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O que PlayStation precisa fazer com a iminente aquisição da Activision pela Microsoft

O que PlayStation precisa fazer com a iminente aquisição da Activision pela Microsoft

Transação multibilionária pela compra da Activision Blizzard está próxima de ser finalizada pela Microsoft A notícia do dia é a vitória da Microsoft nos tribunais norte-americanos após o pedido de bloqueio da aquisição da Activision Blizzard feito pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos ter sido negado. Já são 38 países concordando com o negócio, que fica mais perto de um final feliz.

Pedro Scapin •
11/07/2023 às 20h04, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 6 minutos

Transação multibilionária pela compra da Activision Blizzard está próxima de ser finalizada pela Microsoft

A notícia do dia é a vitória da Microsoft nos tribunais norte-americanos após o pedido de bloqueio da aquisição da Activision Blizzard feito pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos ter sido negado. Já são 38 países concordando com o negócio, que fica mais perto de um final feliz.

Mas, caso a iminente aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft de fato se concretize, o que PlayStation pode fazer para se recuperar do baque? Atualmente na liderança do segmento, a gigante japonesa terá que enfrentar um aumento considerável de potencial mercadológico por parte do rival Xbox. Será que veremos uma virada na dominância do mundo gamer, ou ainda há esperança para a Sony?

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Com a potencial chegada do catálogo da Activision Blizzard ao guarda-chuva do Xbox, o lado verde da força ganha e muito com franquias e estúdios referências dentro do universo dos games, principalmente naquele que tem sido o principal ponto de discordância nesta disputa jurídica: Call of Duty.

A série que ano sim, ano também figura, senão no topo das vendas naquele período, pelo menos no top 3 do ranking. É um reforço absolutamente colossal para a Microsoft, que pode, assim como já aconteceu com Starfield, tornar quaisquer jogos da Activision exclusivos para as próprias plataformas.

PlayStation pode estar sentada, de maneira até mesmo confortável, na liderança desta batalha mercadológica com Xbox, mas não é de hoje que o catálogo do Game Pass é um ativo cada vez mais atraente para aqueles que não fazem parte do ecossistema da Microsoft, seja em consoles, ou nos computadores. Com a potencial inclusão de jogos da Activision Blizzard a esta lista, a balança pode ficar mais equilibrada no âmbito geral.

Call of Duty

Estamos falando não só de Call of Duty – que já seria, por si só, uma adição incomensurável – mas de Crash Bandicoot, Diablo, Overwatch, World of Warcraft, Tony Hawk e muitas outras. Algumas, inclusive, são parte de uma rotina muito exclusiva de alguns jogadores, principalmente CoD, cuja comunidade costuma ser bem fanática e fiel. Hoje, a base maior de jogadores de Call of Duty está no PlayStation, mas, com a possibilidade de ter acesso à futuros títulos da franquia, além de potenciais recompensas para quem estiver somente no Xbox ou no PC, isto pode mudar de figura.

E o que PlayStation pode fazer para absorver o golpe da iminente perda da Activision, sem levar um knockdown e até mesmo um nocaute? Falando exclusivamente de Call of Duty, não há, hoje, no mercado, outra franquia deste gênero que se compare, em questão de gameplay ou base de jogadores. Battlefield vem sofrendo com lançamentos queistionáveis, e era o único que batia de frente com CoD.

Então, ao meu ver, o caminho com mais potencial de sucesso para a Sony é reforçar aqueles que são os principais pontos fortes, como o vasto catálogo de exclusivos de sucesso, franquias como The Last of Us, God of War, Horizon e Spider-Man, além de apostar ainda mais na expansão da line up da PlayStation Studios, ou seja, devolver na mesma moeda, literalmente, a jogada feita por Xbox com a aquisição da Activision Blizzard.

Death Stranding 2

Uma outra movimentação importante que pode gerar um futuro mais competitivo para PlayStation é uma reformulação nos ideias da empresa com relação à disponibilização dos exclusivos de PS5 na PS Plus. Atualmente, os jogos chegam ao serviço com cerca de dois anos de atraso em relação ao lançamento, diferente do Game Pass, que adiciona os exclusivos de Xbox no “Day One”.

Por mais que a Sony deva ter todo um estudo mercadológico que sustente esta posição, é cada vez mais inevitável para a empresa japonesa mudar esta cultura, e buscar se aproximar, ainda que não cem por cento, do cenário existente na concorrência. Imagina você assinar a Plus e ter acesso, no dia do lançamento, a Spider-Man 2, Wolverine, Final Fantasy VII: Rebirth, Baldur’s Gate III e Death Stranding 2. Aí, sim, seria um cenário bastante equilibrado.

Agora nos resta esperar pelas cenas dos próximos capítulos desta que se transformou na novela mais longa do mundo dos games nos últimos tempos. Mas, e você, o que acha que a PlayStation precisa fazer a partir de agora?


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