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Dead Island 2 Review: divertido até demais

Dead Island 2 Review: divertido até demais

Dead Island 2 acerta em seguir a jogabilidade clássica da franquia e cumpre bem seu papel Dead Island 2 é um jogo que, ao ver os vídeos de gameplay, imaginei que seria bem divertido. Retornar à fórmula de uma franquia que sempre me tirou boas risadas ao jogar, em uma Los Angeles infestada de zumbis, não tinha muito o que dar errado na aventura.

Igor Pontes •
18/04/2023 às 14h00, atualizado há 2 anos
Tempo de leitura: 10 minutos

Dead Island 2 acerta em seguir a jogabilidade clássica da franquia e cumpre bem seu papel

Dead Island 2 é um jogo que, ao ver os vídeos de gameplay, imaginei que seria bem divertido. Retornar à fórmula de uma franquia que sempre me tirou boas risadas ao jogar, em uma Los Angeles infestada de zumbis, não tinha muito o que dar errado na aventura.

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A história do jogo é bem simples. Os protagonistas precisam fugir de Los Angeles, apelidada de HELL-A, para conseguir escapar da infestação zumbi. Algo dá errado na viagem e os personagens acabam ficando presos na cidade. Após descobrir que possui imunidade, o protagonista parte atrás de respostas e de ajudar no desenvolvimento da cura. Essa é a premissa em Dead Island 2, que consegue divertir bastante os fãs da franquia.

Piadinhas constantes

Acho que é uma boa, antes de entrarmos no assunto do que funciona, falar sobre as piadas. Nossa senhora, como esse jogo tenta forçar o “não se levar a sério”. Algumas brincadeiras são boas, mas, a todo momento, a personagem que escolhi para jogar, Carla, parece que se alimenta somente de palhacitos. Tudo é tiradinha, trocadilho, e são poucos os momentos que a personagem – ou mesmo os outros bonecos – falam sério. E, mesmo nesses momentos, a protagonista continua sendo a engraçadona da festa.

Dead Island 2

Acredite, eu não quero um drama iraniano em Dead Island 2, ou em qualquer jogo da franquia. São jogos feitos para serem toscos com consciência, um grande filme B de terror, ou algo digno de ‘Todo Mundo Quase Morto’. Mas tem momentos que os personagens estão em uma situação que deveria ser séria, e começam a ficar de risadola a todo momento.

Ter que lidar com um corredor cheio de zumbis? kkkk essa é minha praia mim de papaai” é basicamente a atitude com 80% das situações. A graça não vem de ser cômico a todo momento, e sim de acontecer algo que seja tão absurdo que sua única solução é rir. O principal problema de Dead Island 2 não é que o humor é ácido – e até é. O problema é ser bobo em pontos nos quais esse não seria o tom, deixando a situação sem graça.

Armas, granadas e tudo que há de bom

O ponto forte do jogo são as armas. Dead Island 2 faz um excelente trabalho, ao continuar a mecânica da franquia, de colocar o jogador para criar as armas mais bizarras possíveis durante o Apocalipse Zumbi. Minha preferida, até agora, é minha pistola com um maçarico, para criar balas com dano de fogo. Sério, que parada divertida.

Com a liberdade de customizar basicamente todo e qualquer tipo de arma que está disponível no jogo, as possibilidades no combate são grandes. Criar armas com ácido, balas elétricas ou de fogo, além de impacto para deixar zumbis desnorteados. Tudo é bem amplo para sua efetividade no combate. Customizar o arsenal pode trazer a diferença entre um embate bem-sucedido contra um zumbi ou não.

Dead Island 2

Isso não é novidade em Dead Island, mas a sequência consegue trazer isso de uma forma satisfatória, para quem curte esse lado de criar suas próprias bugigangas para sair matando zumbis. Como o mundo está recheado deles – e bem recheado MESMO – tem horas que até é sufocante lidar com boa parte das hordas de mortos-vivos quando não se tem uma arma de fogo, e nisso entra a parte mais engraçada e divertida da minha aventura por Los Angeles.

Dead Island 2

Quando eu percebia que, bem, passar pelos zumbis na base da martelada não seria possível, eu utilizava meus itens arremessáveis, uma baita mão na roda para distrair os monstros e causar dano em área. Era bem mais divertido. Durante sua aventura, você consegue dois itens: um frasco de carne arremessável e uma granada.

