De surpresa, Wistoria: Wand and Sword tornou-se um dos melhores animes da Temporada de Verão (julho a setembro) de 2024. Quando todos os holofotes estavam virados para a segunda temporada de Tower of God (que foi uma decepção), o anime da Bandai Namco Pictures veio de fininho e cativou otakus por todo mundo.
Baseado na light novel escrita por Fujino Omori e ilustrada por Toshi Aoi, a série é um shounen de ação que mistura aventura, magia e fantasia. Claro com um clichê como base: o protagonista não possui habilidades mágicas em um mundo dominado pela magia.
Porém, não se engane com a aparente história rasa que já vimos em obras como Black Clover ou o recente sucesso Mashle. Com um jeito único de contar uma história, misturando animação de qualidade, roteiros centrados e direção criativa, a narrativa rica já presente na história original de Wistoria: Wand and Sword é potencializada na versão animada.
Um resumo de Wistoria: Wand and Sword
Em um mundo onde a magia é tudo, invasores celestiais quase destruíram o planeta 200 anos atrás. Após quase destruírem o mundo, um grupo de cinco magos criaram uma poderosa barreira e repeliram os seres do céu.
Até hoje, a barreira é mantida no topo de uma enorme torre chamada “Mercedes Caulis”. Os magos que a construíram ficaram conhecidos como os primeiros “Magia Vander”, sendo substituídos de tempos em tempos por uma nova geração.
O protagonista de Wistoria é Will Serfort, um estudante da Academia Mágica de Regarden, que sonha em se tornar um “Magia Vander” para se reunir com sua amiga de infância, Elfaria Albis, a garota mais jovem a alcançar esse título.
Porém, Will não possui aptidão mágica. Para compensar essa deficiência, ele possui e treina habilidades excepcionais com a espada, habilidades acrobáticas e força física. Ele treinou tanto que é capaz de derrotar monstros poderosos, que até os magos mais habilidosos são incapazes de fazer.
Nesta primeira fase do anime, acompanhamos os três primeiros livros da light novel, onde a saga deve seguir até o final de uma fase de seleção e torneio (o típico momento shounen dos animes).
A equipe de animação
O anime é produzido pelo estúdio Actas em parceria com a Bandai Namco Pictures. Conhecido por trabalhos de não tanto sucesso como “Girls und Panzer” e “Long Riders!”, o Actas conseguiu surpreender em 2024 com a animação fluída de Wistoria: Wand and Sword. Claro, existem recursos para diminuir certos gastos de animação como uso de CGs e imagens estáticas, mas nada que prejudique a versão final.
Mas o grande destaque fica por conta do enorme potencial da Bandai Namco Pictures, uma divisão recém-criada (ok, já tem uns três anos) da Bandai Namco Holdings, que trouxe uma combinação de expertise em animação e recursos que resultou no apoio eficiente na produção de alta qualidade.
A Bandai Namco Pictures é reconhecida por seu envolvimento em projetos populares como “Gintama” e “Aikatsu!”, mas nada além disso. Por isso, a grande surpresa em observar o resultado final em Wistoria: Wand and Sword.
A excelente direção é de Tatsuya Yoshihara, conhecido por seu trabalho em “Chainsaw Man” e “Black Clover”. ele também assina a composição da série e roteiro adaptado, fazendo com que essa “trindade” no anime funcione de uma forma incrível e coesa.
A trilha sonora é composta por Yuki Hayashi, um nome familiar para os fãs de anime, tendo trabalhado em séries como “My Hero Academia” e “Haikyuu!!”. Já o design de personagens e animação é de autoria de Sayaka Ono, que trabalhou em projetos como “Cross Ange” e “Valvrave the Liberator”, e sua experiência é evidente na qualidade do design dos personagens de Wistoria.
Certo, mas porquê Wistoria é bom?
Certo, falamos sobre a equipe técnica da série, agora é hora de apontar os reais motivos que fazem desta série uma das melhores da temporada.
1 – Protagonista forte, com clichês, mas interessante
Will Serfor é o protagonista de shounen quase padrão. Ênfase aqui no “quase”. Apesar de ser aquele sem poderes mágicos, Will é extremamente forte na esgrima. O que faz com que ele destrua todos os seus inimigos com poderosos golpes de espada. Ele sabe de suas limitações, mas se esforça para superar as adversidades. Clichê, quase um Harry Potter bombado, mas é interessante com um passado envolto de mistérios.
2 – A animação
Juro, não dava absolutamente nada por Wistoria. Primeiro por conta do estúdio Actas, que não tinha nada tão grandioso no currículo de séries lançadas. Segundo pela própria Bandai Namco Pictures, que nunca fez nada grandioso além de Gintama.
Pensei: “Será um lixo”. Errei e errei MUITO. Mesmo que o primeiro episódio seja um pouco mais lento, a série vai ganhando profundidade tanto na história quanto nos momentos de ação, mostrando todo potencial para se tornar um novo clássico moderno dos animes.
3 – Não enrola
Enquanto outras séries derivadas de Light Novel buscam estender até o limite o conteúdo dos livros, não é este o caso de Wistoria. O enredo é bem elaborado e adaptado fielmente com a versão original da dupla Fujino Omori e Toshi Aoi. Ao que tudo indica, teremos um final extremamente coeso e explicativo da Segunda temporada.
Assista Wistoria: Wand and Sword
Wistoria é um excelente exemplo de como uma equipe talentosa e dedicada pode transformar uma história incrível em um série de anime memorável. À primeira vista, a série encanta e surpreende (melhorando ainda mais a cada episódio). Temos a união de personagens bem desenvolvidos, uma história envolvente e uma equipe de animação criativa e empenhada (mesmo com as limitações da indústria dos animes).
Uma joia oculta que precisa ganhar destaque no catálogo da Crunchyroll!
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*Com informações de ANN, Crunchyroll e MyAnimeList
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