O filme O Brutalista, forte candidato ao Oscar, foi alvo de polêmica na última semana com a confirmação do uso de inteligência artificial na produção.
O editor de O Brutalista, Dávid Jancsó, explicou que a produção usou inteligência artificial para realizar correções na pronúncia dos atores do idioma húngaro e economizar tempo.
“Sou um falante nativo de húngaro e sei que é uma das línguas mais difíceis para se aprender a pronunciar. Mesmo com as ligações húngaras de Adrien [filho de mãe húngara], não é tão simples. É uma língua extremamente única. Nós treinamos [Brody e Jones] e eles fizeram um trabalho fabuloso, mas também queríamos aperfeiçoar ao ponto de nem mesmo os locais perceberem qualquer diferença.”
O editor explicou o uso da técnica ADR, em que atores dublam suas próprias falas sobre as cenas previamente gravadas. “Primeiro, nós tentamos ADR nos elementos mais difíceis para os atores. Então tentamos o ADR com outros atores [dublando], mas simplesmente não funcionou. Então buscamos outras opções para melhorar.”
“A maioria dos diálogos em húngaro têm uma parte de mim falando. Fomos muito cuidadosos para manter as performances deles. Foi mais para trocar letras aqui e ali. Você pode fazer por si próprio no [software] ProTools, mas tínhamos tanto diálogo em húngaro que realmente precisamos acelerar o processo, caso contrário ainda estaríamos na pós-produção.”
O diretor de O Brutalista, Brady Corbet, defendeu o uso da IA e disse que foi para “aprimorar” as performances.
“As performances de Adrian e Felicity são completamente deles”, conta Corbet (via EW). “Eles trabalharam por meses com a coach de dialeto Tanera Marshall para aperfeiçoar seus sotaques. A tecnologia inovadora Respeecher foi usada na edição do diálogo no idioma húngaro somente, especificamente para refinar certas vogais e consoantes por precisão. Nada foi mudado em inglês. Isso é um processo manual, feito por nossa equipe de som, e Respeecher em pós-produção. O alvo era preservar a autenticidade das performances de Adrian e Felicity em outro idioma, não substituir ou alterar e fazer com o mais elevado respeito pela arte.”
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O Brutalista
O filme conta a história de László Toth (Adrian Brody), um arquiteto que precisa escapar com sua esposa Erzsébet (Felicity Jones) da Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial.
Com direção de Brady Corbet, O Brutalista chega aos cinemas brasileiros em 20 de fevereiro.
Com informações de: EW
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