Diablo 3 tinha várias semelhanças com o quarto jogo da série, principalmente na questão de ser um MMO
Em entrevista ao site PC Gamer nesta terça-feira (06), o co-criador da franquia, David Brevik, explicou que, antes do fechamento da Blizzard North, o conceito de Diablo 3 seria bem parecido com o do quarto jogo da série. Segundo Brevik, o terceiro game também seria um RPG com elementos de MMO, mas acabou sendo cancelado.
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“Seria uma mistura entre um RPG e um MMO, mantendo a perspectiva de um RPG de ação, mas em um ambiente multiplayer massivo”, diz Brevik. “Queríamos que parecesse mais um mundo real do que um lugar que você visitaria. Você veria outras pessoas e outros aventureiros fazendo coisas, e poderia se unir a eles e trabalhar juntos ou seguir caminhos separados. A ideia era ter milhares de outros jogadores no mesmo mundo que você, tornando-o mais um lugar”, explicou o ex-presidente.
O conceito é similar ao de Diablo 4, que conta com elementos de MMO, como clãs públicos, chefes que renascem regularmente e um mundo compartilhado, onde jogadores podem se encontrar durante a jogatina.
Mas as características de MMO não seriam a única grande mudança para a série. Quando Diablo 2 entrou em desenvolvimento, anos antes, em 1997, a equipe debateu se deveriam manter a perspectiva isométrica em 2D do primeiro jogo ou criar um mundo totalmente renderizado em 3D.
“Sabíamos que tínhamos que criar um motor em 3D e tornar Diablo 3 um jogo em 3D em vez de 2D”, diz Brevik. “Ainda seria isométrico, então a ideia era fixar a visão, para que a câmera não se movesse muito”. Capturas de tela de uma versão inicial vazaram nos anos seguintes, mostrando um mundo semelhante aos ambientes sombrios dos dois primeiros jogos da série.
Alguns membros da equipe foram desviados da expansão ‘Lord of Destruction’ de Diablo 2, durante a fase final de desenvolvimento, para estabelecer as bases técnicas de Diablo 3 a tempo, mas as coisas não saíram exatamente como planejado.
Cerca de dois anos após o início do desenvolvimento, problemas corporativos prejudicaram ainda mais o progresso de Diablo 3. A Vivendi, antiga empresa-mãe da Blizzard, com sede na França, havia gastado os últimos anos fazendo aquisições em telecomunicações, mídia e indústrias de entretenimento, sem obter muitos resultados. Em 2002, ela foi forçada a reorganizar os ativos para evitar a falência.
Em 2003, com Diablo 3 ainda pela metade, Brevik e os veteranos da Blizzard North Erich Schaefer, Max Schaefer e Bill Roper deixaram a empresa para formar a sua própria: Flagship Studios. Mais renúncias de funcionários ocorreram nos meses seguintes e, dois anos depois, a Vivendi anunciou o encerramento total da Blizzard North.
Com informações de: PC Gamer
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