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Stray Gods tem tudo para ser a surpresa do ano

Stray Gods tem tudo para ser a surpresa do ano

Stray Gods tem o pedigree de um clássico Quando Stray Gods foi anunciado, devo dizer que chamou muito minha atenção. Contando com uma equipe com David Gaider, Austin Wintory e uma série de vozes gigantes da indústria americana, parece um sucesso anunciado só por ter Laura Bailey, Ashley Johnson e Troy Baker.

Igor Pontes •
09/07/2023 às 15h00, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 6 minutos

Stray Gods tem o pedigree de um clássico

Quando Stray Gods foi anunciado, devo dizer que chamou muito minha atenção. Contando com uma equipe com David Gaider, Austin Wintory e uma série de vozes gigantes da indústria americana, parece um sucesso anunciado só por ter Laura Bailey, Ashley Johnson e Troy Baker.

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Com um elenco estrelado e uma equipe recheada de nomes importantes da indústria, o jogo tem tudo para ser um sucesso, pelo menos no papel. Graças ao evento da Steam onde alguns demos estavam disponíveis, consegui testar o título, e bem, não é que me pegou?

Um musical jogável

Stray Gods

A premissa do jogo é bem interessante: Grace é uma cantora que, ao procurar por um novo membro para a banda da qual faz parte, acaba conhecendo Calíope, com quem ela compartilha uma belíssima canção e depois, presencia o assassinato da personagem.

Antes de morrer, Calíope revela ser uma musa, e passa os poderes divinos para Grace, que acaba se tornando uma deusa, contra a própria vontade e sem ter uma explicação digna sobre o ocorrido. Após o acontecimento, ela é levada até o Chorus, um grupo formado por quatro deuses, que a acusam de assassinato. Agora, cabe a personagem provar a inocência e descobrir quem matou Calíope.

Stray Gods

Tudo isso já seria uma premissa bacana por si só, com uma pegada meio Wolf Among Us, mas Stray Gods pega o conceito e o leva um pouco além ao torná-lo em um musical. E apesar de um musical ser algo que alguns podem não achar que encaixe em um jogo de escolhas, encaixa, e muito bem.

As opções do que a protagonista deve fazer acontecem durante o momento no qual os outros personagens estão participando da música, e o jogador deve escolher rapidamente o que fazer. Além de trazer uma certa urgência, também ajuda a manter o ritmo, sem travar a imersão do musical.

Elenco estrelado

O elenco do jogo é basicamente uma grande reunião de grandes nomes que trabalham com atuação na indústria dos games. Com nomes como Ashley Johnson, Erika Ishii, Anjali Bhimani, Khary Payton, Troy Baker e grande elenco, Stray Gods consegue ter um time recheado de estrelas, que conseguem carregar a história através da voz. Sendo a música o principal foco da narrativa, o título está muito bem servido.

Jogos focados em narrativa e escolhas precisam ter uma atuação convincente para fazer com que os jogadores estejam investidos na história que está sendo contada, e não ficarem entediados com a falta de ação da jogabilidade.

Por isso, ter uma equipe desse calibre, em um jogo feito pelo roteirista de Dragon Age e o compositor da trilha sonora de Journey, só adiciona ainda mais, além da trama feita por alguns dos principais nomes da indústria. E mesmo sendo um título Indie, sem muita pressão de estúdio e produção na hora da concepção da trama, é de saltar os olhos o potencial de Stray Gods.

Por favor, mais ideias inusitadas nos jogos

Stray Gods

Stray Gods vem de uma premissa completamente inusitada: ser um RPG musical com escolhas, no qual o jogador deve decidir a próxima estrofe da canção baseado nas próprias escolhas, e cada verso muda o andar da trama.

Some isso com o roteirista que trabalhou Baldur’s Gate 1 e 2, Neverwinter Nights, Star Wars: Knights of the Old Republic e na franquia Dragon Age, e a possibilidade de termos um grande jogo se torna bem real.

Além disso, é bacana ver jogos criativos que utilizam as mecânicas já conhecidas pelo público para tentar uma nova forma de contar uma história. Convenhamos, não dá para imaginar que um musical poderia ser transformado em um jogo, mas funciona, e muito bem, na forma que foi elaborado.

STRAY GODS

Stray Gods pode não ser o queridinho do público durante o lançamento, já que provavelmente será um título muito nichado e um projeto de um escopo, teoricamente, menor. No entanto, não estranhe caso o título apareça em algumas categorias do The Game Awards.

O jogo é um tipo de projeto que vai despertar todas as atenções possíveis dos críticos da indústria, seja pelos nomes no desenvolvimento ou no casting de atores. Stray Gods tem tudo para ser um daqueles jogos que chegam no circuito de premiações sem ninguém perceber, e, quando para-se para jogar, percebe-se o quão bons são. E caso essa minha previsão se concretize, eu não poderia ficar mais feliz. Precisamos de jogos inovadores tomando os holofotes.

Stray Gods chega em 3 de agosto para PC.


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