No mês de maio, a Game Arena criou diversas listas com os melhores animes antigos (anos 1980 e 1990) disponíveis na Crunchyroll. Nela, temos listados grandes clássicos como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, Gundam, entre outros.
Mas aqui falamos bastante dos animes mais recentes, onde recentemente tivemos um “boom” de demandas do grande público por conteúdos de séries mais novas como Jujutsu Kaizen, Solo Leveling e Kaiju No. 8.
Por um lado, temos muitos fãs que só querem saber das produções de sua infância, curtindo apenas tudo o que remete aos anos 80 e 90 (por sinal, a galera esquece dos anos 2000 que já passou faz tempo).
De outro, temos uma nova geração (olá, queridos milleniuns e outros) que nasceram com a Internet Banda Larga como um a realidade e sempre consumiram animes através de seus celulares, computadores e tablets. Com alguns agraciados com transmissões via Cartoon Network e SBT.
Claro, temos aqueles por cima do muro, que gosta de tudo (como este humilde redator que vos fala).
Com isso, fica o questionamento:
Será que os animes antigos superam os modernos?
Uma pergunta deveras capciosa, veteranos e jovens do mundo dos animes! Uma simples frase interrogativa que gera debates acalorados entre os fãs de animação japonesa, sejam os otakus da época dos fansubbers ou os jovens assinantes de streaming.
Enquanto alguns ativam a carta armadilha virada para baixo da nostalgia e charme dos clássicos, outros puxam seus Death Notes para escrever o nome daqueles que discordam de suas opiniões sobre a qualidade técnica e inovações dos lançamentos mais recentes.
Mas vamos com calma, pois precisamos analisar alguns pontos importantes desta discussão.
A animação antiga x nova
Comecemos pela animação. Os animes antigos são elogiados por sua arte desenhada à mão, que transmite uma sensação única de esforço e estilo artístico chamativos.
Já os animes modernos possuem a vantagem dos avanços tecnológicos, como a animação em computador (CGI), que oferecem uma fluidez e detalhes impressionantes.
Porém, ambos apresentam seus problemas e limitações.
Os antigos precisam de uma maior mão de obra para trazer a chamada “perfeição artística”. Para isso, utilizam dezenas de recursos para economia de animações, como imagens estáticas, panoramas de cenários, repetições de animações e várias artimanhas para economizar tempo e dinheiro.
Ou vocês acham que as transformações repetidas de Sailor Moon ou balançar de cinco minutos de Ryu para soltar um Hadouken não possuem um motivo aparente.
Ahhh, mas não vamos esquecer dos animes modernos. “Time is money”! Por isso, temos equipes variadas focadas em personagens, cenários e composição da animação. Claro, também temos toneladas de CGIs, muitas vezes produzidas.
Mas não se enganem com o poderio tecnológico.Os estúdios têm acesso a ferramentas e recursos que eram impensáveis nas décadas passadas. Isso, tecnicamente se reflete na qualidade visual, efeitos especiais e até mesmo na narrativa, que se beneficia de técnicas de produção mais avançadas.
Claro, quando gastam para isso. Muitas vezes, prazo e recursos apertados trazem problemas gerais nas produções, onde os estúdios precisam se “virar nos 30” para produzir pelo menos 13 episódios decentes.
O pior é que, às vezes, quem sofre com a pressão do lançamento são os animadores, que precisam fazer jornadas duplas ou triplas para dar conta da demanda pela qualidade impecável.
Não que acontecesse no passado, mas atualmente o assunto entrou em evidência após abusos cometidos por estúdios como MAPPA e GoHands. Agora fica o questionamento? Vale a pena tanto sofrimento por uma obra impecável?
Leia mais
- Melhores animes dos anos 1980 na Crunchyroll
- Melhores animes dos anos 1990 disponíveis na Crunchyroll
- My Hero Academia: Novo trailer da 7ª temporada revela abertura e cenas de batalha inéditas
Existe uma maior demanda na Indústria dos animes
Quando falamos em investimento, os animes contemporâneos recebem financiamento um pouco mais generosos de estúdios, empresas e até mesmo plataformas de streaming.
Antes, os animes antigos dos anos 1980 e 1990 precisavam lutar por horários em grades de TV, depender de produtos variados como bonecos ou negociações de licenciamento.
Tudo isso ainda existe, mas em uma escala bem menor. Com multíplos canais, temos uma vasta procura por animações japonesas. Tanto que temos animes disponíveis em até 4 plataformas de streaming, como sucessos como Dragon Ball ou mais recentes como Demon Slayer.
Isso permite produções mais ambiciosas, com equipes maiores, efeitos visuais deslumbrantes e histórias mais complexas (com supostamente mais gente trabalhando).
Porém, alguns argumentam que o dinheiro nem sempre garante qualidade e que os animes antigos, mesmo com recursos limitados, muitas vezes tinham um charme único e uma criatividade inigualável. Era o chamado “amor pela arte” que muitos defendem.
Mas será isso mesmo? Quando vemos evoluções de estúdios famosos como Ghibli em comparação a outros como Pierrot (Naruto, Bleach), nos perguntamos onde realmente está esse “amor”.
Vamos falar nos streamings
Já mencionadas, as plataformas de streaming revolucionaram a forma como consumimos anime, tornando ainda mais fácil acessar uma vasta biblioteca de títulos, tanto de animes antigos quanto novos.
Os mais velhos podem esquecer o sacrifício de pedir fitas de vídeo e esperar semanas para assistir um anime de qualidade. Ou então esperar o horário correto para baixar em sua internet discada.
A modernidade proporciona aos espectadores uma variedade incomparável e a oportunidade de descobrir obras-primas esquecidas ou acompanhar os lançamentos mais recentes.
Por isso, a questão se os animes antigos são melhores que os modernos não tem uma resposta simples.
Podemos usar o clichê “ A Beleza está nos olhos de quem vê”, mas vamos muito além disso.
Cada geração possui seus próprios méritos e encantos. A escolha do melhor estilo de anime está mais voltada para seu próprio gosto pessoal.
O que é inegável é que tanto os animes antigos quanto os lançamentos contemporâneos contribuíram de forma significativa para tornar os animes uma forma de entretenimento especial e amada por tantas pessoas.
A Game Arena tem muito mais conteúdos como este sobre esportes eletrônicos, além de games, filmes, séries e mais. Para ficar ligado sempre que algo novo sair, nos siga em nossas redes sociais: Twitter, YouTube, Instagram, Tik Tok, Facebook e Kwai.