Em exclusiva após eliminação, “biguzera” falou sobre a escolha da Vertigo, falta de experiência da equipe e o impacto da não ida ao Major
A paiN Gaming bateu na trave novamente no segundo RMR Américas em 2022. A equipe, que disputou o último mundial da temporada 2021, em Estocolmo, acabou ficando de fora do PGL Major Antwerp 2022 após a 7ª colocação no RMR da Romênia e repetiu a dose nesta edição, eliminando as suas chances de participar do mundial do Rio.
Os tradicionais terminam a participação no RMR da Suécia na 8ª colocação, após derrota para a Imperial, por 2 a 0. Uma das principais vertentes do jogo foram as escolhas dos mapas, onde a Imperial preferiu não vetar a Vertigo e deixou aberta para escolha, onde a paiN escolheu começar. A equipe de “FalleN” acabou surpreendendo e venceu a escolha adversária.
Em entrevista exclusiva após a derrota, Rodrigo “biguzera” falou como foi que o processo de escolha dos mapas é definido pelo coach “RIKZ” e o capitão “PKL” e que os jogadores se sentiam confortáveis em jogar o mapa nas séries melhor de três.
“A escolha do mapa vai mais da parte técnica da equipe, o coach com o capitão. Não é sempre a nossa preferência. Acho que a comissão optou a Vertigo por ser um mapa que a Imperial não tinha um retrospecto muito bom e a gente não vinha jogando pelo fato dos últimos ter sido muito melhor de um, então os outros times estavam vetando muito e nós não estávamos dando preferência em jogar uma MD1. Mas estávamos confortáveis em jogar esse mapa, mas em uma MD3 que tinha chance de um possível erro. Acontece, a gente pickou, perdemos o nosso mapa, foi pegado, tivemos alguns erros e perdemos alguns rounds cruciais. É levantar a cabeça agora e corrigir os erros.” – comentou.
De uma forma bem sincera, “biguzera” confessou o que faltou para a equipe chegar no mundial brasileiro. Segundo o jogador, a falta de experiência para a equipe pesou nos momentos decisivos e o que fica é a experiência e o aprendizado com a derrota.
“O que faltou para chegarmos ao Major do Rio, com certeza, foi experiência. Acho que isso vai ficar de muita aprendizagem para nós, termos mais calma para jogarmos os rounds. Agora é conversar, não tem muito o que fazer e o que fica sempre é a experiência, a gente sempre aprende com a derrota e espero que a gente consiga voltar, levantar a cabeça, temos um campeonato importante essa semana já. É isso, agora não adianta ficar remoendo a não classificação, levantar a cabeça e vamos para o próximo.”
Finalizando o papo, “biguzera” foi questionado do quanto essa derrota impacta no projeto ambicioso da paiN Gaming para o Counter-Strike, que investiu pesado para montar a line up atual, principalmente na aquisição de “zevy”.
Ele afirmou que o impacto é negativo para os jogadores que queriam estar presente no mundial, que depositaram muitas fichas neles pelos resultados positivos recentes, mas que para a organização, a eliminação não será muito impactante, já que o projeto é a longo prazo.
“Existe o impacto pelo fato da gente querer estar lá, mas não tem impacto futuro, já que é um projeto a longo prazo. Eu acho que os resultados a curto prazo acabaram surpreendendo e não era o esperado, classificamos em primeiro no RMR na América do Sul, ganhamos a ESL Challenger Melbourne… Estávamos muito bem com os campeonatos, acho que depositaram muita ficha na gente. Fizemos bootcamp, tentamos melhorar, aprendemos muita coisa, só que ainda cometemos muitos erros, erros coletivos e de jogadas individuais. Acho que esse é o principal problema, mas eu acredito que a não classificação não terá um impacto muito grande para a gente não.”
A paiN Gaming agora junta os cacos para dar continuidade a temporada 2022. A equipe já tem um novo compromisso já nessa próxima semana, a disputa da FiRELEAGUE que será realizada de forma presencial diretamente do estádio Camp Nou, em Barcelona.
O evento terá a cobertura exclusiva in loco do portal, com o patrocínio da Betnacional.