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LoL: após estreia nos ringues, brTT fala sobre boxe, paixão pelos esports e futuro
League of Legends
Foto: Reprodução/Acervo pessoal

LoL: após estreia nos ringues, brTT fala sobre boxe, paixão pelos esports e futuro

O astro de todo fã brasileiro dos esportes eletrônicos deu mais um passo na carreira de campeão, mas desta vez, fora das telas. Felipe "brTT" Gonçalves trocou o mouse, teclado e headset por calção e luvas, para focar em algo que começou como um hobby: o boxe.

Siouxsie Rigueiras •
08/09/2023 às 19h42, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 10 minutos

O astro de todo fã brasileiro dos esportes eletrônicos deu mais um passo na carreira de campeão, mas desta vez, fora das telas. Felipe “brTT” Gonçalves trocou o mouse, teclado e headset por calção e luvas, para focar em algo que começou como um hobby: o boxe.

Considerado um esporte de combate, o boxe conta com um dos cenários profissionais mais ricos do mundo das lutas. Agora, o hexacampeão de League of Legends (LoL) também faz parte dele.

O carioca estreou no fim de agosto na modalidade durante o Fight Music Show 3 (FMS) e a Game Arena conversou com o ex pro player sobre o amor pelos esports, início da jornada no boxe, a nova rotina como lutador profissional e o futuro nos ringues.

 

“Eu tenho paixão pelos esports”

No fatídico 23 de novembro de 2021, o cenário foi abalado pela notícia da pausa da carreira de um dos melhores atiradores de LoL do Brasil. De craque para craque, o ex jogador de futebol Neto puxou uma conversa com o campeão durante o Prêmio CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends).

No momento em que brTT venceu a categoria “Craque da Galera”, anunciou que precisava cuidar da saúde mental. Desde então, os fãs começaram a se questionar se o “pai” iria se afastar de vez dos esports. Primeiro, o carioca foi para a música, trabalhando lado a lado de gigantes do trap e rap nacional e, agora, na luta.

Segundo ele, a aproximação do mundo da música e do universo das competições tradicionais, não serão capazes de o distanciar dos esports. Finalmente a resposta que todos os fãs querem ouvir desde o fim de 2021.

“Eu tenho certeza que os esports são uma coisa que vou levar pro resto da minha vida. Tanto por gratidão, quanto porque eu gosto muito… tanto que eu jogo quase que todo dia alguma coisa, algum jogo e tal”

 

“Eu realmente gosto. Não é algo que eu fazia porque dava dinheiro ou coisa do tipo. Eu tenho uma paixão pelos esports. Eu diria que vai ser uma coisa que eu nunca vou me desvincular. Pode ser que as vezes fique um pouco mais de lado porque o foco do momento é outro, mas desvincular eu diria que nunca” afirmou.

 

De Summoner’s Rift para os ringues

Um dos maiores nomes do Brasil no LoL, brTT é mundialmente conhecido pelo seu Twitch e Draven. Antes de ser hexacampeão da modalidade, passou pelo Counter-Strike (CS) e pelo DotA. A competitividade sempre esteve presente e o boxe veio para reforçar o traço no mais novo lutador, que já está acostumado a vencer:

“Eu diria que eu me sinto pressionado à vencer mais por conta da minha personalidade mesmo. Como já competi bastante em diversas outras modalidades e sempre tive essa gana, essa vontade, esse negócio em mim, que sair como perdedor, para mim, é muito difícil”.

Foto: Reprodução/Riot Games

Competindo em mundos diferentes, o astro disse que o boxe vai muito da “disposição ali de estar pronto para apanhar e para bater”, enquanto isso, o LoL é “um jogo mais mental”, em que você “sai com um desgaste mental insano”. O músico também salientou as diferenças entre disputar em ambos.

“É complicado comparar porque os dois são esportes de alto rendimento e em questão de estudar adversário é treinamento e rotina. Os dois precisam muito disso.

 

“A diferença, falando da real? Não é qualquer um que sobe no ringue de boxe para valer ali numa luta. Cara, tem que ter bastante culhão para lutar boxe“, explica brTT.

