Nosso clube de recomendações da biblioteca do Game Pass, hoje com Planet of Lana
Uma das grandes vantagens de serviços como o Game Pass está na possibilidade de baixar e abrir um jogo sem fazer muita ideia do que esperar do conteúdo. Não que isso seja impossível comprando jogos avulsos, me geralmente, quando gastamos dinheiro em algum título específico, é porque já temos alguma expectativa prévia em relação a ele.
Abrir o catálogo do Game Pass e começar algo sem muito contexto é particularmente divertido. Foi assim que cheguei em Planet of Lana. Eu já tinha visto trailers em eventos passados, mas graças à minha memória precária e seletiva, abri o jogo como se esse fosse de fato o primeiro contato com a obra.
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O que me atraiu inicialmente em Planet of Lana foi a belíssima arte do jogo, algo já notável desde a arte de capa no meio dos demais títulos do Game Pass. Depois de mais ou menos duas horinhas, voltei do deslumbrante planeta da tal Lana para compartilhar com vocês minhas impressões.
A premissa do jogo é bastante simples e objetiva. A protagonista é uma garotinha de uma vila de pescadores – que eu estou presumindo ser a tal Lana do título – em um planeta desconhecido, bem parecido com o nosso. Durante um passeio, que serve também como tutorial, ela presencia o início de uma invasão alienígena que toma como reféns as pessoas da vila, incluindo a irmã de Lana. A missão, obviamente, é encontrar uma maneira de libertar as pessoas e devolver a paz ao vilarejo.
Planet of Lana é um jogo de plataforma em progressão lateral com elementos de “criança vulnerável em um ambiente hostil”, subgênero que foi popularizado por Limbo, jogo independente de 2010. Lana não tem nenhuma habilidade de combate, dependendo principalmente de astúcia e um certo nível de atleticismo para superar adversários muito maiores e mais poderosos do que ela.
Lançado recentemente, em maio de 2023, esse foi o primeiro projeto de um estúdio sueco chamado Wishfully. É notável o talento da equipe com arte, animação e narrativa, especialmente por se tratar de uma estreia. Ficarei bem surpreso se o jogo não for lembrado em categorias de méritos visuais durante as premiações de melhores do ano
Algumas inspirações do jogo ficam bem evidentes já nos primeiros minutos. Além do já citado Limbo, a direção de arte e a paleta de cores remete muito aos filmes do aclamado estúdio Ghibli. As animações do jogo, inclusive, são tão primorosas e cheias de vida quanto as imagens estáticas que estão ilustrando esse texto.
Este não é, pelo menos a princípio, um jogo com ideias revolucionárias, visando subverter o gênero. A progressão consiste basicamente em desafios de plataforma, momentos de furtividade e alguns puzzles simples, envolvendo o uso inteligente dos objetos e elementos do cenário.
O principal diferencial na jogabilidade está na presença de Mui, um animalzinho de estimação que está sempre disposto a obedecer comandos para te ajudar a superar uma boa variedade de obstáculos. É da participação dele que brotam alguns dos desafios mais inspirados do jogo.
Planet of Lana é muito recomendado para quem procura uma aventura leve, direta e contemplativa. Ideal para desopilar depois de um dia puxado de trabalho, ou para zerar em uma sentada só, ao longo de uma tarde nublada de domingo. E, acima de tudo, é um jogo que harmoniza muito bem com uma tigela de bolinhos de chuva com açúcar e canela.
E não esqueçam, toda semana trarei novas recomendações aqui no Clube do Game Pass!
