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Review: Mario vs Donkey Kong – Revisitando um sucesso do passado de maneira incrível

Review: Mario vs Donkey Kong - Revisitando um sucesso do passado de maneira incrível

Lembro como ontem quando joguei Mario vs Donkey Kong pela primeira vez no meu surrado Game Boy Advance em meados de 2005 (sendo que o jogo foi lançado em 2024).

Octavio Ferreira •
01/03/2024 às 21h00, atualizado há 9 meses
Tempo de leitura: 10 minutos

Lembro como ontem quando joguei Mario vs Donkey Kong pela primeira vez no meu surrado Game Boy Advance em meados de 2005 (sendo que o jogo foi lançado em 2024).

Como era muito novo na época, nunca me interessei muito por jogos com quebra-cabeças e mecânicas que me fizessem parar para pensar. Na época, só queria trocar pokémon com algum amigo ou trocar socos via cabo link no port de Street Fighter para o portátil.

Apesar disso, dei uma chance para Mario vs Donkey Kong e me apaixonei na época. Passei muito tempo finalizando o jogo em 100%, muitas vezes quebrando a cabeça para passar de uma fase ou outra.

O quão grande foi a minha surpresa quando a Nintendo anunciou uma nova versão do game, com novos gráficos ideais para o seu atual console híbrido Switch.

Atualizando o que já era bom, o game traz elementos e mecânicas que são familiares aos fãs das antigas. Mas, infelizmente, modificando certos pontos importantes do meu querido game lá de 2004 para (provavelmente) as atuais gerações.

Mario vs Donkey Kong
Bonitos do jeito que são, tem como culpar o Donkey Kong por ter levado todos dos mini-marios?

A fórmula segue a mesma. O objetivo do herói bigodudo em Mario vs Donkey Kong é coletar os mini-marios ao longo das fases, através de resoluções de quebra-cabeças. 

Diferentes dos outros jogos, não temos cogumelos, estrelas de invulnerabilidade ou outros power-ups. Você dependerá da sua imaginação e inteligência para passar pelas fases coletar os brinquedos marios, o principal objetivo das fases.

Ao jogador cabe a missão de passar pelas seis fases de cada mundo, colhendo um Mini-Mario em cada uma. Além do objetivo principal, presentes estão espalhados pelo mapa, dando mais um item para se preocupar em coletar.

Para concluir cada fase, primeiro é preciso achar a chave, avançar para uma segunda etapa no cenário/ mapa e encontrar o Mini-Mario. Após pegar todas as miniaturas do bigodudo, você precisa levá-los para um baú em outra fase especial.

Por fim, seguimos para derrotar o “maldoso” Donkey Kong, em uma mecânica que lembra muito o jogo clássico do macacão.

E a fórmula se repete mundo após mundo, com novos desafios e cenários. Mas longe de ser enjoativo, como quase todo jogo da franquia, a repetição traz um elemento de diversão e replay em cada fase.

Com certeza, os fãs dos jogos do herói farão de tudo para voltar a fase inteira para coletar aquele presente esquecido em algum momento. Dando um adicional de replay que, para alguns, será monótono e maçante. 

Uma jornada comum aos fãs em cada cenário

Eu lembro que, no GBA, somos jogados ao game do nada. Passando por cenários por conta própria sem qualquer referência clara do que precisamos fazer em cada fase. Você aprendia pela tentativa e erro às vezes.

Mas na nova versão de Mario vs Donkey Kong, o primeiro mundo “Mario Toy Company” irá apresentar ao jogador tudo o que ele precisa saber para avançar no game. As fases em si funcionam como um mini-tutorial de início.

Algo simples, rápido e divertido, que já é um grande adicional a versão do Switch. Conforme avançamos, cada mundo traz uma nova mecânica ou elemento de acordo com o cenário presente. Na floresta, temos os cipós, na cidade moderna temos esteiras rolantes modernas e por aí vai.

Mas a repaginada no visual e nos elementos dos cenários em relação a versão de GBA trouxeram melhorias significativas para a resolução dos puzzles para os jogadores. É tudo menos frustrante, mais simples e prático. Um ponto muito positivo, mas que trouxe certo problema no tocante a dificuldade.