 

“Começou mais como um hobby”

Foto: Reprodução/Acervo pessoal

No palco do Prêmio CBLOL, o carioca disse que a música e a arte marcial estavam o ajudando muito no processo de cuidar da saúde mental em um período pós pandêmico. O boxe surgiu na vida do também influenciador como um hobby por conta de um amigo, que indicou quem viria a se tornar seu treinador.

“Eu queria queria fazer algum exercício… alguma parada que me animasse realmente a me exercitar, sair de casa… fazer alguma coisa. Aí apareceu um amigo meu que me passou o nome do Alex, que é até hoje meu treinador, já vai fazer três anos.

 

“Começou mais como hobby, era uma parada que eu queria fazer. No começo para perder peso e para me exercitar e tal… mas com o tempo, foram se passando os meses e eu fui meio que viciado no boxe e até veio vontade de lutar”.

 

A rotina para a primeira luta

Foto: Reprodução/BrTT

Treinando há mais de dois anos, a rotina foi mudar de verdade com “o contrato e finalmente fechou uma luta”. Segundo ele, “virou uma chave” na cabeça e todo o foco do pai mudou e a rotina de campeão já começava às 8h30 e só terminava à noite:

  • Café para se preparar para o primeiro treino;
  • Treinos diários (2 a 3);
  • Descanso e estudo de lutas;
  • Preparação física.

Tudo isso com total acompanhamento de profissionais da saúde e do esporte, tais como nutricionista, treinador e fisioterapeuta. De acordo com o lutador, é necessário contar com uma equipe de massagistas para ajudar na recuperação de lesões:

“É realmente porque os treinos são muito intensos. Chega quinta, sexta-feira assim… o corpo tá pedindo arrego. Praticamente todas as semanas eram assim”.

 

Velhos conhecidos, boxe à parte

Foi em solo paulista que brTT lutou profissionalmente pela primeira vez contra Caio “Nog”, um velho conhecido. Há quatro anos atrás, o ex pro player participou do clipe “Irmão DQbrada!”, do Haikass e Costa Gold, grupo que Nog participa. O resultado da luta foi um empate, que não deixou o dono da Rexpeita muito feliz:

“O empate foi uma decisão me deixou frustrado, por mais que seja a minha primeira luta. Hoje eu já estou muito mais tranquilo, mas lá no dia… para mim é como se fosse derrota, né? Um empate para mim é como se fosse uma derrota”.

 

Por mais que tenha sido uma luta boa, eu não fiquei satisfeito com meu rendimento. Eu tenho um boxe melhor, eu poderia performar melhor. Mas tem a questão da primeira luta e muita gente já estava falando que poderia acontecer. Ninguém performa 100% na primeira luta por conta de diversas fatores”.

brTT encarando Caio Nog pelo Fight Music Show 3.

De acordo com o lutador, “uma revanche seria muito bom”, isso sem “o nervosismo e peso de primeira luta”. O músico citou em “talvez lutar contra alguém que já fez uma luta” visto que, teria um material para estudar melhor.

“Você não sabe o que pode acontecer. Não tem nenhum tipo de material para estudar e eu acho que isso é uma coisa que eu traria muito bem do League of Legends que é a questão do estudo do adversário porque isso não acontece muito.”

 

“Você vai jogar contra um time, você faz aquele estudo, você sabe o estilo de jogo do adversário que é uma coisa que é muito difícil a pessoa mudar”.

 

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Os próximos jabs de brTT

Foto: Fight Music Show

“Eu quero melhorar cada vez mais. Penso realmente em já fazer mais uma luta”, afirma o lutador, que, continua sendo aquele carioca da bot lane, com toda a emoção que carregou e demonstrou no LoL por toda sua carreira:

 

“Eu treinei muito para orgulhar quem estava torcendo por mim: família, amigos e fãs. Eu sei que tinha muita gente torcendo por mim”.


Se você gostou desse conteúdo em texto, confira também nossos vídeos. Neste aqui, veja os melhores momento da coletiva de imprensa da paiN Gaming antes da grande final do segundo split do CBLOL 2023 (Campeonato Brasileiro de League of Legends):

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