O Twitter terá de reestabelecer as antigas medidas de combate à transfobia mediante uma determinação da Justiça Federal. A Deputada Federal de São Paulo, Erika Hilton (PSOL), divulgou a notícia nesta terça-feira (19), alguns dias após o Caso srN.
A rede terá 10 dias para retornar a utilizar as medidas de denúncia em ataques contra identidade de pessoas trans. As ferramentas haviam sido retiradas em 2022, por conta da mudança da direção da plataforma, logo quando Elon Musk comprou o site.
Na última semana (14), os esports foram tomados mais uma vez por ataques transfóbicos. Desta vez, a atleta não-binária (NB) srN sofreu as violências por parte da comunidade, que ainda não entende o cenário inclusivo de VALORANT no Brasil. Tal medida da Justiça afeta diretamente o profissional, que por ser NB se enquadra no espectro trans. Veja o tuíte:
🏳️⚧️ BOAS NOTÍCIAS 🏳️⚧️
A Justiça Federal determinou que o X (Twitter) restabeleça as medidas que já existiam de combate à transfobia!
Quando a rede mudou de dono em 2022, a nova direção optou por retroagir e retirar mecanismos de denúncia de violência transfóbica da plataforma,…
— ERIKA HILTON (@ErikakHilton) December 19, 2023
Transfobia é considerada crime pela lei brasileira desde 2019, mas isso não impediu que jogadores e jogadoras da modalidade tivessem os atos violentos por meio das redes sociais, seja no Twitter ou no próprio Instagram após o pro player vencer a categoria feminina de melhor jogadora de VALORANT no Prêmio Esports Brasil 2023 (PeB) na noite da última quinta-feira (14).
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Como a bolha da modalidade foi furada e o assunto se expandiu para outros lugares, no sábado (17), Erika Hilton entrou em defesa do jogador profissional e anunciou um envio de ofício para investigação do Deputado Federal de Minas Gerais, Nikolas Ferreira (PL), que incitou propagação de ódio contra a ex contratada da Legacy.
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