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Seleção Brasileira x Alemanha
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(Foto Adrian Dennis/AFP)

7x1 da Alemanha sobre o Brasil completa 10 anos; veja a trajetória da Seleção de lá para cá

Goleada histórica da Alemanha sobre o Brasil completa 10 anos neste 8 de julho; relembre

Pedro Henrique Dias •
08/07/2024 às 11h00, atualizado há 4 meses
Tempo de leitura: 6 minutos

Seleção Brasileira vive crise 10 anos após maior vexame

O fatídico 7×1 da Alemanha sobre o Brasil completa 10 anos nesta segunda-feira (8). 10 anos do jogo que marcou o futebol mundial e feriu a gloriosa honra da Seleção Brasileira.

Ninguém acreditou no que viu naquele 8 de julho de 2014. Era semifinal da Copa do Mundo no Brasil. O duelo aconteceu no Mineirão e não precisou de muito tempo para ser definido.

O placar estava 5×0 para os germânicos com menos de 30 minutos de jogo. Müller, Klose, Kroos (2x) e Khedira marcaram. O “gol da Alemanha” ecoou por todos os cantos do país.

Na sequência, no segundo tempo, nada de tirar o pé. Schürrle balançou as redes duas vezes e aumentou o maior vexame brasileiro. No fim, Oscar fez o tento de honra da Amarelinha.

O desfecho da competição foi com a Alemanha campeã mundial em cima da Argentina no Maracanã. Por outro lado, os comandados de Felipão perderam o 3º lugar para a Holanda.

10 anos depois, o Brasil acaba de ser eliminado da Copa América e atravessa uma crise estrutural sem precedentes. Veja, a seguir, o que se passou na Seleção nesse período.

Ficha do jogo

Brasil 1
Júlio César; Maicon, David Luiz, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo e Fernandinho (Paulinho); Bernard, Oscar e Hulk (Ramires); Fred (Willian). Técnico: Felipão.

Alemanha 7
Neuer; Lahm, Boateng, Hummels (Mertesacker) e Höwedes; Schweinsteiger e Khedira (Draxler); Müller, Kroos e Ozil; Klose (Schürrle). Técnico: Joachim Löw.

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte
Data: 8 de julho de 2014
Árbitro: Marco Rodríguez (MEX)
Assistentes: Marvin Torrentera (MEX) e Marcos Quintero (MEX)
Gols: Müller 10’, Klose 22’, Kroos 23’, Kroos 25’, Khedira 28’, Schürrle 68’, Schürrle 78’ (Alemanha); Oscar 90’ (Brasil)
Cartão amarelo: Dante (Brasil)

Fracassos e glórias

Os primeiros desafios do Brasil depois do 7×1 foram marcados pelo fracasso. A começar pela Copa América de 2015. Caiu, de forma precoce, nas quartas de final para o Paraguai.

Em seguida, na Copa América Centenário de 2016, outro desastre. Dessa vez, pior. Nem sequer avançou da primeira fase. Ficou pelo caminho no grupo com Peru, Equador e Haiti.

Reencontro

A glória veio nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Na final, Brasil e Alemanha ficaram frente a frente. A vitória nos pênaltis deu aos brasileiros o primeiro ouro olímpico.

No entanto, é importante pontuar que não houve um “gostinho” de vingança nesse embate, já que as Olimpíadas só aceitam jogadores abaixo de 23 anos, com apenas três exceções.

Mais reveses do que triunfos

Na Copa do Mundo de 2018, sob o comando de Tite, que havia recuperado a equipe nas Eliminatórias Sul-Americanas, a Canarinha saiu nas quartas de final para a Bélgica.

O último título da seleção principal foi a Copa América de 2019, disputada no Brasil. Dois anos depois, pelo mesmo torneio, outra vez “em casa”, perdeu a final para a Argentina.

Em 2021, veio a segunda medalha de ouro olímpica. Porém, o tricampeonato não será possível em Paris-2024. Os jovens não conseguiram a vaga no Pré-Olímpico em janeiro.

Já a Copa do Mundo de 2022 terminou com o mesmo desfecho da anterior: eliminação nas quartas de final. Na ocasião, acabou derrotada para a Croácia nas penalidades máximas.

Agora, recentemente, a Seleção Brasileira foi superada pelo Uruguai nos pênaltis e deu adeus à Copa América nas quartas de final. Além do mais, pouco convenceu em campo.

Perspectiva

Neste momento, o Brasil vive um cenário de incertezas. O trabalho de Dorival Júnior, que começou há poucos meses, já vem sendo questionado diante do fiasco na Copa América.

Em paralelo, a Seleção enfrenta momento delicado nas Eliminatórias Sul-Americanas. Perdeu os últimos três jogos e ocupa a discreta sexta posição depois de seis rodadas.

Sem falar que, recentemente, a CBF teve uma crise institucional. O presidente Ednaldo Rodrigues foi destituído pelas vias judiciais, mas conseguiu se restabelecer no cargo.

Assim, são ínfimas as esperanças de que a Seleção Brasileira irá retomar o caminho das glórias em um futuro próximo. Esse é o sentimento da maioria dos brasileiros hoje em dia.

E a Alemanha?

Após o título mundial em 2014, a Alemanha declinou. Teve como única conquista a já extinta Copa das Confederações, em 2017. De lá para cá, acumulou frustrações.

Falando de Eurocopa, o máximo que alcançou foi a semifinal em 2016. Em 2020, parou nas oitavas de final. Neste ano, como anfitriã, encerrou a participação nas quartas de final.

O cenário é pior quando se trata de Copa do Mundo. Não foi além da fase de grupos nas duas edições posteriores ao título.

Naturalmente, o elenco passou por um processo de reformulação e está sob o comando de Julian Nagelsmann há menos de um ano.

Poucos atletas presentes no 7×1 continuam sendo convocados, até porque vários já estão aposentados. Somente Neuer e Müller integraram a seleção na última Euro, por exemplo.

Assista aos nossos vídeos também. Neste, Celso Ishigami, Fred Figueiroa e Cassio Zirpoli relembram a Copa do Mundo no Brasil.

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