itália na semifinal. Contudo, não foi o suficiente para evitar a eliminação com a derrota por 2 x 1.
Choque entre tris e o primeiro tetra
A final da Copa do Mundo de 1994 foi considerada como um tira-teima para saber quem se colocaria no posto de maior seleção de futebol do mundo. Detentora de três taças cada, Brasil e Itália chegaram a final com a possibilidade de ser os primeiros tetracampeões mundiais.
Dessa forma, na primeira final decidida nos pênaltis, a Seleção Brasileira contou com o brilho do goleiro Taffarel para levantar sua quarta taça ao vencer o embate por 3 x 2.
Homenagens ao ídolo
A conquista do título brasileiro no solo norte-americano foi repleta de homenagens ao tricampeão de Fórmula 1, Ayrton Senna, que faleceu em acidente no GP de Ímola, no dia 1º de maio.
Após a vitória nas penalidades, os jogadores da Seleção Brasileira entraram com uma faixa incluindo os dizeres “Senna… Aceleramos juntos. O tetra é nosso!”.
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