Filipe Astini se tornou um dos nomes mais relevantes do cenário competitivo de Dota 2 após ser anunciado oficialmente como novo técnico da B8, time fundado por Danil “Dendi”, considerado o melhor jogador da história.
O país, que ainda não desenvolveu o seu cenário competitivo por uma série de fatores, teve um de seus poucos representantes no mundo do game como treinador. Encabeçando o curto projeto da Fúria, passou pela equipe ucraniana e atualmente é CEO de seu próprio projeto, além de criador de conteúdo.
Inicio como coach da FURIA
No meio de 2019, a tradicional equipe de CS:GO brasileira FURIA anunciou que estava entrando no meio competitivo de Dota 2, anunciando sua lineup para a disputa dos campeonatos.
Um projeto que fortaleceu ainda mais a marca da organização no Brasil, com o objetivo de ter sucesso no cenário mais lucrativo do mundo e-Sports. A lineup, 100% brasileira, era composta por “murd0c”, “RdO”, “mini-”, “hyko”, “Duster” e o head coach Filipe Astini.
Apesar das expectativas serem altas, o projeto foi curto, durando um pouco menos de um ano. No início de 2020, o CEO da FURIA, Jaime Pádua anunciou o encerramento da equipe. Os motivos listados, entre outros, foram a falta de clareza da desenvolvedora Valve sobre o cenário competitivo no Brasil e os planos para e-Sports no meio da pandemia da Covid-19.
Apesar de pouco tempo, a equipe chegou a conseguir bons resultados, sendo primeira nos qualifiers da América do Sul para o TI10, evento que acabou não acontecendo.
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Filipe Astini, agora treinador de “Dendi”
Após o período como treinador da FURIA, Astini conseguiu o maior feito de sua carreira, ser treinador do B8, time fundado por “Dendi”, um dos maiores jogadores da história do game.
Mas, não foi só ele que chamou a atenção do ucraniano, “murd0c”, “Sexyfat” e “Duster” também fizeram parte do “pacotão” brasileiro que reforçou a equipe, ao lado do alemão “5up”.
Uma nova lineup que Filipe tinha como objetivo acabar com a série negativa de derrotas que o time havia enfrentado dentro do meio competitivo e, em médio prazo, conseguir uma vaga para a disputa do The International.
O fato aconteceu após os brasileiros irem morar na Ucrânia representando o Midas Club, time fundado e gerido por Filipe Astini. Morando no país europeu, o objetivo era alcançar o cenário internacional, já que no Brasil é pouco investido.
A equipe chamou a atenção de “Dendi” e veio o convite para se juntarem a B8, fato que acabou chocando toda a comunidade brasileira.
A saída do cenário competitivo
Em 2021, após os resultados com a B8 não serem satisfatórios, Filipe resolveu então se afastar do cenário competitivo de Dota 2. A decisão foi tomada após uma derrota da equipe para a PuckChamp por 2-1 e comunicada no perfil oficial do treinador no Twitter. Segundo ele, o estresse do cargo foi o fator determinante para o encerramento de sua carreira, sem traçar planos para o futuro.
Atualmente, Filipe continua com seu projeto como CEO da Midas Club e criador de conteúdo, fazendo lives na Twitch e no YouTube, plataformas que têm mais de 10 mil seguidores em seu canal, sendo ainda um dos nomes mais influentes do cenário brasileiro.
Filipe tem uma longa carreira no Dota, sendo treinador e idealizador de projetos que visam o desenvolvimento competitivo no Brasil. Apesar de não ter sido bem sucedido como jogador, foi treinador da FURIA, idealizador do projeto inhouse da Midas Club e chegou até o time de “Dendi”. Astini se tornou um dos nomes mais relevantes do país.