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Clube do Game Pass: Cocoon

Clube do Game Pass: Cocoon

Cocoon: a recomendação da biblioteca do Game Pass da semana É comum que alguns jogos, muitos deles independentes, roubem a cena meio que de surpresa, chegando abaixo do radar e chamando muita atenção pela qualidade e o conceito apresentados. Aconteceu, por exemplo, quando Hi-Fi Rush foi lançado de surpresa, em uma apresentação digital do Xbox. Já falei sobre ele aqui mesmo no Clube do Game Pass.

Marcellus Vinicius •
04/10/2023 às 23h00, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 5 minutos

Cocoon: a recomendação da biblioteca do Game Pass da semana

É comum que alguns jogos, muitos deles independentes, roubem a cena meio que de surpresa, chegando abaixo do radar e chamando muita atenção pela qualidade e o conceito apresentados. Aconteceu, por exemplo, quando Hi-Fi Rush foi lançado de surpresa, em uma apresentação digital do Xbox. Já falei sobre ele aqui mesmo no Clube do Game Pass.

Cocoon certamente se encaixa nessa categoria. Só não sei se ele vai chamar tanta atenção quanto merece fora da bolha de entusiastas de jogos conceituais de puzzle, mas, justamente por isso quero contar pra vocês um pouco mais sobre esse novo e belíssimo jogo, já disponível no catálogo do Game Pass.

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Cocoon é um jogo de quebra-cabeças, no qual controlamos um insetinho de asas esverdeadas em um mundo misterioso, que mistura máquinas complexas e organismos vivos. A meta é progredir entendendo a lógica das plataformas e mecanismos encontrados pelo caminho.

Parece simples, e de fato é, pelo menos nos primeiros 30 minutos de jogo. A realidade é que ele começa pegando leve, te dando tempo para se familiarizar com o básico, para depois começar a expandir as possibilidades para níveis bem inesperados.

O pulo do gato – ou do inseto, no caso – em Cocoon está no funcionamento de algumas esferas coloridas que encontramos durante nosso progresso. Essas esferas, além de funcionarem para ativar certos mecanismos e conferir habilidades novas ao protagonista, também escondem um segredinho dentro delas: outros mundos.

Sim, é isso mesmo. As esferas que carregamos são também novas áreas inteiras que precisam ser exploradas, com puzzles específicos que podem exigir o uso de outras esferas, inserindo um mundo dentro de outro.

É mais ou menos como uma boneca matrioska de várias fases, um multiverso dividido em camadas que precisam ser levadas em consideração para solucionar certos desafios. E é com esse conceito que Cocoon consegue fazer cócegas no nosso cérebro.

Cocoon não oferece muito contexto e nem se apoia em linhas de texto para explicar a história ou os personagens. Podemos interpretar como uma analogia para algo. Talvez a transformação da quebra do casulo, amadurecimento, qualquer coisa assim. Mas não faz muita diferença. Esse é um jogo muito mais sensorial, avesso a racionalizações. O lance é se deixar levar pela viagem dos cenários, cores e sons.

Vale destacar o currículo da equipe responsável pelo jogo, composta por ex-integrantes da Playdead, responsável por Limbo e Inside, jogos aclamadíssimos justamente pela incrível construção atmosférica e pela forma como mesclam os puzzles com os ambientes propostos.

Esses mesmos pontos fortes estão presentes em Cocoon, com a novidade de ser um jogo de movimentação isométrica, e não de progressão lateral em duas dimensões.

Falar mais sobre Cocoon seria queimar a largada da experiência de cada um, até porque, como falei, boa parte do impacto do jogo vem da inventividade dos puzzles e das sensações provocadas pela experiência como um todo.

Infelizmente o jogo tende a ser ofuscado pela onda de lançamentos gigantes de outubro, como Assassin’s Creed Mirage, Super Mario Bros. Wonder e Alan Wake 2. Se esta coluna fizer pelo menos uma pessoa instalar o jogo no catálogo do Game Pass, considerarei que minha missão nesse mundo estará cumprida.

Mundo esse, aliás, que também é uma esfera.


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