Aqui também mencionamos as melhorias na trilha sonora, com novos arranjos e elementos de melhoria de qualidade. Apesar da nostalgia dos sons de 16 bits do GBA, é incrível escutar as novas e melhoradas músicas do Mario Vs. Donkey Kong para o Switch.

Por isso, jogue com fones. Em especial devido aos leves e às vezes estrondosos berros dos “Hey MAAAAArio” dos minis espalhados em cada fase. Além de ajudar na busca, são bem fofos.

É um jogo fácil se comparado ao passado

Apesar de ser mais “agradável” do que resolver os puzzles, o desafio e a dificuldade foram lá para baixo. Tudo bem que o Mário ainda “morre” no cenário ao esbarrar em um inimigo ou espinho.

Mas existem “1-up” por toda parte, dando vidas extras e novas tentativas até passar. Não existe uma real ameaça de Game Over como no passado.

Mario Vs Donkey Kong
Parece difícil, mas não chega nem aos pés do que encontrávamos no GBA (Imagem / reprodução: Nintendo e Dotesport

Mesmo trazendo um modo Casual e Clássico, este último tenta trazer um ar de dificuldade ao jogo, passando por elementos comuns aos jogos do passado.

É mais difícil que o Casual, mas está bem longe da dificuldade costumeira da versão de GBA.

Outro ponto importante que devemos reclamar é a falta de uma localização para o português brasileiro. Sério, Nintendo? Mario Vs Donkey Kong é o game ideal para jogadores de diferentes idades e não possui muito texto. Qual o problema com uma tradução simples?

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Mario Vs Donkey Kong em modo cooperativo é diversão garantida

Mas, independente do nível de dificuldade, o fator replay do jogo está em alta. O game traz novos conteúdos e mecânicas inéditas ao original trazem pelo menos meia dúzia de novas soluções para puzzles.

“Hum, eu já passei por aqui desse jeito. E se eu tentar de outra forma”. Um pensamento simples que te pegará ao revisitar qualquer outra fase de um mundo onde já passou.

Se você jogou o original, não se preocupe pois o game está recheado de conteúdos inéditos, a exemplo dos mundos Merry Mini-land e Slippery Summit.

Mario vs Donkey Kong

Já o modo multiplayer traz um incremento ao que já encontramos. É muito divertido chamar um amigo e fazer mudanças significativas nas soluções dos puzzles. Muitas vezes, graças a ajuda extra, os jogadores vão lutar para concluir a fase no menor tempo possível.

É então que entra outro grande modo de Mario vs Donkey Kong, o modo Time Trials. O desafio de tempo para conclusão fará os mais perfeccionistas arrancarem os cabelos para concluir as fases no menor tempo possível.

Possivelmente, os Times Trials são as coisas mais difíceis do jogo se você gosta de desafios.

Uma aventura digna do legado de ambos os personagens

Apesar de simples em sua concepção, Mario vs Donkey Kong é um ótimo remake de um “clássico moderno” (anos 2000) da Big N.

Com um valor de R$ 250, a diferença de preço em relação aos títulos AAA se justifica por ser simples, sem grandes impactos visuais e trazendo muita coisa reaproveitada da versão do GBA.

Mas não se engane. Não estamos falando de um game pobre, sem conteúdo e ruim. Apesar de fácil, o jogo te proporciona muitas horas de diversão, que podem aumentar ainda mais se jogar com amigos no multiplayer.

Claro, o jogador irá espremer o jogo como uma laranja para aproveitar cada real gasto, mas vale muito o esforço.

Correta é a Nintendo, que pegou um título bom do passado e deu uma recauchutada. Pelo menos, ela aprendeu a lição com outros remakes / remasters e não aumentou significativamente em seu lançamento oficial na casa dos 300 reais.

Muito obrigado, Nintendo. Continue assim nos próximos lançamentos do Switch para 2024!

*Análise realizada com cópia do jogo cedida pela Nintendo
**Com imagens da Nintendo.com


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