O que eu fazia? Bem, quando eu via que tinham muitos zumbis em um local e eu percebia que não daria para sair matando todos à lá Michonne de The Walking Dead, eu jogava o frasco de carne no chão, esperava pacientemente todos na área irem até o lanche grátis, e jogava a granada. Não funcionava com os zumbis especiais, mas pelo menos limpava a área para poder lidar com o inimigo mais poderoso.

Dead Island 2 dá um salto de poder no seu personagem quando chega o momento de ter armas de fogo, mas o combate corpo a corpo tem que ser bem mais estratégico do que só “sair batendo que nem doido”. A visão em primeira pessoa, na hora do combate em curta distância, traz uma dificuldade com relação ao alcance das armas, já que, mesmo usando algo como um forcado improvisado, tem horas que os zumbis se aproximam rápido demais, então bloquear acaba sendo muito sobre prever o timing do ataque, e não sobre propriamente se defender. Acabei optando pela esquiva, que funcionou melhor para mim. 

Outra coisa sobre o bloqueio e esquiva, é que nativamente ele fica em um botão péssimo – o ALT esquerdo. Quando você precisa do dedão para apertar a barra de espaço, para dar uma voadora nos zumbis, tudo fica atrapalhado. Então, eu recomendo que você dê uma configurada nos botões, para melhorar sua experiência, caso você passe pelo mesmo problema que passei.

Habilidades e customização

Os personagens recebem cartões com habilidades quando sobem de nível, derrotando zumbis ou realizando missões. E, bem, aqui está o verdadeiro ouro do jogo, ao lado das armas. Podendo customizar seu personagem da forma que você quiser, cada jogador pode ter seu protagonista de forma única.

No meu caso, que fiz a campanha com a Carla, transformei a boneca em um tanque de guerra ágil, priorizando a esquiva e também a voadora na hora de customizar minhas habilidades. A personagem possui bastante controle de grupo, e aliar isso com habilidades que recuperam vida, com investimento em mobilidade, ao invés de somente no bloqueio, permite que ela se ataque com mais facilidade, além de abrir espaço para que a fuga de zumbis poderosos seja mais frequente.

Dead Island 2

A possibilidade de customizar suas cartas de habilidade e poder moldar seu personagem conforme a situação, ou como o jogador quiser durante a gameplay, é muito prático e permite um entendimento mais fluido do que é necessário na hora de enfrentar certos desafios de Dead Island 2.

Ao alinhar suas habilidades com o tipo de arma que você usa no jogo, tudo fica bem mais divertido. Apesar de ser um game onde seus recursos são geralmente escassos, e tudo depende muito do que você acha por aí, as formas de melhorar seu personagem dão um impacto que não é tão absurdo, para quebrar a dificuldade, mas tornam a experiência mais divertida. 

Os poderes zumbi são um ponto bem divertido também, mas não quero detalhar muito sobre, por serem spoilers da trama. Mas saiba que, no momento que eles ficam disponíveis para o jogador, a sensação de espalhar o caos é maravilhosa.

Dead Island 2 vale a pena?

Se você é fã da série de jogos, vale bastante. Existem algumas coisas que incomodaram um pouco, ao longo da minha jornada pela Los Angeles de Dead Island 2, como o tom do humor fora de hora, ou algumas pequenas nuances do combate, mas o saldo é bem positivo. 

A história num geral é bem simples, você deve ir atrás do governo para se oferecer como cura, e a trama vai se desenrolando a partir daí. As batalhas contra os chefes do jogo são interessantes, os poderes zumbi também são bacanas. Outra coisa que vale destacar é a variedade de monstros, e, por incrível que pareça, com uma grande pluralidade de estilos. Em jogos de mundo aberto, onde inimigos genéricos só mudam a cor da roupa, Dead Island 2 ao menos consegue mudar o jeitão de cada zumbi, e eles não ficam tão genéricos assim. 

Dead Island 2

A premissa em Dead Island 2 é entregar uma aventura descompromissada e diverta por uma Los Angeles infestada de zumbis, e sinto que o jogo cumpre bem a função de entregar uma gameplay que não se leva muito a sério, e consegue ter uma jogabilidade que entretém a todo momento, sem parecer algo extremamente sufocante, mesmo em torno de uma quantidade absurda de zumbis. 

Dead Island 2 é uma aposta segura da Dambuster Studios, que melhora a jogabilidade dos outros títulos da franquia, trabalha bem com o universo já estabelecido e traz um game que renderá boas risadas para quem se aventurar, tanto de forma cooperativa, como jogando sozinho. 

Dead Island 2 chega em 21 de abril para PC, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X, Xbox Series S e PlayStation 5.


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