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CS:GO: “Brutt”, a promessa brasileira que faleceu aos 19 anos de idade
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CS:GO: “Brutt”, a promessa brasileira que faleceu aos 19 anos de idade

CS:GO: “Brutt”, a promessa brasileira que faleceu aos 19 anos de idade

"Brutt" era uma das maiores revelações do cenário brasileiro, a causa de sua morte até hoje não foi revelada e o caso continua em aberto

Thulio Bastos •
14/10/2021 às 17h16, atualizado há 3 anos
Tempo de leitura: 8 minutos

Uma página triste na história do cenário competitivo brasileiro de Counter-Strike, o ex-jogador profissional Matheus “Brutt” Queiroz acabou falecendo no dia 19 de dezembro de 2019. 

Considerado uma grande revelação do país, foi eleito o grande destaque no Campeonato Brasileiro de Counter-Strike daquele ano. Sua morte não foi revelada até hoje, acarretando em uma série de denúncias por parte de seus familiares as organizações que ele representava e o caso ainda continua em aberto.

Sua precoce partida causou comoção em toda a comunidade brasileira, que reconhecia o potencial do jogador e lamentava a sua pequena trajetória na vida e no cenário competitivo de CS:GO. 

Diversas homenagens foram direcionadas ao jogador, a mais significativa delas o prêmio para a revelação do ano idealizado pelo portal DRAFT5 que carregará o seu nome, o Prêmio Matheus “brutt” Queiroz de Jovem do Ano.

Início da carreira de “Brutt”

“Brutt” apareceu no cenário competitivo em 2018. — Foto: reprodução/UOL.

Matheus “Brutt” surgiu no meio competitivo de Counter-Strike no ano de 2018, quando jogava pela equipe B da SuperNova. Depois das primeiras aparições como profissional, se transferiu para o time de e-sports do Vitória, o popular clube baiano de futebol, antes de ser contratado pela Reapers, equipe onde se destacou e lhe deu projeção nacional.

Além de ter sido campeão da Up Expo Games daquele ano batendo a Red Canids na final, “Brutt” conquistou o 3º/4º lugar no Campeonato Brasileiro de Counter-Strike, o CBCS, uma das maiores competições brasileiras do cenário. 

A equipe de “Brutt” foi eliminada na semifinal pela Imperials, após derrota por 2-0, no primeiro semestre de 2018. Apesar da eliminação, o jogador foi o principal destaque da equipe no torneio, o que acabou lhe rendendo um convite para se juntar ao time que acabara de derrotá-lo.

Na Imperials, equipe que entrou para disputar a segunda temporada do CBCS de 2019, o jogador ficou por lá até os últimos dias de sua vida. A organização, que era uma das mais promissoras do cenário, deu projeções ainda maiores para uma das principais revelações do CS:GO do país, mas no fim das fases classificatórias acabou afastando “Brutt” de seu time principal para cuidar de sua saúde. 

A Imperials terminou o torneio em 1º lugar da chave e “Brutt” foi substituído pelo treinador da equipe “aDr” na fase classificatória e “tatazin” no mata-mata, vindo da paiN Gaming

Alí, o que ninguém sabia era que não só encerrava de forma precoce a carreira de “Brutt”, como também a sua vida, aos 19 anos de idade.

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Falecimento da promessa

Homenagem a “Brutt” na fase final do CBCS de 2019. — Foto: reprodução/GE.

Após ser afastado da Imperials para cuidar da saúde, Matheus deixou a gaming house da equipe no dia 1º de dezembro para se juntar a família no Rio de Janeiro, sua cidade natal. Ele alegou estar sentindo diversas dores na cabeça, que foram constatadas diversas lesões no cérebro após a realização de uma tomografia. 

De imediato, o jogador acabou sendo internado no Hospital Estadual Alberto Torres, por cerca de cinco dias. Novos exames foram realizados pelo hospital, que não identificou lesões, indo contra às informações constatadas na tomografia.

Com isso, a família decidiu transferi-lo para outro hospital, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, onde Matheus apresentou uma piora considerável em seu quadro de saúde, passando a ter dificuldade em se alimentar, caminhar e até mesmo enxergar. O atleta então passou a se tratar de uma inflamação em um edema cerebral, sendo transferido para a UTI dois dias depois em estado grave. 

Em poucas horas na UTI, os médicos anunciaram que “Brutt” não havia resistido, no dia 15 de dezembro de 2019. A causa da morte do jogador é um fato desconhecido até os dias atuais.

A notícia abalou toda a comunidade brasileira, que acabou acontecendo durante a realização do CBCS 2019. 

Diversas notas de pesar e homenagens de jogadores, personalidades e equipes foram divulgadas, que era considerado uma das grandes promessas brasileiras para o cenário competitivo. “Brutt” era um dos destaques no começo do campeonato e acabou não vendo o fim dele, partindo durante a competição que havia acabado de jogar.

Acusações da família

Cristiane Fernandes Queiroz, mãe de Matheus, acusou as organizações de negligência. — Foto: reprodução/UOL.

Em uma entrevista exclusiva ao portal Start UOL, a família de Matheus “Brutt” representada pela sua mãe, Cristina Fernandes Queiroz, fez uma série de acusações às instituições que o mesmo representou anteriormente, especificamente a Imperials e a Reapers. 

Em uma carta aberta à comunidade, onde ela denominou de “uma carta às mães”, Cristina alegou falta de estrutura nas gaming houses das organizações e a falta de acompanhamento médico para os atletas, o que ela viu como algo que afetou no desenvolvimento do quadro do filho. Também, diz que esperava mais apoio emocional e financeiro da Imperials, organização que “Brutt” tinha contrato até os últimos dias de sua vida. 

Por último, confirmou que entrará com ações na justiça contra a organização, alegando negligência com o jogador, fato que acarretou em sua morte.

As organizações acusadas pela mãe do jogador se defenderam, ambas em comunicados divulgados nas redes sociais. A Reapers, organização que Brut defendeu entre dezembro de 2018 a outubro de 2019, alegou que em momento algum o jogador apresentou algum quadro grave de saúde que fosse necessário atenção. 

Também, fortaleceu a estrutura de sua gamehouse, alegando que a mesma era apta a receber os jogadores. Em junho de 2020, seis meses após a morte de “Brutt”, a equipe comunicou o encerramento de suas atividades por conta da crise financeira causada pela pandemia do COVID-19.

Já a Imperials, organização que tinha contrato em vigência com o jogador no momento de seu falecimento, se defendeu por nota alegando que tomou todas as medidas cabíveis e que fez tudo que estava ao seu alcance para prestar assessoria ao jogador e a família, se ausentando da responsabilidade sobre o ocorrido. 

Fortaleceu a estrutura de sua gamehouse e alegou que isso não tem ligação com os problemas de saúde do atleta. Por fim, disse que, semanas antes da fatalidade, o jogador apresentava um comportamento normal, sem a possibilidade de perceber que Matheus não estava bem.

Após alegações de ambas as partes envolvidas, o caso ainda continua em aberto sem uma resolução definitiva, sem esclarecimentos sobre o que de fato aconteceu e qual foi a causa da morte de Matheus. 

As lamentações por sua vida e uma carreira promissora tão precoce continuam até os dias atuais, o que vai continuar por um longo período. A memória de “Brutt” continuará no cenário competitivo brasileiro, independente de onde ele estiver.

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